Trabalho Generativo • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/trabalho-generativo/ Awakening People Wed, 01 Jul 2020 14:53:06 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Trabalho Generativo • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/trabalho-generativo/ 32 32 A felicidade numa vida generativa https://www.ritaaleluia.com/felicidade-numa-vida-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/felicidade-numa-vida-generativa/#respond Wed, 01 Jul 2020 14:50:48 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5859 A felicidade numa vida generativa é gerada através da conexão e alinhamento entre o nosso centro e algo maior. Podemos programar os nossos cérebros (entérico, cardíaco e cognitivo), desde o ventre, para que mais facilmente identifiquem, criem e acedam a estados emocionais, físicos e espirituais que as orientam até à felicidade.

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É comum perguntarem-me se uma vida generativa é uma vida de felicidade, respondo, quase sempre, com um sorriso e um “nim”. Ou seja, sim, a felicidade está presente numa vida generativa e para a alcançar sentimos, nos músculos, a infelicidade. Tudo em si contèm o seu oposto. Faz-te sentido?

Há um ano entrevistei a Isabella Arendt, analista no Happiness Research Institute, da Dinamarca. Hoje, falo-te da felicidade, desde outra perspectiva. Na University California SC, o berço da Programação Neurolinguística e sede da NLP U, a felicidade é uma disciplina. “Don’t worry, be happy!”, certo?!

Uma vida generativa vive o presente

O mundo actual vive a uma velocidade vertiginosa e tendemos a crer que devemos acompanhar este movimento. Ora, se somos natureza, o único movimento que sabemos, intuitivamente acompanhar e aquele que nos alinha, na verdade, é o dos ciclos da natureza. E só temos um momento, o presente, logo, ser feliz passa por apreciar o que temos aqui e agora.

A procura permanente da felicidade conduz ao fracasso”, garante o psicólogo e neurocientista John Monterosso, membro do Instituto de Cérebro e Criatividade da Faculdade de Letras, Artes e Ciências da UCSC. Monterosso, professor docente da cadeira: “A Ciência da Felicidade”, lembra que é essencial que se entenda que a felicidade não pode ser vista com a simplicidade e quase leviandade com que é, comumente abordada.

Nesta equação da felicidade, a cadeira da UCSC, coloca o foco na felicidade interna, através da atenção plena e externa, como trabalho, diversão e até adições. Por exemplo, Monterosso recorda que menos é mais. As suas investigações sugerem que ter muitas opções no dia-a-dia traz desvantagens inesperadas para a felicidade, enquanto que limitações e obrigações conduzem a benefícios repentinos. Além disso, demonstram que se as pessoas estão viciadas em procurar a felicidade, acabam por tomar decisões míopes, diz Monterosso. O professor e investigador, recomenda que se defina uma intenção e estabeleçam objectivos a longo prazo, como aprender a tocar um instrumento ou apreciar arte, formas de abrir a porta à criatividade e às infinitas possibilidades, como fazemos numa vida generativa.

A felicidade não é um estado em que estamos ou não.
É uma escolha que fazemos para as nossas vidas.
John Monterosso

Na abordagem generativa, que é transversal à vida, e por isso, fazer tanto sentido a Parentalidade Generativa, sabemos que só quando acolhemos a infelicidade, só quando lhe damos espaço para que exista, sem criarmos resistências, sem querermos livrar-nos dela, criamos as condições para que ela se integre e transcenda e a felicidade possa emergir. Como nos lembra o co-criador do trabalho generativo, Stephen Gilligan, “a verdadeira transformação vem de sermos capazes de acolher a ferida, o demónio, a sombra.”

Não existem formulas para alcançar estados de felicidade, porque cada um de nós é um mapa único. Ainda assim, há práticas diárias, que se transformam em hábitos e nos aproximam ou afastam da felicidade. Por exemplo, cada vez que recebermos com amor e curiosidade, tudo o que vier à nossa consciência e o respirarmos, estamos a permitir que o nosso caminho se torne mais nítido, leve e com significado, estamos a caminhar na felicidade.

Como criar felicidade numa vida generativa

Sentindo o que o corpo (a mente somática) nos transmite a cada momento, alinhando-nos com o nosso centro e com algo maior. Aceitar e transformar. E sempre que a infelicidade espreitar perguntar:

  1. Quem sou eu além da infelicidade que sinto?
  2. O que é que ela me está a comunicar?
  3. O que quer ser visto, acolhido, curado?

Como nos diz Gilligan, é a partir do nosso centro, quando nos conectamos com ele que permitimos que parta a necessidade intelectual do ego, de controlo e explicação de tudo, que a transformação tem início.

Por isso, arrisco mesmo dizer, queres ser feliz, queres viver num estado de felicidade? Vai ao teu centro, é lá que a encontras!

A felicidade depende da forma como olhamos para o mundo.
Tal Ben-Shahar

Todo este processo é amplamente investigado, estudado e praticado na certificação internacional da NLP University California, o PNL Practitioner em Parentalidade Generativa. Até porque, podemos programar os cérebros (entérico, cardíaco e cognitivo) das nossas crianças, desde o ventre, para que mais facilmente identifiquem, criem e acedam a estados emocionais, físicos e espirituais que as orientam até à felicidade. Como? Sendo o melhor exemplo de tudo isso! Em todo o processo lembra-te: Não é sobre perfeição, é sobre conexão.

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Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/ https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/#respond Wed, 17 Apr 2019 21:29:18 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4315 A Parentalidade com PNL & Generativa propõe-te uma fé (e não te falo de religião) tornada em hábitos, através do voluntariado, de mãos dadas com o teu filho. Gestos e crenças que contribuem para criarmos todos um mundo socialmente mais sustentável. Porque somos todos responsáveis e perpetuamos os nossos gestos e silêncios, pelas gerações vindouras.

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Vamos por partes, educar as crianças na fé, na espiritualidade ou no voluntariado, não é necessariamente sinónimo de religião. Estou a falar-te da força de acreditar e de entrega a ti e ao próximo. Sei, por experiência, que vivencio desde que me lembro de existir, que há algo maior do que nós, que temos esse todo em cada um e que somos todos um. Nada disto são clichés e estão já demonstrados pela ciência. Se me acompanhas nesta jornada, na Parentalidade com PNL & Generativa e na Liderança Consciente, sabes que o legado do poeta sufi, Jalal ad-Din Rumi, está presente em todos os contextos da minha vida. Assim, sei que “não sou uma gota no oceano, sou todo o oceano numa gota.” É o mesmo princípio. A própria ciência já concluiu a importância da fé nos processos de cura e recuperação.

A PNL e a noção de espiritualidade e fé

Na PNL de 3.ª Geração, que nasce com Judith DeLozier, mãe da PNL e com Robert Dilts (co-autor), na NLP University, emerge a noção de espírito. Está na base do trabalho generativo, da mudança generativa, do coaching generativo, da consultoria generativa. Mais uma vez, não no sentido religioso, mas enquanto experiência subjectiva, algo que vai para além de mim. A ciência através da física quântica progride nesse sentido e tem vindo a comprovar a existência de sistemas e de que acontecimentos imprevisíveis emergem dos mesmos. É aqui que entram também os campos morfogenéticos, investigados sobretudo pelo biólogo Rupert Sheldrake. Sheldrake explica-nos que tal e qual como todos os animais que vivem em bandos, nós, humanos, estamos conectados por um campo de informação, compartilhado por todos. A aplicação terapêutica dos campos mórficos em humanos surge nas Constelações Sistémicas Familiares. Ou seja, o que acontece a um elemento de uma família, tem impacto em todos.

Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado contribuiu para um mundo mais harmonioso, mais justo, mais responsável

Quando uma mãe, um pai, os avós, os trisavós… são pessoas de fé (que acreditam em algo maior), que praticam uma espiritualidade consciente, que se estendem além de si, numa entrega desinteressada ao próximo, através, por exemplo, do voluntariado, essa consciência fica no campo familiar. A história fala-nos de várias abordagens a fenómenos de repetição inconsciente. Freud trouxe-nos a “alma colectiva da família”, Carl Jung o “inconsciente coletivo”, o criador do psicodrama, Moreno, descreve como sendo “co-inconsciente”. Na década de 80, a psicóloga Anne Ancelin Schützenberger cria a psicogenealogia ou psicologia transgeracional. Esta disciplina defende que os legados psicológicos familiares, os acontecimentos positivos e também os traumáticos, podem perpetuar-se durante sete gerações, não sendo apenas, fruto de aprendizagem social. É por isso que a proposta da Parentalidade com PNL & Generativa, através da curiosidade, sem julgamentos e com muita auto-compaixão, te convida a virares os holofotes para dentro de ti e a investigares se as crenças e valores que te guiam são mesmo teus ou se são padrões herdados, por exemplo.

Menina caucasiana no meio de um grupo de crianças africanas.
© Rita Aleluia

Conscientes de tudo isto, sabemos que é dando que se recebe. Que quando damos, com generosidade, estamos mesmo a criar uma cadeia. Somos todos responsáveis. Se podes estar ao serviço da humanidade, levar algum conforto a quem no momento não tem, alguma paz, serenidade, sorriso, um abraço, pois que assim seja e que as crianças acompanhem. Não tens que ter dinheiro para fazer voluntariado, basta que vás, o mais inteiro possível e solidário. Bondade gera bondade. Amor gera amor.

Passar a fé às crianças através dos actos

Qualquer que seja a tua fé, assenta certamente no mesmo princípio que reside na raíz de todas as confissões religiosas, o do amor universal. A certeza de que existe um(a) criador(a), tenha ele(a) o nome que tiver e de que não estás nem sozinho, que caminhas em conjunto, que não estás aqui por acaso.

Como diz o Papa Francisco, por quem nutrimos um carinho especial, pelo seu elevado nível de consciência e humanismo: “A fé é vida. Quando a fé se concentra exclusivamente nas formulações doutrinárias, há o risco de falar apenas com a cabeça, sem tocar o coração. Nós não podemos ser doutrinadores ou ativistas; somos chamados a realizar a obra de Deus, na ‘proximidade’: unidos a Ele, em comunhão entre nós, junto aos nossos irmãos. ‘Proximidade’: aqui está o segredo para transmitir o núcleo central da fé, não um aspecto secundário. Escutar, tornar-se próximo”.

Na nossa família optamos por mostrar às nossas filhas, in loco, o que acreditamos ser o melhor de cada religião que vai ao encontro dos nossos valores e que, de alguma forma, contribuiu para ver nascer no mundo o que queremos que aconteça, cooperando para um desenvolvimento social sustentável e justo. Somos católicos, mas acreditamos e praticamos tanto de outras confissões. Gostamos que as nossas crianças sintam o poder do Budismo, do Hinduísmo, do Judaísmo, do Islão, entre outros. Elas sentem que afinal, somos todos muito mais semelhantes do que possa parecer, somos muito além dos rótulos que as religiões decretam. Como gostamos muito de viajar em família, aproveitamos para visitar e orar em templos e oferecemos serviços (tão singelos) de voluntariado em templos na Malásia, na Tailândia, no Japão e na Indonésia. Queremos regressar em breve. Também o fizemos em África, junto de irmãs Salesianas e ONG’s. Fazemo-lo em Portugal (naturalmente). É tão simples, tão incrivelmente poderoso e preenche-nos com a crença soberana de que vale tanto a pena ser humano, de que temos mesmo muito para contribuir, de que podemos e somos (cada um de nós) a diferença que faz a diferença. De que o mundo é maravilhosamente multi-cultural, de que o mapa não é, definitivamente, o território, que somos atraídos pelas semelhanças e crescemos com as diferenças e de que juntos vamos mais longe.

Rita Aleluia com família e amigos, frente a um templo na Indonésia.
© Rita Aleluia

O poder do voluntariado na tua vida, na vida do teu filho, na vida do Planeta

“Sempre que adiamos um gosto nosso pelo bem dos outros, especialmente dos mais frágeis, ou das nossas raízes, como são os nossos avós e idosos, o Senhor nos devolve na proporção de cem por um. Porque, em generosidade, ninguém O pode vencer; no amor, ninguém O pode superar.”
Papa Francisco

Às vezes, tantas, a oportunidade de o fazeres está dentro da tua casa, na porta ao lado, na rua onde vivem. Estás a colocar o foco na solução, a criar pensamentos positivos, actos empoderadores. A sociedade actual tende a desperdiçar demasiada comida, bens de primeira necessidade, roupa, calçado. Pode ser interessante, tu e o teu filho, juntarem-se a fazer um levantamento de tudo o que têm e, na realidade nem precisam. Selecionarem o que está em condições e a quem querem oferecer. E podem fazê-lo presencialmente ou em anonimato. As crianças adoram (os adultos também) e crescem com o sentimento de que são parte, merecem e contribuem para o bem-comum. Em Thich Nhat Hanh, “The Next Buddha May Be A Sangha” pode ler-se: “Shakyamuni previu que o próximo Buda seria Maitreya, o Buda do amor … É possível que o próximo Buda não tome a forma de um indivíduo. O próximo Buda pode assumir a forma de uma comunidade, uma comunidade que pratica compreensão, bondade e amor, uma comunidade que pratica uma vida consciente. E a prática pode ser realizada como um grupo, como uma cidade, como uma nação.”

É o sentido de Inteligência Colectiva em acção, onde 1+1=3! É a noção de que ao contribuir positivamente com um pequeno gesto, estamos a instalar o princípio e tem repercussões planetárias. Perceber que o outro existe, que tem desafios tão grandes, permite-nos estabelecer empatia e retira-nos do umbigo, onde facilmente podemos cair, nos dias que correm. Afasta-nos da indiferença, que essa sim, mais perigosa e letal do que ódio.

“A indiferença é uma paralisia do coração.”
Santo Agostinho

Até já.

Com amor,

Rita

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