Na Parentalidade com PNL existem práticas diárias que te auxiliam em todo o processo e que te permitem continuares a cuidar de ti, enquanto mulher que és. Já a semana passada falamos sobre que mães és tu, hoje digo-te: Cria espaço para ti em cinco passos! O teu filho agradece, vai sentir imenso orgulho e tu, ainda mais!

1. Prioridades

Quanto tempo dedicas a ti diariamente?

Aquela meditação (aula de dança, ginástica, natação…) à qual tanto gostarias de assistir continua a ser adiada porque acreditas que é mais importante enfiares-te na cozinha, a cozinhar para a semana inteira e saíres de lá exaurida?! Já imaginaste como seria se praticasses aquela meditação (adiada), chegasses a casa relaxada, conectada com a tua essência e em expansão para os que te rodeiam, disponível, no aqui e agora, para o teu filho?

Está na hora de reprogramares a tua lista de prioridades e alcançares resultados com êxito! Há dois princípios básicos da PNL que nos dizem que corpo e mente se influenciam simultaneamente e que sou dona da minha mente, logo, dona dos meus resultados!

O teu filho modela-te, se cuidas de ti, ele cuidará de si também.

2. O sucesso não é uma linha recta

Se continuas a insistir que para seres bem-sucedida em tudo, tens que ir em linha recta… Vives em permanente desgaste energético! Sê flexível! Se as coisas não acontecem à primeira como imaginaste, aceita e desfruta o processo. É durante o processo que se camuflam as grandes oportunidades de crescimento. E nada, mas absolutamente nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito maior, nesta vida. E sim, é possível formar uma família e ser líder profissionalmente.

A forma como lidas com as adversidades, será a forma como o teu filho o fará também.

3. Traça objectivos

Já notaste que não és omnipresente, certo? Então, começa a traçar objectivos. Já sabes que devem ser SMART – Simples – Mensuráveis – Atingíveis – Realistas – Datados. Depois de definidos, só tens que os formular de forma positiva, verificar se são demonstráveis sensorialmente, especificá-los e contextualiza-los. Sabes que devem ser iniciados e mantidos por ti e claro, serem ecológicos para ti.

4. Cria o teu espaço

Aqui, falo-te mesmo de espaço físico. Um local em tua casa que seja única e exclusivamente teu. Uma espécie de quartel-general. Não precisa de ser uma sala, basta um cantinho, onde possas estar apenas contigo, a fazer o que mais gostas. Eu tenho um puf e um tapete de yoga que adoro!

5. Rede de apoio

Não és a super-mulher e ainda bem! Fazes sempre o melhor que podes e sabes em cada momento e, muitas vezes, precisas mesmo de apoio extra. Pode ser família directa, amigas, coaching com PNL. E que bom que é teres a oportunidade de partilhar a tua vida com pessoas que te amam, te reconhecem e te querem bem. Ter a humildade para pedir ajuda faz de ti um ser ainda melhor. Aceitar a ajuda cria em ti ainda mais bondade. A tua vida e a da tua família vai começar a estar mais conecta, harmoniosa e fluida.

Quando sinto que estou a desconectar-me de mim, recordo outro princípio básico da PNL: Tudo tende novamente para a união e para que se torne uma totalidade em nós e relembro a declaração de auto-estima escrita pela querida e inspiradora Virginia Satir, volto a mim e está tudo bem!

Deito fora o que não me serve, guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.

Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço.

Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros, para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim.

Sou dona de mim!

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Hoje, partilho contigo uma história real, que podes também encontrar no meu primeiro livro “Mães do Mundo – A Programação NeuroLinguística ao serviço da educação com ética“.

“A Adelaide dorme, tranquila, envolta no pano, corpo com corpo, embalada pelos movimentos da mãe, Eugénia que lava a roupa nas margens de um rio, em São Tomé e Príncipe. Não é a única, o cenário repete-se mais ao lado, à direita, à esquerda. Sentei-me nas pedras, com os pés na água e a minha filha mais nova no colo. Primeiro, observei e pouco depois ficamos todas à conversa. Perguntei à Eugénia o que sonhava para aquela filha. Parou, observou-a, olhou para mim com um sorriso doce, envolto na simplicidade das metas que nasce das intenções, e respondeu: «Que seja feliz!» E não é este também o desejo de cada um de nós: mães, pais? É um desejo que transformou em meta ambiciosa, que não está nas suas mãos e isso deixou-me ainda mais curiosa. Então, perguntei-lhe como fazia isso. Olhou para mim com um ar de espanto, como se eu tivesse colocado a questão mais tola deste mundo e respondeu: «Tem-me a mim!».”

A Parentalidade Generativa propõe-te uma vida intencional e em presença, longe das expectativas

Deliciosamente simples, profundamente intenso e desafiador. Afinal, somos nós o exemplo que queremos ver no Mundo e começa, sem dúvida, em cada família, o microcosmo da sociedade, como nos dizia Virginia Satir.

Querer que um filho seja feliz é um desejo, não é uma intenção. Já o «tem-me a mim», encerra em si a intenção de estar presente. De escutar, de observar. São mesmo assim as intenções: luz em dias de tempestade, de dúvida. Estão na base de todas as escolhas e acções. São vividas no presente, em harmonia, sem expectativas porque não dependem de resultados.

As minhas intenções na parentalidade, emergem do meu compromisso em estar verdadeiramente presente na vida das minhas filhas e para isso, estou necessariamente presente e alerta, na minha vida.

Sem intenções e valores definidos, tu e a tua família vão navegar ao sabor do vento e não saberão como e quando devem ajustar as velas. No meu mapa Mundo, faz-me tanto, mas tanto sentido VER todos os dias as minhas filhas (com olhos de ver, sem lugar a julgamentos, a pressas). ESCUTAR activamente e diariamente o que ambas me dizem, sem expectativas. SENTIR com as duas os compassos dos seus tempos e ACEITAR as suas essências, tal e qual como são – sem medo, com confiança – nelas e em mim).

Os objectivos na Parentalidade Generativa

Quando as intenções estão definidas, é fácil desenhar objectivos bem formulados. Por exemplo, para cumprir com a minha intenção de estar mais presente na minha vida e na das minhas filhas, estabeleci horários que me permitem dormir uma noite reparadora. Deitar-me pouco depois delas e acordar antes de todos, meditar, tomar um pequeno-almoço nutritivo, em tranquilidade, dedicar uma hora ao que me fizer sentido em termos de alinhamento, pode ser ler, ouvir música, caminhar…

Por outras palavras, um objectivo tem uma intenção subjacente e uma expectativa, já que pretende alcançar um resultado específico, mensurável, datado (uma vez que está orientado para o futuro), é realista. Um objectivo está focado em comportamentos. E neste processo, o modelo do Success Factor Modeling (SFM), aplicado à educação, dá-nos um incrível, sistémico e poderoso contributo.

As famílias generativas colocam o foco primeiro nas intenções, depois nos objectivos, sabendo que mais importante que o destino final, é o caminho e os milagres que este nos revela a cada momento. Conectamos para criar e estabelecer relações inspiradoras, de qualidade e assim, vivermos uma vida plena. Afinal, não é sobre perfeição, é sobre conexão.

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