HeartMath • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/heartmath/ Awakening People Mon, 28 Mar 2022 14:54:06 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png HeartMath • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/heartmath/ 32 32 O poder curador das emoções generativas: estou a gerar, nutrir e manter emoções generativas ou degenerativas? https://www.ritaaleluia.com/poder-emocoes-estou-gerar-nutrir-manter-emocoes-generativas/ https://www.ritaaleluia.com/poder-emocoes-estou-gerar-nutrir-manter-emocoes-generativas/#respond Tue, 29 Mar 2022 07:05:55 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9116 No ESSENCIAL desta semana, a influência de viver em coerência, alinhando coração - cabeça e o poder curador das emoções generativas. No final, um exercício simplificado, para descobrir em quais emoções passamos mais tempo – generativas ou degenerativas.

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Viva!

Desejo-vos bem!

Ainda estou a vibrar em gratidão com as mensagens que continuam a chegar-me sobre o nosso primeiro encontro. Obrigada! São realmente profundas, são importantes para mim, têm muito valor e acrescentam. Agradeço a vossa presença, a generosidade das palavras, o cuidado que demonstram convosco e ao próximo.

Óptimos indicadores de emoções generativas que são parte do tema deste nosso segundo encontro – não fossem elas os valores da Parentalidade Generativa!

Encontram também no blog do meu site, vários artigos sobre as mesmas. Sobre o que são, como activamos, nutrimos e como as mantemos, porque esse é o desafio maior: mantê-las. Vamos por partes.

Sabe-se hoje que, com maior ou menor intensidade, o trauma e as suas sombras ainda habitam cada um de nós. O trauma colectivo, seguramente. E aqui, porque as palavras criam imagens, sensações… por trauma, entendo por exemplo, as experiências subjectivas que sobrecarregaram o sistema nervoso e a nossa capacidade de lidar com as mesmas: o que nos aconteceu na ausência de uma figura empática, o que era suposto ter acontecido e não aconteceu. Sobretudo na infância. Porque quem sofreu trauma na infância, tem um sistema nervoso completamente diferente de quem o sofreu em adulto e tem também, uma forma totalmente diversa de lidar com eventos mais desafiantes e gerar resiliência. E mesmo quando o trauma acontece em idade adulta, ele tem o terreno fértil na infância. O trauma faz com que as nossas emoções e sensações fiquem presas no corpo. Portanto, o contacto com as nossas emoções fica limitado pelo nosso trauma. Vou dedicar outros encontros – desconfio que muitos – só para explorar a questão do trauma. Até porque vivemos, colectivamente, um desafio enorme a este nível, muito relacionado com a invasão russa à Ucrânia.

A nossa capacidade de cuidar do próximo depende directamente da nossa capacidade de cuidar primeiro de nós próprios

Hoje, quero colocar particular atenção no facto de que, enquanto seres humanos que somos, cuidadores, sejamos ou não pais, devemos ter consciência que a nossa capacidade de cuidar do próximo depende directamente da nossa capacidade de cuidar primeiro de nós próprios!

E isto aplica-se, naturalmente e também, aos profissionais de saúde mental. Tenho cada vez mais alunas e clientes (a maioria ainda são de facto mulheres) que assumem o compromisso de aprender, praticar e levar para as suas clínicas, hospitais, centros de acolhimento, centros de refugiados, a abordagem centrada no coração, nas emoções generativas. Não para substituir as intervenções terapêuticas, mas sim, para as complementar. E o resultado tem sido profundo, transformador. Para todos!! Seja em que parte do mundo for! Ou seja, aqui, o mapa cultural, religioso não interfere. É uma experiência universal.

Há muito mais no nosso coração do que aquilo que julgamos ser possível, ou pelo menos, daquilo que nos ensinam desde pequeninos. O coração tem na verdade, um papel principal na vivência de uma vida balanceada, em harmonia, amorosidade e com significado! É um cérebro, com o seu próprio sistema nervoso intrínseco que pensa, sente e tem memória.

A maior viagem é entre a cabeça e o coração

Quando uma mãe, um pai, um profissional vive centrado no coração, vive em estado de recursos, conectado com quem é e com o fluir da vida. Num estado de abertura, curiosidade e criatividade, ou seja, vive num estado generativo. É de resto assim que criamos espaço para escutar, desde um lugar mais profundo, de unidade, coisa que não acontece se ouvirmos e estivermos só na cabeça, no cérebro racional, que é por si só um órgão dual, com hemisfério direito e esquerdo, mesmo existindo a neuro-plasticidade. Quando vivemos na cabeça, a tendência é olharmos para o mundo com as lentes do “isto é certo, aquilo é errado”, “aquela pessoa é boa, a outra pessoa é má”… Há um provérbio indígena que diz que a “a maior viagem é entre a cabeça e o coração”. Tem sentido.

Centrados no coração, conseguimos aceder a uma inteligência mais profunda, à intuição, criamos um campo vibracional que ajuda e muito, na auto-regulação e na co-regulação. Somos seres que existimos em co-relação. Esta acontece quando existe coerência coração – cérebro (cognitivo). São as emoções geradas no nosso coração, as emoções generativas ou as emoções degenerativas que enviam um sinal claro ao cérebro que, por sua vez, determina a forma como nos sentimos e como vamos agir. Determina se estamos ou não seguros e a partir daí, a qualidade da nossa presença!

A vivência da parentalidade generativa reconecta-nos com o coração. É um regresso a casa. Reconecta-nos com a unidade. É assim que fazemos melhores escolhas, a cada momento. O coração ajuda-nos a dar novos significados às nossas experiências. Reenquadra-as. Não altera o que aconteceu, mas permite-nos acolher, integrar e transcender as experiências. Como? Honrando-as, aprendendo com as mesmas.

Então, como ajudar aqueles que ajudam?!

(Re)Humanizando-os! Porque quando erguemos muros invisíveis na presença do outro, estamos a perpetuar dor, sofrimento e trauma. Estamos a contribuir para a retraumatização, em vez de ajudar a acolher, integrar e transcender. Por exemplo, o co-criador da PNL, o Frank Pucelik, diz de uma forma muito interessante que nós, que somos profissionais da Programação Neurolinguística, o que fazemos é desprogramar robôs e devolvê-los à humanidade. Vale a pena reflectir sobre isto…

Como sou formada em trauma e resiliência pelo HeartMath Institute, além de facilitadora de coerência cardíaca, tenho acesso a todas as pesquisas elaboradas até ao momento pelo instituto, assim como por universidades, e todas elas demonstram que o cuidado genuíno e autêntico é de facto essencial para todas as partes! Hormonalmente, ao nível dos neuro-transmissores, da neuro-fisiologia, do ritmo cardíaco, do sistema nervoso… todos são nutridos pelo cuidado genuíno, pela compaixão!

O que parece faltar?

Permissão para cuidar!

Permissão para sentir!

Permissão para amar!

E isto começa no ventre!

Porque o amor é a melhor medicina! E é também o que todos merecemos e precisamos para viver plenamente!

Aqui, começamos a entrar naquilo a que o HeartMath chama o conceito científico de amor. Se eu estiver na China, e isto já me aconteceu, e disser a uma mãe chinesa: se nada funcionar, coloca mais amor. O mapa desta mãe sobre o amor é igual a disciplina e disciplina na China é igual a punição, a castigos, é permitir que a violência física e psicológica se perpetue. Por isso, utilizamos a palavra amor apenas em contextos nos quais sabemos que o conceito já está intencional e conscientemente definido. O conceito de amor varia de mapa cultural para mapa cultural.

Só que, porque o amor produz coerência e um ritmo cardíaco mensurável, que altera a forma como funciona o sistema nervoso, que diminui por exemplo, a produção de cortisol. Quando falamos deste tipo de amor, não precisamos encontrar comportamentos associados basta a vibração do cuidado e compaixão genuínos, desde o coração.

Associadas ao coração estão as emoções generativas: cuidar, compaixão, gratidão, alegria… são emoções que nos regeneram, conectam-nos, aproximam-nos e permitem criar comunidade. São o oposto das emoções degenerativas, que nos desconectam, drenam a nossa energia vital e que tão bem conhecemos como zanga, preocupação e frustração…

Gerar e manter emoções generativas em nós é oferecê-las ao todo. Porque cada um de nós é um campo (de energia) e esse campo eletromagnético contém informação. Isto é ciência. Nesta informação estão as emoções que sentimos a cada momento. A ciência diz-nos que as vibrações estendem-se a uma distância, pelo menos de nove metros (do nosso corpo). Portanto, sim, os nossos filhos (e todas as pessoas) sentem as nossas emoções, mesmo quando não as verbalizamos, mesmo quando o outro não compreende o que sente e está próximo de nós. E vice-versa.

“Amar é mais do que uma forma maior de consciência e consciência é percepção.”
António Damásio

Como diz o nosso neurocientista Dr. António Damásio: “amar é mais do que uma forma maior de consciência e consciência é percepção”. Percepção é colocar atenção, e colocar atenção no coração é viver presente e perceber, a nós e ao outro, e é assim que nos sentimos finalmente seguros para criar a partir do desconhecido, a partir do campo das infinitas possibilidades, do campo quântico.

Ocitocina, a hormona do amor e do vínculo

Acontecem cerca de 40 mil mudanças neuroquímicas quando mudamos o nosso estado emocional. A maior parte destas mudanças são hormonais, é por isso que tantos se acostumam à adrenalina e ou, ao cortisol, hormonas de stress, por oposição à ocitocina, que produz sensações de bem-estar físico, emocional e espiritual. A ocitocina que é a hormona do amor e do vínculo. A libertação destas hormonas cria alterações físicas significativas possíveis de medir na tensão arterial, nos ritmos cardíacos, no metabolismo.

Por exemplo, a ocitocina, é uma resposta ao toque seguro. A ocitocina que circula no nosso corpo, conecta com os receptores da ocitocina no coração e o ritmo cardíaco torna-se mais harmonioso. Ao mesmo tempo activa partes do nosso cérebro que nos fazem sentir amados e seguros. Vai ao encontro do que partilhava convosco no 1.º episódio, que corpo e mente são um só, estão interconectados e influenciam-se mutuamente.

Exercício Depletion to Renewal Grid

Quero convidar-vos para um exercício simplificado do original, que se chama de Depletion to Renewal Grid. É um dos vários modelos ensinados e muito aprofundados no Practitioner em (re)Parentalidade Generativa. Porque todas as emoções provocam alterações neuroquímicas que afectam o nosso corpo, a nossa bateria interior e resiliência, a nossa capacidade de gerar, nutrir e manter a qualidade da nossa energia, queremos mesmo muito, estar atentos a quais são as emoções que geram quais alterações, especificamente. Este modelo permite fazer um mapeamento do nosso estado emocional presente. No fundo, mostra-nos onde estamos, relativamente a onde queremos estar mais vezes.

Numa folha A4 traçamos uma linha vertical e outra horizontal, dividindo assim a folha em quatro partes iguais. Na parte superior esquerda escrevemos: zanga, ansiedade, medo. E do lado direito: excitação, alegria, coragem. Já na parte de baixo, do lado esquerdo ficam a tristeza, a solidão e a vergonha e do lado direito, também em baixo, a apreciação, o cuidado e a gratidão. Coloquei a infografia deste exercício, no artigo deste episódio, no blog do meu site, para ser mais fácil a visualização e realização do mesmo.

A linha vertical indica a quantidade de actividade presente no sistema nervoso autónomo e a quantidade de energia que o nosso corpo está a utilizar. Quanto mais intensa for uma emoção, seja prazerosa ou não, maior a actividade no sistema nervoso.

A linha horizontal significa o nosso sistema hormonal. O tipo de hormonas libertadas é afectado pela intensidade e qualidade de uma emoção. Por exemplo, quando geramos emoções generativas como: cuidar, compaixão, apreciar, são igualmente libertadas hormonas que aumentam a nossa capacidade de resiliência e vitalidade.

Agora, olhando para a folha, as perguntas são:

  • Em que quadrante me encontro agora?
  • Onde é que eu me encontrava ontem?

É possível que num momento estejamos num quadrante e noutro momento, num quadrante diferente. Porque falamos de energia e a energia não é constante. Portanto, aqui importa perceber em qual quadrante passamos mais tempo.

Por exemplo, se passamos a maior parte do tempo no quadrante da ansiedade e depressão, basta colocar aí um X. Com isto ganhamos consciência que passamos a maior parte do tempo a gerar, nutrir e manter emoções degenerativas. Ou, podemos sentirmo-nos calmos, em harmonia a maior parte do tempo. O que é sinónimo de emoções generativas. Identificado o quadrante onde passamos mais tempo, vale a pena escolher, em presença e consciência, qual aquele onde queremos vir a passar mais tempo!

E agora, é hora de elaborar uma lista de quais as situações trigger que nos conduzem a estar no quadrante onde ainda passamos mais tempo. Só assim tornamos consciente o inconsciente e apanhamo-nos “na curva” se em vez de estarmos onde queremos estar, dermos por nós onde temos andado nos últimos tempos.

Todos temos exemplos na vida, das vezes em que seguimos o coração e correu bem, certo? Sinto que apesar de toda a “loucura” latente nos dias de hoje, os gestos que emergem das emoções generativas, têm de facto, ganho muita expressão e incorporado a Humidade, com uma intensidade e de formas como eu pelo menos, nunca tinha visto assistido antes. E no HeartMath conversamos com regularidade e também estamos a ser surpreendidos pela positiva. E isto, dá-nos esperança!

Aliás, o Dr. Roger Nelson, da Univerdade de Princeton, que criou e conduz o projecto de Consciência Global e trabalha também com o HeartMath, tem vindo a medir os efeitos das emoções generativas e degenerativas no quadro global e está absolutamente convicto que, por exemplo, a compaixão e a conexão vão transcender o ódio e a separação.

E é com o coração a vibrar em esperança, em compaixão que me despeço por hoje. O ESSENCIAL volta na próxima terça-feira. Agradeço a presença, a abertura e a curiosidade.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas. Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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(re)Parentalidade começa na prática das emoções generativas https://www.ritaaleluia.com/reparentalidade-comeca-pratica-emocoes-generativas/ https://www.ritaaleluia.com/reparentalidade-comeca-pratica-emocoes-generativas/#respond Mon, 03 Jan 2022 18:28:11 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8652 Podes fazer o que quiseres na tua forma parental. Se não mudares a tua energia, não há transformação possível! O 1.º de 3 passos é gerar coerência cardíaca, criando e mantendo emoções generativas!

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– “Rita, já experimentei mudar a minha forma de praticar parentalidade, estive atenta, dei nomes às emoções… pouco ou nada se transformou. O que aconteceu?!”

Aconteceu que continuas a fazer a mesma coisa à espera de resultados diferentes!

– “Como assim? Escrevi intenções, identifiquei emoções e mudei comportamentos?!”

Pois, mas não mudaste o essencial, a tua energia! Nós somos energia! Cada um de nós é um campo de energia. E isto já é ciência! Se souberes como mudar a tua energia, tudo o que acontecer ao nível do ambiente, vai mais fácil e naturalmente transformar-se.

  1. Mudar a energia;
  2. Manter esse estado (é a única forma de não voltar aos programas instalados no passado que por sua vez nos conduzirão aos mesmos comportamentos e resultados);
  3. Expandi-lo aos nossos filhos e Planeta.

E é assim que nos tornamos criadores da nossa vida e deixamos de ser vítimas. É assim que começamos a criar a partir do campo (quântico), criando resultados generativos (que nunca antes aconteceram).

– “Como faço isso? Como ensino os meus filhos a serem criadores?”

Começando a praticar coerência coração – cérebro (cognitivo). São as emoções geradas no nosso coração, as emoções generativas (regenerativas) ou as emoções degenerativas que enviam um sinal claro ao cérebro (cognitivo) que, por sua vez, determina a forma como nos sentimos e como vamos agir. Determina a qualidade da nossa presença!

A vivência da parentalidade generativa reconecta-nos com o coração. Reconecta-nos com a unidade, a totalidade. Desta forma fazemos melhores escolhas, a cada momento, navegando em coerência e harmonia em tempos desafiantes. Além disso, esta é a única forma de podermos, de facto, viver de forma generativa.

O coração ajuda-nos a dar novos sentidos às nossas experiências. Reenquadra-as. Não altera o que aconteceu, mas permite-nos acolher, integrar e transcender as experiências, honrando-as, aprendendo com as mesmas.

As culturas ancestrais conheciam bem o poder do coração. Não é por acaso que desde a China, à Grécia antiga, as comunidades olhavam para o coração como a fonte principal de sentimentos, virtude e inteligência maior. Muitas tradições referem-se ao coração como o caminho da alma, o espírito maior de quem somos. No Ocidente, o coração é além de um órgão físico, também ele uma metáfora para sentimentos, intuição e o centro da nossa personalidade, de quem somos realmente.

Quando o coração, a mente e as emoções estão alinhados, vivemos em harmonia, em sabedoria. Vivemos em casa! Agimos desde um lugar de amor incondicional. Desde um lugar de abundância. De conexão!

Esta é uma descoberta experiencial. Vai além da teoria, além da linguagem. Quando aceitamos que esta experiência é possível, trazemos reverência, alegria, entusiasmo e gratidão à sua prática. E claro, criamos experiências que estão além de qualquer realidade conhecida.

E lembra-te: já sabes como fazer isto!

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Devo seguir a minha intuição na parentalidade? https://www.ritaaleluia.com/devo-seguir-minha-intuicao-parentalidade/ https://www.ritaaleluia.com/devo-seguir-minha-intuicao-parentalidade/#comments Wed, 10 Nov 2021 09:29:25 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8380 Vejo isto em acção diariamente, em mim, nas famílias e organizações que acompanho e que já vivenciam a parentalidade generativa: a intuição a guiar-nos para novos patamares.

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  • “Dizem-me para o deixar chorar, mas corta-me o coração”;
  • “Doeu-me mais a mim do que a ele, devia ter seguido a minha intuição”;
  • “Se tivesse escutado o meu coração hoje vivia tranquila”;
  • “Havia algo, não sei explicar, que me dizia para não o fazer e mesmo assim, fiz e agora parece que tenho uma faca espetada no peito”;
  • Estas são afirmações que escuto, muitas vezes, nos acompanhamentos que faço com Parentalidade Generativa (Generative Parenting®) e que surgem habitualmente acompanhadas do gesto de colocar a mão no centro do peito ou mesmo em cima do coração. E esta é uma constatação transversal a todos os países onde trabalho, independentemente dos continentes, credos, sexo ou etnias.

    Portanto, digo também por experiência própria, agora com validação científica, que sim, devemos seguir a intuição, e não só na parentalidade, como em tudo na vida!

    “A única coisa realmente valiosa é a intuição.”
    Albert Einstein

    Quando a intuição é abafada por crenças instaladas

    Crescemos (tantas vezes) sem saber que temos em nós os recursos que precisamos, na ausência de uma figura empática, alfabetizados demasiado cedo o que exige correr atrás da lógica, na cabeça (onde acabamos por nos perder ou ficar presos), para que possamos perceber e explicar processos e ainda ouvimos coisas como: “enquanto não tiveres isso não vais conseguir”, “veste o casaco que te dei que está frio”… Somos tão condicionados na infância que acabamos por acreditar que as nossas necessidades emocionais, psicológicas, físicas e até espirituais são absolutamente satisfeitas de fora para dentro. Ora, se acreditarmos que são os outros e os acontecimentos externos a preencher-nos, a comandar a nossa vida, então desconectamo-nos de quem somos, do nosso eu autêntico, da nossa intuição, da nossa bússola. Depois, em adultos, quando escutamos “procura dentro de ti”, “pergunta ao teu coração, ele sabe a resposta”, estranhamos tanto que parece algo distante ou inacessível e acabamos a rejeitar, a chutar emoções em vez de as acolher, integrar e transcender, com o coração. Não é por mal, é com a intenção positiva de nos protegermos do desconhecido, porque não temos referência alguma. E isto não é só Programação Neurolingística (PNL) de 3.ª geração, já é ciência!

    O que diz a ciência sobre a intuição

    No Heart Math Institute aprendemos que a intuição vai além do processo de perceber ou saber algo sem raciocínio consciente. Os investigadores do HeartMath Institute e outros que há mais de 50 anos coordenam estudos cientificamente validados, acreditam que a intuição inclui não só a percepção consciente pela mente como também por todo o sistema psico-fisiológico do corpo. Essa percepção inconsciente é notada através de leves alterações emocionais e fisiológicas possíveis de serem detectadas em todo o corpo como evidenciam vários estudos electro-fisiológicos de intuição.

    A intuição ou inteligência do coração traz a liberdade e o poder de realizar o que a mente, mesmo com todas as disciplinas ou afirmações do mundo, não pode fazer se estiver em desarmonia com o coração.
    Heart Math

    No geral, os resultados das investigações sugerem que o coração (cérebro cardíaco) e o cérebro (cognitivo), juntos, estão envolvidos na recepção, processamento e decodificação de informações intuitivas.

    O que podemos então fazer na prática

    O processo passa por reconectar, por criar coerência e harmonia entre coração e cérebro! Este é, aliás, o tema que escolhi levar nas minhas palestras nas próximas conferências internacionais. Há tempos, já depois de concluir a minha certificação: “HeartMath, The Resilient Heart – Trauma – Sensitive”, comecei a escrever sobre isso, aqui.

    E é assim, reconectando e alinhando coração – cérebro, gerando coerência entre ambos, que é como quem diz, gerando emoções generativas (ou regenerativas), que ficamos aptos a escutar a nossa intuição e a elevar a parentalidade que nos habita para outro patamar. E isto não significa que deixamos de ter desafios, significa que respondemos aos mesmos desde um lugar de inteireza e amor incondicional. Significa que vivemos uma vida generativa.

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