Harmonia • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/harmonia/ Awakening People Wed, 17 Jun 2020 22:17:45 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Harmonia • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/harmonia/ 32 32 Quatro princípios japoneses da comunicação https://www.ritaaleluia.com/quatro-principios-japoneses-comunicacao/ https://www.ritaaleluia.com/quatro-principios-japoneses-comunicacao/#respond Wed, 17 Jun 2020 22:05:54 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5778 Rita Aleluia, alia os quatro princípios japoneses da comunicação, à Programação Neurolinguística, para comunicar com autenticidade e congruência.

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Gosto de muitos aspectos da cultura japonesa, sobretudo dos quatro princípios japoneses da comunicação, herdados do budismo. Tenho a bênção de ter amigos nipónicos e de conhecer várias cidades e práticas japonesas. Este ano, a Covid19 trocou-nos as voltas e o curso de Parentalidade Generativa, em Tóquio, aguarda luz verde para 2021. Até lá, vou praticando (também) os quatro princípios japoneses da comunicação. Até porque, o mundo está a experienciar um momento colectivo de caos e está mergulhado em excesso de ruído.

Vantagens da prática dos quatro princípios da comunicação japonesa

Já partilhei contigo que fui jornalista (“saí do jornalismo”, mas ele nunca saiu de mim) e que sou licenciada em Ciências da Comunicação. Durante 16 anos acreditei que sabia comunicar. Sim, sabia colocar perguntas incomodas e transmitir acontecimentos, ainda assim, comunicar, como entendo ser (hoje) a sua verdadeira missão, eu andava tão longe de saber o que era.

Ao fazer o meu PNL Practitioner mudei a forma como comunicava comigo e com os outros, transformei por completo a minha vida. A minha auto-estima recebeu um up-grade, a auto-confiança também, reduzi o stress e alguma sensação de culpa que às vezes me assolava, por ser, até então, demasiado compulsiva e frontal na forma como comunicava o que pensava e sentia. Passei a identificar e a compreender, mais facilmente, as minhas emoções, sentimentos, desejos e necessidades, assim como os dos que me rodeiam. As intenções tornaram-se claras e o que os outros pensam, relativamente a mim, ou ao que digo, faço, deixou de ser problema meu. A minha comunicação passou a ser verdadeiramente autêntica e congruente.

O bem-estar, na minha dinâmica familiar e profissional, na minha vida, em geral, está agora muito mais presente. Sendo a harmonia uma prioridade na cultura japonesa, a utilização dos silêncios e das palavras são copiosamente ponderados. Ou seja, a forma como comunico comigo, com o outro, como conecto e crio relação. Existem quatro fundamentos que devem ser protegidos, com a intenção de elevar a consciência colectiva. Assim, os quatro princípios da comunicação japonesa são a verdade, a amabilidade, a utilidade e a harmonia.

I – Verdade

Para que se cumpra, gosto de ter presente o pressuposto da Programação Neurolinguística (PNL) que nos diz que o mapa não é o território. Ou seja, que a realidade é apenas o conjunto das minhas representações internas e não a realidade, em si. Reajo ao que acredito ser a realidade. Começo então, por investigar o que é verdadeiro para mim e só quando o sinto no coração, devo expressar aos demais.

II – Amabilidade

Posso ser sincero, respeitando o outro, sem ser cruel. O respeito pelo mapa mundo do outro – já que a experiência objectiva não existe – é condição essencial para que emerja uma comunicação autêntica e congruente, que conecta e cria relações. Com amabilidade e generosidade.

III – Utilidade

É por isso que o silêncio é de ouro. É aquele espaço natural para que a escuta activa aconteça. Sem ela não existe comunicação autêntica. Falar por falar conduz a lugares longe de serem férteis, para ti e para a humanidade. Cria ainda mais ruído.

IV – Harmonia

Todas as palavras, todos os silêncios são válidos desde que promovam a paz, o balanço e a harmonia. Caso contrário, a comunicação gera mal-entendidos, desconexão e guerra, entre os seres humanos. A mensagem deve ser clara e objectiva, sem rodeios, floreados ou subtilezas, considerados pelos japoneses como ruídos na comunicação.

Os três macacos da comunicação

No Japão, no Santuário Toshougu, na cidade de Nikko, estão esculpidos na porta do Estábulo Sagrado, três macacos. Diz a lenda que eram os mensageiros enviados pelos deuses para denunciar as más acções dos humanos. Cada um tinha duas virtudes e um defeito:

  • Kikazaru (macaco surdo):
    Responsável por utilizar a visão para observar os que realizavam más acções e transmitir a Mizaru;
  • Mizaru (macaco cego):
    Não precisava da visão, já que era responsável por levar a mensagem de Kikazaru até o terceiro macaco, Iwazaru.
  • Iwazaru (macaco mudo):
    Escutava as mensagens transmitidas por Mizaru para decidir qual a pena dos deuses para cada má acção e garantir que era cumprida.

Na prática, os três macacos comunicam-nos: “não ouças o mal”, “não fales o mal” e “não vejas o mal”. A forma mais disruptiva de romper paradigmas disfuncionais. Embora haja dias desafiantes, procuro olhar para dentro de mim, atentamente, aplicando a lenda dos três macacos, promovendo uma comunicação autêntica e congruente comigo e com o outro, criando harmonia.

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Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/ https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/#respond Wed, 17 Apr 2019 21:29:18 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4315 A Parentalidade com PNL & Generativa propõe-te uma fé (e não te falo de religião) tornada em hábitos, através do voluntariado, de mãos dadas com o teu filho. Gestos e crenças que contribuem para criarmos todos um mundo socialmente mais sustentável. Porque somos todos responsáveis e perpetuamos os nossos gestos e silêncios, pelas gerações vindouras.

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Vamos por partes, educar as crianças na fé, na espiritualidade ou no voluntariado, não é necessariamente sinónimo de religião. Estou a falar-te da força de acreditar e de entrega a ti e ao próximo. Sei, por experiência, que vivencio desde que me lembro de existir, que há algo maior do que nós, que temos esse todo em cada um e que somos todos um. Nada disto são clichés e estão já demonstrados pela ciência. Se me acompanhas nesta jornada, na Parentalidade com PNL & Generativa e na Liderança Consciente, sabes que o legado do poeta sufi, Jalal ad-Din Rumi, está presente em todos os contextos da minha vida. Assim, sei que “não sou uma gota no oceano, sou todo o oceano numa gota.” É o mesmo princípio. A própria ciência já concluiu a importância da fé nos processos de cura e recuperação.

A PNL e a noção de espiritualidade e fé

Na PNL de 3.ª Geração, que nasce com Judith DeLozier, mãe da PNL e com Robert Dilts (co-autor), na NLP University, emerge a noção de espírito. Está na base do trabalho generativo, da mudança generativa, do coaching generativo, da consultoria generativa. Mais uma vez, não no sentido religioso, mas enquanto experiência subjectiva, algo que vai para além de mim. A ciência através da física quântica progride nesse sentido e tem vindo a comprovar a existência de sistemas e de que acontecimentos imprevisíveis emergem dos mesmos. É aqui que entram também os campos morfogenéticos, investigados sobretudo pelo biólogo Rupert Sheldrake. Sheldrake explica-nos que tal e qual como todos os animais que vivem em bandos, nós, humanos, estamos conectados por um campo de informação, compartilhado por todos. A aplicação terapêutica dos campos mórficos em humanos surge nas Constelações Sistémicas Familiares. Ou seja, o que acontece a um elemento de uma família, tem impacto em todos.

Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado contribuiu para um mundo mais harmonioso, mais justo, mais responsável

Quando uma mãe, um pai, os avós, os trisavós… são pessoas de fé (que acreditam em algo maior), que praticam uma espiritualidade consciente, que se estendem além de si, numa entrega desinteressada ao próximo, através, por exemplo, do voluntariado, essa consciência fica no campo familiar. A história fala-nos de várias abordagens a fenómenos de repetição inconsciente. Freud trouxe-nos a “alma colectiva da família”, Carl Jung o “inconsciente coletivo”, o criador do psicodrama, Moreno, descreve como sendo “co-inconsciente”. Na década de 80, a psicóloga Anne Ancelin Schützenberger cria a psicogenealogia ou psicologia transgeracional. Esta disciplina defende que os legados psicológicos familiares, os acontecimentos positivos e também os traumáticos, podem perpetuar-se durante sete gerações, não sendo apenas, fruto de aprendizagem social. É por isso que a proposta da Parentalidade com PNL & Generativa, através da curiosidade, sem julgamentos e com muita auto-compaixão, te convida a virares os holofotes para dentro de ti e a investigares se as crenças e valores que te guiam são mesmo teus ou se são padrões herdados, por exemplo.

Menina caucasiana no meio de um grupo de crianças africanas.
© Rita Aleluia

Conscientes de tudo isto, sabemos que é dando que se recebe. Que quando damos, com generosidade, estamos mesmo a criar uma cadeia. Somos todos responsáveis. Se podes estar ao serviço da humanidade, levar algum conforto a quem no momento não tem, alguma paz, serenidade, sorriso, um abraço, pois que assim seja e que as crianças acompanhem. Não tens que ter dinheiro para fazer voluntariado, basta que vás, o mais inteiro possível e solidário. Bondade gera bondade. Amor gera amor.

Passar a fé às crianças através dos actos

Qualquer que seja a tua fé, assenta certamente no mesmo princípio que reside na raíz de todas as confissões religiosas, o do amor universal. A certeza de que existe um(a) criador(a), tenha ele(a) o nome que tiver e de que não estás nem sozinho, que caminhas em conjunto, que não estás aqui por acaso.

Como diz o Papa Francisco, por quem nutrimos um carinho especial, pelo seu elevado nível de consciência e humanismo: “A fé é vida. Quando a fé se concentra exclusivamente nas formulações doutrinárias, há o risco de falar apenas com a cabeça, sem tocar o coração. Nós não podemos ser doutrinadores ou ativistas; somos chamados a realizar a obra de Deus, na ‘proximidade’: unidos a Ele, em comunhão entre nós, junto aos nossos irmãos. ‘Proximidade’: aqui está o segredo para transmitir o núcleo central da fé, não um aspecto secundário. Escutar, tornar-se próximo”.

Na nossa família optamos por mostrar às nossas filhas, in loco, o que acreditamos ser o melhor de cada religião que vai ao encontro dos nossos valores e que, de alguma forma, contribuiu para ver nascer no mundo o que queremos que aconteça, cooperando para um desenvolvimento social sustentável e justo. Somos católicos, mas acreditamos e praticamos tanto de outras confissões. Gostamos que as nossas crianças sintam o poder do Budismo, do Hinduísmo, do Judaísmo, do Islão, entre outros. Elas sentem que afinal, somos todos muito mais semelhantes do que possa parecer, somos muito além dos rótulos que as religiões decretam. Como gostamos muito de viajar em família, aproveitamos para visitar e orar em templos e oferecemos serviços (tão singelos) de voluntariado em templos na Malásia, na Tailândia, no Japão e na Indonésia. Queremos regressar em breve. Também o fizemos em África, junto de irmãs Salesianas e ONG’s. Fazemo-lo em Portugal (naturalmente). É tão simples, tão incrivelmente poderoso e preenche-nos com a crença soberana de que vale tanto a pena ser humano, de que temos mesmo muito para contribuir, de que podemos e somos (cada um de nós) a diferença que faz a diferença. De que o mundo é maravilhosamente multi-cultural, de que o mapa não é, definitivamente, o território, que somos atraídos pelas semelhanças e crescemos com as diferenças e de que juntos vamos mais longe.

Rita Aleluia com família e amigos, frente a um templo na Indonésia.
© Rita Aleluia

O poder do voluntariado na tua vida, na vida do teu filho, na vida do Planeta

“Sempre que adiamos um gosto nosso pelo bem dos outros, especialmente dos mais frágeis, ou das nossas raízes, como são os nossos avós e idosos, o Senhor nos devolve na proporção de cem por um. Porque, em generosidade, ninguém O pode vencer; no amor, ninguém O pode superar.”
Papa Francisco

Às vezes, tantas, a oportunidade de o fazeres está dentro da tua casa, na porta ao lado, na rua onde vivem. Estás a colocar o foco na solução, a criar pensamentos positivos, actos empoderadores. A sociedade actual tende a desperdiçar demasiada comida, bens de primeira necessidade, roupa, calçado. Pode ser interessante, tu e o teu filho, juntarem-se a fazer um levantamento de tudo o que têm e, na realidade nem precisam. Selecionarem o que está em condições e a quem querem oferecer. E podem fazê-lo presencialmente ou em anonimato. As crianças adoram (os adultos também) e crescem com o sentimento de que são parte, merecem e contribuem para o bem-comum. Em Thich Nhat Hanh, “The Next Buddha May Be A Sangha” pode ler-se: “Shakyamuni previu que o próximo Buda seria Maitreya, o Buda do amor … É possível que o próximo Buda não tome a forma de um indivíduo. O próximo Buda pode assumir a forma de uma comunidade, uma comunidade que pratica compreensão, bondade e amor, uma comunidade que pratica uma vida consciente. E a prática pode ser realizada como um grupo, como uma cidade, como uma nação.”

É o sentido de Inteligência Colectiva em acção, onde 1+1=3! É a noção de que ao contribuir positivamente com um pequeno gesto, estamos a instalar o princípio e tem repercussões planetárias. Perceber que o outro existe, que tem desafios tão grandes, permite-nos estabelecer empatia e retira-nos do umbigo, onde facilmente podemos cair, nos dias que correm. Afasta-nos da indiferença, que essa sim, mais perigosa e letal do que ódio.

“A indiferença é uma paralisia do coração.”
Santo Agostinho

Até já.

Com amor,

Rita

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