Generative Parenting • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/generative-parenting/ Awakening People Tue, 19 Apr 2022 07:39:20 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Generative Parenting • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/generative-parenting/ 32 32 Crenças dos pais comandam vida dos filhos https://www.ritaaleluia.com/crencas-pais-comandam-vida-filhos/ https://www.ritaaleluia.com/crencas-pais-comandam-vida-filhos/#respond Tue, 19 Apr 2022 07:01:24 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9282 É muito claro que as nossas crenças condicionam a forma como guiamos ou educamos as nossas crianças. Além disso, tornam-se a sua voz interior. São estas crenças que comandam 95% da nossa vida adulta, até que ganhemos consciência disso e transformemos. Mais neste episódio do ESSENCIAL!

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Bem-vindos a este 6.º episódio ESSENCIAL. Hoje deixo-vos um abraço muito especial, da nossa querida Judith DeLozier, a mãe da programação neurolinguística, com quem ontem estive à conversa e está, também ela, muito feliz com a vossa presença aqui. Falando em conversas, e respondendo às vossas perguntas sobre quando vai para o ar a próxima conversa ESSENCIAL com a Drª Sandra Amado, dizer-vos que: assim que possível. E em breve explico-vos o porquê. Certo, certo é que vai acontecer, pois claro!

Era uma vez, um menino que pediu aos pais para o levarem ao circo. O menino ficou fascinado com o tamanho colossal dos animais. Quando o espetáculo terminou, quis ir aos bastidores para ver de perto os artistas e os incríveis animais. Viu as jaulas dos leões, dos tigres e das zebras. Reparou, no entanto, que os elefantes, estavam ao ar livre. Aproximou-se e apercebeu-se que uma das patas estava acorrentada a uma pequena estaca. O animal não se movia, permanecia pacientemente parado.

Intrigado, o menino regressou a casa. Não gostou de ver os animais presos em jaulas, e aquele que mais curiosidade suscitou em si, foi o elefante. O animal estava livre e ao mesmo tempo preso. Mesmo acorrentado, era óbvio (para o menino) que o elefante poderia livrar -se da corrente, se quisesse. Era um animal gigante e forte.

Perguntou aos pais por que é que o elefante estava acorrentado. Os pais responderam: – “Para que não fuja.”

O menino pensou: “para que não fuja? Ele pode fugir quando quiser! Uma corrente presa a uma pequena estaca no solo, não é um obstáculo para um elefante!”. E continuou: – “Então, por que é que o elefante não foge?”

Os pais encolheram os ombros e não responderam.

A curiosidade da criança levou-a a questionar o sábio da cidade. O sábio respondeu contundente:

“Ele não foge porque acredita que não pode!
– “Como assim, sábio?”
– “Hoje o elefante é adulto, mas quando era muito pequeno, acorrentaram-lhe a pata a uma pequena estaca no chão. O pequeno elefante lutou, sem sucesso, para se livrar da estaca, até que desistiu.”

O menino percebeu rapidamente que o elefante tinha crescido desconhecendo o quão fenomenal era. A mente do elefante estava condicionada pela memória da luta inglória que travara com a corrente presa à estaca quando era pequeno. Por isso, agora, adulto, e com todos os recursos em si, para se libertar, nem sequer experimentava. A memória traumática do passado era mais forte do que a possibilidade do presente.

Os programas que correm em nós

Gosto muito de usar esta metáfora (adaptada) da autoria de Jorge Bucay.

Quantos pais, professores, educadores continuam a dizer às crianças coisas como: “Cuidado que vais cair!”; “Nunca fazes nada de jeito!”; “Veste o caso senão constipas-te!”; “Não vale a pena, sais a mim, nunca vais aprender matemática”; “Não tens idade para isso”; “Nem vale a pena tentares”; “O que é bom acaba depressa”…

A forma como falamos com as nossas crianças torna-se a sua voz interior. O que acontece na infância não fica na infância!

Até aos sete anos, nós, adultos, instalamos nas nossas crianças os programas que vão comandar 95% das suas vidas. Tal como fizeram connosco (curiosamente também sem terem esta consciência e com a melhor das intenções). Só que 70% destes programas retiram-nos poder pessoal, são crenças limitadoras. Explico o processo no Gurus de Palmo e Meio, quando partilho a entrevista que fiz ao Dr. Bruce Lipton.

O que acontece é que a nossa mente inconsciente comanda a nossa vida. Depois, quando queremos manifestar no mundo as nossas criações, acabamos por desistir ou somos mal-sucedidos porque somos comandados pelas nossas crenças, inconscientes, aquela vozinha interior que tem o poder de nos alavancar ou travar. A Peggy O’Mara resume o processo desta forma: “a forma como falamos com as nossas crianças torna-se a sua voz interior.” E eu digo, as nossas crenças condicionam a forma como falamos com as nossas crianças e tornam-se a sua voz interior.

Libertar-nos das amarras é libertar os nossos filhos

A função da mente é criar coerência entre as nossas crenças e a nossa realidade. Se acreditarmos que não merecemos, o que é que a mente faz? Vai arranjar forma de provar que estamos certos! Temos de sair do programa para deixarmos de ser nós próprios a nossa maior limitação!

Portanto, é essencial, que intencionalmente, acolhamos, integremos e transcendemos os acontecimentos, as crenças, a energia de cada valor que carregamos. Não mudamos o que nos aconteceu, atribuímos sim, um novo significado e reprogramamo-nos de forma a finalmente, reconectarmos com a nossa essência, a nossa energia vital e caminharmos a partir desse lugar de amor, abundância e infinita criatividade. E a verdade é que quando transformarmos a forma como falamos connosco, libertamo-nos das correntes e permitimos que os nossos filhos manifestem quem são, em transparência, coerência e autenticidade! Livres!

É possível começar agora uma breve investigação rumo à liberdade (para sairmos do piloto automático generosidade e curiosidade, perguntamos: “Como é que faço para estar sempre a pensar, dizer e a fazer isto?”; “De onde é que isto vem?”; “Acredito mesmo nisto?”

Vale a pena experimentar!

Encontramo-nos na próxima terça-feira, para entregar mais daquilo que acredito ser partilha de valor. Obrigada pela presença, pela abertura e curiosidade.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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Parentalidade Generativa e as 8 crenças de Virgínia Satir https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-8-crencas-virginia-satir/ https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-8-crencas-virginia-satir/#respond Tue, 12 Apr 2022 07:01:02 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9251 A qualidade da nossa vida depende da qualidade das nossas crenças. Por isso, neste episódio ESSENCIAL, a Rita Aleluia entrega não só as 8 crenças da mãe da terapia familiar sistémica - Virginia Satir, presentes na Parentalidade Generativa – como ainda, um conjunto de perguntas poderosas que nos conduzem à auto-reflexão, tomada de consciência e o que fazer com isso.

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Viva!

Quero agradecer a cada um de vós, pelo incrível apoio, amor, energia que colocam no ESSENCIAL. Obrigada a cada um de vós que regressa semanalmente. Eu sei que partilham os episódios com os vossos amigos. Adoro ler os vossos comentários, feedback. Adoro conhecer o que mais ressoou em cada episódio, descobrir onde ouvem o ESSENCIAL. Por isso agradeço, de coração, a curiosidade, o tempo que dedicam a escutar, reflectir, desaprender, aprender e transformar. Num processo continuo de reparentalidade, unidade e crescimento.

Acredito mesmo que o tempo que dedicam ao ESSENCIAL é um investimento em vocês próprios, no vosso futuro e no futuro das próximas gerações. Estou mesmo muito feliz por estar aqui convosco! Obrigada!

Um dos pilares da parentalidade generativa é o legado da mãe da terapia familiar sistémica. Virgínia Satir lembrava o quão importante é, que uma família entenda que estão a operar num sistema, onde cada qual tem uma contribuição única. Ou seja, existe uma visão positiva e optimista das pessoas. Porque todos os seres humanos possuem, dentro de si, competências e recursos que podem ser mobilizados na direcção da saúde, do crescimento e desenvolvimento humano e comunitário. A mudança é vista como uma oportunidade. É “um processo natural e constante através do qual os indivíduos se conhecem a si mesmos, realizam o seu potencial e vinculam-se aos demais”. E claro, eu partilho das suas oito crenças:

  1. As pessoas são milagres e dignas de amor. De uma vez por todas, os nossos filhos não veem a este mundo para satisfazer as nossas expetativas, necessidades ou sarar as nossas feridas emocionais!
  2. Cada pessoa é uma manifestação da sua força vital e foi-lhe dado o dom do espírito interno. Ou seja, os nossos filhos não são mini-me’s, eles têm uma assinatura única, tal como nós! E podemos colocar este filtro em todas as nossas relações: as pessoas vão surpreender-nos se as deixarmos!
  3. Mudar é possível. Estamos sempre a tempo de desaprender, voltar a aprender, agora com mais possibilidades. Com isso fazemos algo diferente e alcançamos resultados nunca antes experienciados! E esta forma de vida é absolutamente generativa! As perguntas (orientadoras) que coloco aqui são:
    • O que posso fazer agora?
    • Qual é a ação ou ações que posso colocar em prática e me aproximam da mudança, da transformação?
    • O que posso fazer que é a diferença que faz a diferença?
  1. Nós temos escolhas, sobretudo para responder aos eventos em vez de reagir aos mesmos. Quando saímos da nossa cabeça, que está cheia de histórias que nos contamos, recheadas de medo, ansiedade, insegurança. Histórias recheadas de distorções, omissões e generalizações – e reconectamos com o nosso cérebro cardíaco, o nosso coração e com o nosso cérebro entérico, o gut, começamos então, a gerar harmonia, coerência e passamos a ver escolhas e possibilidades onde antes não existiam. Perguntem-se:
    • O que é que mentalmente me assustava tanto e depois percebi, na prática, que afinal, era só uma narrativa distorcida que eu próprio alimentava?
    • Como é que posso desafiar essa crença?
  1. Quando recebemos novas informações ganhamos novas possibilidades.
  2. O problema não é sair do problema. É a maneira como lidamos com o problema. Aqui, gosto de lembrar que o que acontece na infância não fica na infância!
    • Agimos ou reagimos?
    • Desde que lugar?
  1. Podemos conectar-nos com base nas nossas semelhanças e crescer com base nas nossas diferenças. E esta em particular, diz-me muito, enquanto mãe de uma adolescente que tem o rotulo de deficiente. Posso assegurar-vos que é a pessoa com quem mais aprendo diariamente, já lá vão 15 anos;
  2. Por trás de cada comportamento há, na sua origem, uma intenção positiva, já falamos dela no 1.º episódio do ESSENCIAL. Por exemplo eu sei que nem todos vós fazem os exercícios que proponho a cada episódio. E está tudo bem. Estão a fazer o melhor que podem e sabem a cada momento. Há uma intenção positiva nesse comportamento, há garantidamente uma intenção protectora do mesmo, associada a necessidades que ainda querem ser vistas, acolhidas e transcendidas do passado. Tudo tem o seu tempo. Ou pode apenas ser um valor que pede para ser investigado, calibrado.

Quem já leu o meu último livro “Gurus de Palmo e Meio” sabe que acredito que os nossos filhos são mesmo os nossos melhores gurus. Veem através de nós, mas não são nossos! E é por isso que eu também digo que a relação pais – filhos, é mesmo a relação mais espiritual e generativa de todas as relações humanas! E eles também não nos desafiam, são sim espelhos de nós próprios. A pergunta é:

Como é que faço para me sentir desafiado pelo meu filho?!

Quero ainda deixar mais três questões:

Será que confiamos mesmo nas nossas crianças?

Elas podem experienciar tempo, presença e confiança dos adultos de referência?

Estaremos nós, adultos, a ser o exemplo do que queremos ver no mundo?

Já sabem que encontram este episódio transcrito no meu site: www.ritaaleluia.com. A inclusão é um valor importante.

Estou muito grata, genuinamente grata a cada um de vocês que aqui está!
Mal posso esperar por vos conhecer pessoalmente. Se me encontrarem na rua, venham ter comigo. Adoro conversar, conhecer novas histórias. E se sentirem que querem, (é importante para mim) coloquem um comentário, nos reviews de cada plataforma onde ouvem o ESSENCIAL: Spotify, Apple, Google, seja qual for. Faz uma grande diferença para o podcast eu eu gosto de vos ler.

O ESSENCIAL regressa na próxima terça-feira.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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O corpo diz o que as palavras não podem dizer https://www.ritaaleluia.com/corpo-diz-que-palavras-nao-podem-dizer/ https://www.ritaaleluia.com/corpo-diz-que-palavras-nao-podem-dizer/#respond Tue, 05 Apr 2022 09:08:23 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9205 Antes de sermos verbo, somos corpo. Ele não mente! Guarda memórias e dá-nos sinais constantes que é preciso decifrar para navegar em harmonia na vida. Como nos relacionamos com ele? No episódio desta semana, a conversa ESSENCIAL entre a Dra Sandra Amado e Rita Aleluia.

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Viva! Bem-vindos ao primeiro podcast no mundo a utilizar as lentes da parentalidade generativa. Obrigada a cada um de vós que regressa semanalmente para escutar, reflectir, desaprender, aprender e transformar. Num processo continuo de reparentalidade, unidade e crescimento.

Adoro poder sentar-me com pessoas que trazem a sua voz única ao mundo, que são a diferença que faz a diferença. Pessoas centradas no coração, conectadas consigo próprias, com os demais e a caminhar no exemplo que querem ver no mundo. É uma bênção poder partilhar convosco a sapiência que elas nos trazem.

Como a nossa convidada de hoje. Ela é nada mais, nada menos que a Sandra Amado. Além de um ser humano incrível, é mulher e mãe de um guru que lhe faz jus, pois claro. Especialista na inteligência do corpo, na mente somática é ainda professora do ensino superior, na Escola Superior de Saúde, do Politécnico de Leiria, investigadora, entre outras coisas.

Bem-vinda ao ESSENCIAL, Sandra! Obrigada por entregares parte do teu precioso tempo para partilhares connosco esta mensagem tão essencial, tão urgente, sobre o corpo.

S.A – Obrigada Rita. Eu é que agradeço este convite surpreendente. É um gosto poder participar neste projecto que é entregue com tanto amore tão necessário, para todos nós, pais, mães, educadores e no fundo, seres humanos, que estamos aqui para nos tornamos seres melhores.

R.A – Obrigada, Sandra. Como sabes a vivência da parentalidade generativa integra a consciência e vivência do corpo, através da sintaxe somática. Para quem nos escuta e lê – no episódio transcrito no blogue do meu site, em www.ritaaleluia.com – e ainda não está familiarizado com esta linguagem, quero lembrar que nós somos energia e o corpo é um sistema de representação. A sintaxe somática revela-nos como é que os movimentos do corpo estão conectados com as nossas emoções e pensamentos – mostra-nos a forma como descodificamos as mensagens da mente inconsciente, submersas no corpo e as transformamos. Este trabalho tem eu diria que uma mãe e um pai: a nossa querida Judith DeLozier, a mãe da programação neurolinguística e o Dr. Peter Levine.

Mente e corpo são na verdade um só, já falamos disto no 1.º episódio, estão interconectados, são inseparáveis. Hoje, a neuro-fisiologia já o demonstra com evidências inegáveis e outras áreas da ciência, também.

O corpo é sábio. Codifica, descodifica, aprende, tem memória. Aliás, os princípios fundamentais da sintaxe somática são precisamente o facto de que:

  • o corpo fala uma linguagem que é tão refinada, sistemática e completa quanto a linguagem verbal;
  • está em comunicação constante com sua mente consciente, principalmente no que diz respeito a questões de saúde, bem-estar emocional e segurança;
  • é infinitamente sábio e inteligente;
  • armazena informações, conhecimento e memórias nos músculos e no tecido conjuntivo.

Sandra, o que partilhas sobre tudo isto?

S.A – Tudo o que tu disseste é extremamente importante e fico muito feliz de finalmente, poder-se falar de uma forma tão clara e explicita de algo que é tão natural em nós. Eu acrescentaria uma pessoa às pessoas que já referiste, que eu respeito e admiro imenso, o nosso neurocientista António Damásio, em particular um livro que ele lançou recentemente, o “Sentir e Saber“, que nos traz muito conhecimento, numa linguagem muito prática e descomplicada. Onde ele refere, efectivamente, que o princípio não foram as palavras. A nossa primeira linguagem não é de facto a palavra. A nossa primeira linguagem está muito mais relacionada com o movimento. E se formos um bocadinho à embriogénese, e percebermos que o nosso maior órgão é a pele e que logo a seguir vem o sistema nervoso central e que logo a seguir vem o coração, eu acho que o raciocínio é simples. Toda aquela interocepção, todo aquele sistema nervoso dos órgãos começam logo aí. Quando nascemos não sabemos falar, sabemos chorar e aí, se calhar, vem uma representação de dor e todo o nosso desenvolvimento deveria ser no sentido de nos conhecermos a nós próprios, começando pelo corpo.

R.A – Somos seres espirituais incorporados, não é?

S.A – Sim, sim!

R.A – Eu acredito nisso. Somos energia. Somos movimento.

S.A – Claro que somos! Somos, sim! Isso é inegável. Quando nos debruçamos sobre a origem da vida, vem de algum lado e essa faísca, essa energia que gera tudo o resto, essa foça, efectivamente depois ganha forma e essa forma é o nosso corpo. E portanto, devemos amá-lo, em primeiro lugar!

R.A – É um templo. É muito interessante pensar que quando somos bebés produzimos milhares de movimentos involuntários por minuto, à medida que crescemos vamos percebendo quais as funções dos membros, mãos, braços, pernas, também os movimentos, vamos tendo outro tipo de controlo e diminuindo os movimentos… Depois quando começamos a ser alfabetizados e em particular, quando entramos para uma escola, para o 1.º ciclo, onde nos são pedidas muitas horas de estar sentado, atentos às palavras, ao raciocínio lógico, parece-me que é o primeiro passo para a desconexão do corpo com a cabeça, da cabeça com o corpo e começamos a perder consciência do nosso corpo. Concordas?

S.A – Sim, sim concordo! E mais do que concordar, a ciência já nos traz essa sabedoria, também, essa evidência. Ainda bem que trazes esse assunto porque é algo que, desde que fui mãe fiquei mais desperta para ele, naturalmente, eles são os nossos gurus, trazem-nos sempre algo para o qual não estamos preparados, e de facto, essa fase em que entramos na escola é marcante que em algumas situações pode até ser traumatizante e devemos estar todos despertos e disponíveis. Também dizer que a minha visão e percepção sobre esse assunto está relacionada com um outro autor, Daniel H. Pink que lançou um livro muito interessante que é um manual sobre a nova inteligência. Se fizermos uma retrospectiva sobre o que foi o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos e inteligentes, estamos agora a entrar numa nova era, a da conceptualização e viemos de uma era industrial, de uma era de agricultura. Há todo um processo de mudança que acredito estar a acontecer, não no ritmo que gostaríamos, mas que essa mudança vai criar o espaço para esta nova inteligência, muito mais associada à criatividade, muito mais associada ao hemisfério direito, muito mais abstrata, que vejo interesse por parte dos profissionais das escolas, mas depois não existe todo um contexto social que esteja preparado. E acho que estas iniciativas são óptimas para conseguirmos, cada um de nós, no nosso pequeno mundo fazer a diferença.

R.A – Sim. Eu costumo dizer que é pessoa a pessoa, família a família, comunidade a comunidade e o mundo avança.

S.A – Tal e qual!

R.A – Em famílias e organizações que ainda não praticam parentalidade generativa, acontece muitas vezes, perante um acontecimento doloroso da vida, agir como se não fosse importante. Por exemplo, quando alguém que amamos morre, ou quando somos feridos ou violados na nossa integridade, podemos agir como se nada tivesse acontecido, porque as emoções que acompanham o verdadeiro reconhecimento da situação são muito dolorosas. Esta dissociação pode ser sentida como parte do corpo desconectada ou quase ausente. E é assim que se programam, inconscientemente, crianças para o stress e outras patologias. Por exemplo, de repente, aparece uma dor que se torna crónica e voilá, ela representa precisamente essa parte do corpo que foi dissociada. Conheço bem, por experiência própria. Sem entrar em pormenores posso partilhar qu não soube fazer o luto da partida da minha irmã, até há um tempo atrás. Ela era uma jovem de 19 anos, com muita energia vital, com vontade de ser e fazer a diferença no mundo, e a fazer de facto já muitas coisas, com imensos projectos e, de repente, há um diagnóstico e em 10 meses, há um sofrimento que é inconcebível para nós, enquanto seres humanos e ela parte. Nesse momento a minha preocupação foi estar “inteira” para acompanhar os meus pais que ficavam só comigo e sei hoje, e senti também na altura, que eles fizeram o mesmo. E não vivenciei o luto como deveria e já mais tarde, já com a vivência da programação neurolinguística generativa comecei a prestar atenção às sensações que se manifestavam no meu corpo, a interpretar o que poderiam ser ou não e ainda assim, a resistir. De um dia para o outro, quando estou relaxada, em férias, aparecem umas pintinhas brancas no corpo. Assustei-me porque no dia seguinte tinha mais e no terceiro dia, ainda mais. Marquei logo uma consulta e quando cheguei a Portugal foi quase sair do avião e ir para o dermatologista. Eu já tinha feito pesquisas no Google, ia mais ou menos preparada. O médico disse-me: “tenho uma má notícia para lhe dar. Claro que me conectei à história pessoal e senti medo. Mas ele, disse-me logo: “tem vitiligo”. Fiquei tranquila e o médico insistiu: “ouça, é uma doença auto-imune, é crónica e é para a vida, não tem cura!” A forma como às vezes, os profissionais da área da saúde informam um paciente faz diferença! E tu trabalhas isto todos os dias, treinas, ensinas profissionais de saúde. É verdade que eu não cuidei do meu corpo, não o escutei, amordacei-o. Mas também só soube o que era de facto uma doença auto-imune quando a consultei uma médica de medicina ortomolecular que me esclareceu: “atenção, não tens nenhuma doença, tens emoções não vivenciadas e um terreno fértil, um ambiente, que é propício a que quando estás em desarmonia, no teu corpo, então, pode manifestar-se em forma de doença auto-imune.” Sandra, como é que se treina um profissional da área da saúde para a epigenética, para a influência dos pensamentos, crenças, emoções?

S.A – É muito bom trazeres essa questão porque isso remete-me para o que hoje se chama ciência subjctiva, que ganha cada vez mais espaço e fico muito feliz com isso, e que dá origem a modelos de saúde nos quais deveremos assentar o conhecimento nos novos profissionais de saúde. Esses modelos dizem-nos que os cuidados devem ser centrados na pessoa e que na base da relação terapêutica estão as crenças da própria pessoa. Portanto, as crenças passam a estar consideradas no próprio modelo. A partir do momento em que esta questão é colocada no modelo explicativo só faz sentido termos cuidado com a linguagem com que falamos com a pessoa com a qual estamos a relacionar-nos, que pode ser uma pessoa com uma doença ou pode ser simplesmente uma pessoa que vem à procura de um conselho. O novo conceito de saúde que está muito relacionado com o bem-estar, à prevenção e ao empoderamento da pessoa para decidir aquilo que é melhor para si. Porque o que tu fizeste é o que todos nós fazemos, vamos ao dr. Google e acedemos a toda a informação disponível, e tu sabes melhor que eu que na era da informação temos de ter um sentido muito critico, e portanto, o treino destes profissionais assenta no modelo que hoje, já podemos falar como estou aqui a falar contigo, já não há um tabu: “ah não, porque aquilo já não é uma medicina aceite”, não, é aceite! É aceite! São modelos integrativos, holísticos! Sim, podemos falar sobre isso e devemos considerar isso de uma forma clara na formação académica dos futuros profissionais. Tu levantas uma questão relativamente ao luto e a episódios marcantes, ficam presos no corpo, porque há uma descarga emocional tão intensa e tão difícil de gerir e a nossa inteligência emocional é activada aí e o que se tem passado é que essa vertente da inteligência emocional não é tão cuidada, partilhada, reconhecida. Eu confesso que da minha experiência como mãe, foi o desafio que o meu filho me trouxe. Foi efectivamente olhar com carinho, aceitar as emoções e nas vivências mais traumatizantes encontrar os recursos ou arranjar forma de que eles se activem, para que essa conexão com o corpo, com as emoções e com a mente seja algo natural e preventivo. Esse aspecto tem um potencial de prevenção gigantesco.

R.A – O corpo é sábio! E ele não utiliza as palavras que nós utilizamos e quando ele se manifesta, tendemos a calá-lo com palavras que verbalizamos dentro da nossa cabeça.

S.A – Sim e que representam algo que é diferente da tua representação e da minha representação e, portanto, o corpo fala efectivamente connosco! Nós é que estamos a aprender qual é o código de linguagem que ele tem para nós, não é?! E aí, a PNL, confesso que foi muito importante para mim.

R.A – A PNL generativa que é sistémica, onde aplicamos a sintaxe somática, o S.C.O.R.E dançante, que foi precisamente introduzido pela Judith DeLozier, pelo Robert Dilts, pelo Tod Epstein. Porque na sintaxe somática, a atenção foca-se na estrutura, na forma como os padrões emocionais se refletem no funcionamento do corpo e em como, a partir do corpo, construímos um Eu saudável, este Eu total. Portanto, escutarmos a ‘voz não verbalizada’ do nosso corpo, aquilo que o Dr. Peter Levine chama de “unspoken voice” (é um livro cuja leitura recomendo), é permitir que o corpo faça precisamente o que precisa fazer, a cada momento. Ou seja, investigamos as sensações internas, com curiosidade, sem julgamento. O que é que te parece?

S.A – Sim, e eu diria que esse é o caminho da consciência!

R.A – Até porque o corpo é considerado a mente inconsciente. Quando o calamos perpetuamos dor, trauma…

S.A – Isso! É extremamente importante haver essa aprendizagem que, atenção, vai mudando! O nosso corpo aos cinco anos pode ter uma linguagem perante o medo que nós percepcionamos diferente aos 20 anos, 40 anos.

R.A – Se somos energia, energia é movimento e não é constante, “tem” mesmo de ser assim.

S.A – Tem, tem e é muito importante a primeira experiência que temos dessa relação que nos remete para a infância.

R.A – e, ou para o útero, ou para a concepção, ou para sete gerações… Trabalhamos muito com a questão geracional na parentalidade generativa, com o trauma geracional, com o inconsciente colectivo e manifesta-se sempre no corpo. O momento que atravessamos globalmente, esta guerra é uma coisa… eu que sou bisneta de um combatente da grande guerra mundial, filha de um combatente da guerra do ultramar, ambos veteranos, ambos regressaram vivos e traumatizados. E ainda que não haja manifestações violentas, nunca presenciei com o meu pai e ele com o avô, pelo contrário, são pessoas carinhosas e muito atentas, mas sim, há manifestações no meu corpo. Antes deste conflito começar o meu corpo gritava e eu só dizia ao meu marido “algo muito grave vai acontecer no mundo”. Ele escutava e respondia que poderia ser algo ainda relacionado com a pandemia, ao que eu respondia que não, que era algo muito grave, global que me deixava profundamente inquieta… E logo nos primeiros movimentos começo a perceber o que é que eventualmente pode ser. Havendo esta consciência facilmente podemos prever o que vai acontecer e, portanto, não me surpreendi quando a invasão aconteceu. Era previsível! O meu corpo tinha-me avisado! O corpo sabe o que a cabeça não consegue saber.

S.A – Sim, ele sente, claramente! O que acontece hoje em dia é que refugiamo-nos na “falta de tempo”. Não temos tempo para nos ouvirmos, não temos tempo para nos auscultarmos. O processo que tu trazes, valiosíssimo, aprende-se e é mesmo muito importante!

R.A – Quanto mais praticamos mais aprendemos! O que eu acho muito interessante e olhando para a minha filha mais nova, que teve a sorte de nascer de uma mãe que já tinha começado a criar a parentalidade generativa, coisa que a primeira não teve e as diferenças são evidentes, mas lá está, estamos sempre a tempo e acho que não provoquei grandes danos, observando a minha filha, percebo que é mesmo muito intuitivo e inato, ela diz-me “mãe estou muito energética”, é a expressão que ela usa e começa a saltar, e vai para a cima da cama saltar e depois diz-me que “já está quase” e continua. Eu só respondo que é o tempo que precisar de ser e está tudo bem. A seguir, vem ter comigo e é outra! Centrada, serena, muito presente. Eles são gurus! Ter esta consciência de que tem energia que não está a gerir e a criar homeostase e saber o que funciona e fazer… O que é que tu dizes aos pais?

S.A – Ouçam! Tudo o que eles dizem é verdade, tem sentido, muitas vezes nem nós mesmos percebemos a dimensão do que eles estão a dizer. Este escutar, é o escutar…

R.A – Sim, na parentalidade generativa dizemos que é mesmo escutar: ouço, escuto, estou presente, sem julgamento.

S.A – Na área da saúde também dizemos, é a escuta activa. E este é o primeiro exercício que todos nós, sejam ou não pais…

R.A – Definitivamente! É um exercício de reparentar! Por exemplo, a parentalidade generativa não é sobre as crianças. É sobre nós adultos, acolhermos, integrarmos e transcendermos a nossa criança interior. As nossas feridas, as nossas partes, chamem-lhe o que quiserem… Mas é sobre nós, agora, aqui e agora!

S.A – Tal e qual! Isso! O meu filhote disse-me recentemente que precisava de ajuda. Disse-me que quando entrava em campo, em jogo – ele joga basquete – quando sentia mais pressão, sentia que ia desmaiar, que parecia que deixava de ouvir. A minha primeira reacção foi de ouvir, escutar e perceber o que é que ele me estava a dizer. Logo de seguida disse-lhe para ele experimentar alguns dos exercícios que nós fazemos: palpar o corpo, sentir o corpo e se não se sentisse bem assim, bater com os pés no chão para que fosse uma sensação real, mais intensa e para experimentar. Foi a semana passada. O que é facto é que ele chegou a casa super feliz por tinha conseguido ultrapassar algo que já não era a primeira vez que ele sentia. Portanto, escuta é o 1.º passo e o 2.º passo é o de criar uma conexão com o que está a acontecer com os nossos filhos e ensiná-los a amar o seu corpo, a ouvir o seu corpo, a conhecer o seu corpo, porque não basta sabermos no livro onde é que estão os órgãos internos, não basta percebermos como é que é a respiração, temos que experiencar, todos os momentos são bons para experienciar.

R.A – isso é muito interessante e remete-me para o facto de que só podemos fazer isso se praticarmos em nós. Não me adianta de nada dizer às minhas filhas para escutarem o corpo, para o horarem se depois, eu mão, não for disso exemplo…. Quero mesmo pedir-te um conselho para quem nos escuta, porá saber como fazer isso, às vezes é muito desafiante, não estamos habituados, não somos educados assim… Por exemplo, eu tive que fazer trabalho em mim, com o melhor que os meus pais podiam e sabiam fazer, a questão do corpo nunca foi um tema em casa, nem mesmo falarmos sobre emoções. Nunca me disseram “não chores”, mas também não me incentivaram a que as expresse publicamente. E é natural, estamos em evolução, não é?!

S.A – Sim, falar de emoções e permitir o choro era algo de não se fazia. Regra geral, não… Em Portugal…

R.A – Em Portugal não, em Espanha não, em Itália também não. Aliás, é interessante, porque por onde eu tenho vindo a trabalhar no mundo, são poucos os países que o fazem. Mesmo nos países escandinavos. Eu tenho amigas e colegas suecas que tiveram esta experiência de vivenciar as emoções e tenho outras finlandesas, que nem por isso. Na Finlândia estão agora a braços com a questão do aumento do suicido na adolescência e jovens adultos. E neste momento, estão a chegar à conclusão de que criaram as condições óptimas para que corresse tudo bem, as emoções experienciadas eram sempre muito boas, até que chega a adolescência e a revolução hormonal e não sabem lidar com isso. Começam a surgir as primeiras emoções degenerativas e não sabem lidar com isto. É por isso que quero muito que nos digas, aos pais deste mundo, professores, a todos, que temos uma criança aqui dentro: como é que fazemos isto?

S.A – Reconhecer fisicamente e emocionalmente o nosso interior e é verdadeiramente o nosso interior, porque existem sensores interiores e as emoções refletem de facto, os nossos sentimentos. A emoção, depois os sentimentos e temos mesmo que os reconhecer. Reconhecer o nosso corpo, por exemplo tomar banho pode ser algo mais consciente, sentir o nosso corpo, o aplicar o creme, de forma mais consciente. Quando estamos connosco, estamos verdadeiramente connosco, com o nosso templo. As emoções e os sentimentos, eu aconselho a escrevermos, a fazermos journaling, no fim do dia escrever qual foi a emoção e o sentimento mais dominante.

R.A – Vai ao encontro do 2.º episódio. Se ainda não escutaram esse episódio do ESSENCIAL, podem fazê-lo e aprender mais sobre emoções generativas e degenerativas. Nesse episódio entrego-vos um exercício poderoso para mapear as nossas emoções. Um exercício que nos mostra em que emoções passamos mais tempo e nos permite escolher, em consciência e direcionar a atenção, para quais as emoções onde queremos viver presentes. E no 3.º episódio encontram uma meditação breve para conectar com o coração, com emoções generativas, com a intenção de gerar bem-estar físico, emocional e espiritual. Experimentem. Só assim sabem se funciona e como funciona.

S.A – Perfeito! Porque esse jounaling de facto, depois tem um outro impacto quando é trabalhado da forma que estás a dizer, de uma forma consciente, conectas o nosso coração com o nosso grande cérebro que mapeia tudo, não é?

R.A – Não sei se ele é assim tão grande… é em termos de tamanho e dos trabalhos em que nos mete…

S.A – Pois mete! De facto, o coração em termos de nervos, de enervação não fica atrás, antes pelo contrário.

R.A – Pois não. É pequenino, mas é o gerador biomagético mais poderoso do corpo humano, que conecta com o campo electromagnético da Terra. Isto diz tudo! Estavas a falar em reconhecermos, honrarmos… e isso remete-me para a questão mais feminina de crescermos a ouvir “tira a mão daí, aí não se mexe, isso não se mostra, ai que horror”… E aqui estou mesmo a falar das nossas partes mais íntimas. Mesmo a nível sexual, como é que podemos esperar que alguém consiga satisfazer uma necessidade sexual que temos se nem nós próprios sabemos como é que isso acontece connosco, como é que é esse movimento, como é que o activamos, como é que o experienciamos, como é que o expandimos até ao outro…

S.A – E isso remete-nos para a fase em que conhecemos o prazer e que é uma fase tão importante. Conhecemos o que está associado à dor, é algo que é natural, o parto que já não é tanto, mas ainda é de dor… e nessa fase assumimos verdadeiramente a parte do prazer e é verdadeiramente importante descobrimo-nos nessas emoções generativas que depois estão associadas ao prazer.

R.A – Que deveriam ser generativas, porque de facto, é um nível de conexão incrível entre dois corpos, entre dois espíritos. E muitas vezes torna-se numa relação degenerativa sem necessidade e porque não temos esta consciência do corpo.

S.A – O toque é muito importante, o auto-toque.

R.A – E para que isso aconteça temos de estar libertos de muita carga emocional presa no corpo, de muito trauma…

S.A – E para isso temos de reconhecer, temos de fazer o reconhecimento desta linguagem corporal. A dor na cervical ou na lombar, ou num pé ou num ombro, por vezes, na grande maioria das vezes está nalguma emoção que nós não acolhemos, que não reconhecemos, que se perpetua e que ganha uma dimensão mais crónica. A dor crónica chega a ter representação no nosso cérebro, atrofia a massa cinzenta, está documentado e vale mesmo a pena ver outras alternativas às respostas bio. “É uma inflamação”, sim, mas a inflamação vem de onde? Por vezes vem de um medo.

R.A – A inflamação é um sintoma e aqui voltamos ao S.C.O.R.E. da programação neurolinguística generativa, é um sintoma!

S.A – E às vezes, está num passado bem longínquo, como já o disseste e vale a pena exploramos e conhecermo-nos: auto-conhecimento! O reconhecer é central, o escutar é importantíssimo. Quando falo em auto-conhecimento falo em formação. É um querer conhecermo-nos, ter conhecimento, ir à procura das ferramentas, não ter vergonha de dizer que aos 40 anos está a aprender a descodificar e a perceber o que quer dizer… Não ter problemas com isso!

R.A – Nós na NLP University, na California, temos alunos com 80 anos. Imagina eu, com 45, a dar aulas a pessoas de 80?! As turmas são muito transversais. Há três anos tivemos uma aluna com 16 anos, um senhor com 80, uma senhora com 77… E é tão bonito. A perspectiva que têm da vida, a consciência… As descobertas que fazem agora… lá está, através do corpo, de dançar este movimento que nos habita e é tão belo, é libertar.

S.A – Até o ensino dos próprios valores às nossas crianças pode começar com o exercício do próprio corpo. A liberdade de poder andar descalça, a liberdade de poder andar com pouca roupa em casa, a liberdade experiencia-se também dessa forma. O respeito pelo seu próprio copo. Pode-se ensinar os próprios valores através desta relação com o corpo. A honestidade porque estás a ser honesta com o que estás a sentir e para isso tens de fazer o exercício de reconhecer.

R.A – O cuidar, esta emoção generativa tão bonita, a compaixão, e às vezes, tantas, maltratamos o corpo. Está tudo bem. Como é que eu fiz para não fazer diferente? E investigamos… Sandra, sei que esta é só a primeira de muitas conversas que vamos ter e agora peço-te que partilhes connosco um exercício para reconectarmos com o nosso corpo, a nossa casa. Aceitas o desafio?

S.A – Aceito, pois!

R.A – Vamos lá!

S.A – Convido-vos a fazerem o exercício de olhos abertos ou fechados, associado `s meditação, mas não tem necessariamente de ser meditação.

Respiramos fundo, três vezes. Permitindo que o ar entre, esta energia da vida, e deitar fora, expirar, expelindo tudo o que é tensões e emoções que estejam no nosso corpo. Vamos sentir o corpo. Colocando-nos numa posição confortável, vamos perceber se há pontos de tensão começando pelos ombros, o tronco, os braços, as pernas, os pés, vamos sentir…

Vamos respirar fundo e se houver algum ponto de tensão, observamos, acolhemos, reconhecemos… respirar fundo e quando expiramos libertamos essa tensão que existe, permitimos que ela já não esteja em nós, com carinho, respiramos fundo, isso…

Agora visualizamos uma chuva de luz branca, que nos banha completamente o corpo, passando pela cabeça, pelo pescoço, pelos ombros, os braços, o tronco, uma luz brilhante, branquinha… passa pelas pernas, vai até aos pés e que leva todo o resto da tensão que possa existir ainda. Permitimos que o corpo relaxe, que fique leve, isso mesmo… E agora, permitimos que entre uma luz pelo centro da cabeça que vai até à nossa coluna dorsal, que vai até ao sacro e se conecta com a terra, a nossa linha vertical e que é reforçada com as nossas raízes nos pés que vão descer pela Terra. Observamos que tudo está em harmonia. Já não há tensões, sentimos o nosso coração a bater, sentimos a nossa respiração, podemos colocar a mão no peito, isso… sentimos o calor, sentimos leveza e no nosso tempo, podemos regressar, abrir os olhos e olhar…

R.A – Tão bom!

S.A – É simples! Não tem de ser complicado!

R.A – Marcamos um segundo encontro para falar mais especificamente sobre como é que famílias e escolas podem trabalhar com as crianças a mente somática, este movimento que nos habita?!

S.A – Sim! Pode ser!

R.A – Sandra, muito, muito obrigada por seres e pelo tanto que nos entregas, diariamente. Estou muito feliz com esta nossa conversa ESSENCIAL! Com o deixar esta sementinha sobre a mente somática, sobre o corpo, porque o corpo não mente.

S.A – Não mente!

R.A – Que possamos todos ganhar consciência de que o passado vive em nós, inscrito no nosso corpo. Ganhar consciência e saber o que fazer com ela. Ou seja, a conectarmo-nos com as nossas memórias perceptivas, a memória que acontece no nosso corpo, com as sensações expressas pelo corpo e aprendermos a auto-regular-nos. Até lá, não conseguiremos sentir segurança, o corpo vai continuar a manifestar o que ainda quer ser acolhido, integrado, curado e continuaremos a percepcionar dificuldade nas nossas relações. Connosco, com os nossos filhos, com todos.

Os nossos filhos não vão sempre lembrar-se do que lhes dissemos. Mas vão para sempre lembrar-se de como os fizemos sentir. 

Encontramo-nos na próxima terça-feira, para entregar mais daquilo que acredito ser partilha de valor. Obrigada pela presença, pela abertura e curiosidade.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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Uma meditação generativa, desde o coração https://www.ritaaleluia.com/uma-meditacao-generativa-desde-coracao/ https://www.ritaaleluia.com/uma-meditacao-generativa-desde-coracao/#respond Sun, 03 Apr 2022 07:02:50 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9166 Quick Coherence® Technique, uma meditação muito querida da parentalidade generativa, desde o coração que nos ajuda a gerar coerência e harmonia interior. Que é como quem diz, bem-estar físico, emocional e espiritual.

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Viva!

Depois do episódio anterior, quero mesmo partilhar convosco este extra do ESSENCIAL. Então, entrego-vos a Quick Coherence® Technique para adultos (em breve trago uma meditação específica para crianças). Uma meditação breve que está desenhada para gerar e regular pensamentos e emoções, que cria um estado de coerência através da qual é possível conectar com a inteligência intuitiva do coração.

Posso dizer-vos que no HeartMath e na NLP University California, nós não começamos nenhuma reunião sem antes praticarmos esta meditação, em conjunto. É uma das muitas meditações centradas no coração, que geram coerência entre coração (cérebro cardíaco) e cérebro racional, ensinadas no Practitioner em Parentalidade Generativa e nas famílias e organizações que vivem esta proposta parental e educacional, em todo o mundo.

A prática regular gera bem-estar geral, estados de criatividade, mantem-nos centrados no nosso melhor, no nosso coração. Funciona, sobretudo, quando praticada com regularidade. Utilizo muitas vezes um provérbio da tribo Asaro, da Indonésia, e que também utilizam nas tribos da Papua Nova Guiné, que aprendi há muitos anos com a minha querida amiga e madrinha da parentalidade generativa, a mãe da PNL, Judith DeLozier, e que nos lembra que: até que o conhecimento esteja colocado nos músculos é apenas um rumor. Ou seja, enquanto não está incorporado, não é realmente conhecimento.  Para que nova informação se transforme em conhecimento é mesmo necessário praticar, é a única forma de construir uma nova ligação neural.

Aliás, em 2000, Eric Kandel recebeu o Prémio Nobel da Medicina. O neurocientista descobriu, entre outras coisas, que quando aprendemos 1 Bit de informação, duplicamos o número de conexões no cérebro, de 1300 para 2600. E provou também que se não revirmos a informação, se não repetirmos, praticarmos, vezes e vezes a fio, o que aprendemos, se não nos lembrarmos… Os novos circuitos que estavam a ser criados no cérebro colapsam em poucos dias, dependendo da informação, colapsam até em horas!!

É por isso que é comum encontrar pessoas que começam a praticar parentalidade generativa, começam a ver luz e novas possibilidades e dizem-me: “parecia estar a correr bem, mas aconteceu (relatam o evento stressante) e…” voltam atrás, aos padrões de uma vida!

COMO É POSSÍVEL?

Enquanto o nosso cérebro for uma memória do passado, alimentado por emoções congeladas passadas, impressas no corpo, enquanto não definirmos e escolhermos ser guiados pela nossa visão, maior do que nós, nada de novo pode acontecer na nossa vida! 

Aprender gera novas conexões neuronais! Repetir, praticando, praticando, praticando é escolher manter e sustentar as novas ligações neuronais!

Estas levam a novos pensamentos, novas escolhas, novos comportamentos que conduzem a novas experiências que por sua vez, produzem novas emoções! É este ciclo do bem que nutre a mudança e transformação generativa que tão bem conhecemos com a vivência da parentalidade generativa.

Meditação Quick Coherence® Technique

Vamos começar a meditação. De olhos abertos ou fechados, como for mais confortável, colocamos a atenção no nosso peito, no nosso coração. E podem colocar a mão no coração, se preferirem. Imagem a respirar a entrar e a sair do vosso coração, respirando um pouco mais suave, lentamente que o habitual. E mantenham até sentir que é um ritmo natural. Agora, escolham sentir uma emoção generativa, por exemplo cuidado, gratidão, compaixão… por algo ou por alguém na vossa vida. Podem conectar-se com a emoção que sentem por alguém que amam, um animal, um lugar especial, uma conquista. Ou sintam apenas calma, paz, serenidade. Continuem a respirar essa emoção e esse sentimento no vosso coração, até sentirem harmonia dentro de vós. Isto gera uma nova conexão com a vossa sabedoria intuitiva, com o lugar onde fazem as melhores escolhas ou a escolha seguinte.

Já sabem, agora é praticar, praticar, praticar até se tornar um novo hábito.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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O poder curador das emoções generativas: estou a gerar, nutrir e manter emoções generativas ou degenerativas? https://www.ritaaleluia.com/poder-emocoes-estou-gerar-nutrir-manter-emocoes-generativas/ https://www.ritaaleluia.com/poder-emocoes-estou-gerar-nutrir-manter-emocoes-generativas/#respond Tue, 29 Mar 2022 07:05:55 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9116 No ESSENCIAL desta semana, a influência de viver em coerência, alinhando coração - cabeça e o poder curador das emoções generativas. No final, um exercício simplificado, para descobrir em quais emoções passamos mais tempo – generativas ou degenerativas.

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Viva!

Desejo-vos bem!

Ainda estou a vibrar em gratidão com as mensagens que continuam a chegar-me sobre o nosso primeiro encontro. Obrigada! São realmente profundas, são importantes para mim, têm muito valor e acrescentam. Agradeço a vossa presença, a generosidade das palavras, o cuidado que demonstram convosco e ao próximo.

Óptimos indicadores de emoções generativas que são parte do tema deste nosso segundo encontro – não fossem elas os valores da Parentalidade Generativa!

Encontram também no blog do meu site, vários artigos sobre as mesmas. Sobre o que são, como activamos, nutrimos e como as mantemos, porque esse é o desafio maior: mantê-las. Vamos por partes.

Sabe-se hoje que, com maior ou menor intensidade, o trauma e as suas sombras ainda habitam cada um de nós. O trauma colectivo, seguramente. E aqui, porque as palavras criam imagens, sensações… por trauma, entendo por exemplo, as experiências subjectivas que sobrecarregaram o sistema nervoso e a nossa capacidade de lidar com as mesmas: o que nos aconteceu na ausência de uma figura empática, o que era suposto ter acontecido e não aconteceu. Sobretudo na infância. Porque quem sofreu trauma na infância, tem um sistema nervoso completamente diferente de quem o sofreu em adulto e tem também, uma forma totalmente diversa de lidar com eventos mais desafiantes e gerar resiliência. E mesmo quando o trauma acontece em idade adulta, ele tem o terreno fértil na infância. O trauma faz com que as nossas emoções e sensações fiquem presas no corpo. Portanto, o contacto com as nossas emoções fica limitado pelo nosso trauma. Vou dedicar outros encontros – desconfio que muitos – só para explorar a questão do trauma. Até porque vivemos, colectivamente, um desafio enorme a este nível, muito relacionado com a invasão russa à Ucrânia.

A nossa capacidade de cuidar do próximo depende directamente da nossa capacidade de cuidar primeiro de nós próprios

Hoje, quero colocar particular atenção no facto de que, enquanto seres humanos que somos, cuidadores, sejamos ou não pais, devemos ter consciência que a nossa capacidade de cuidar do próximo depende directamente da nossa capacidade de cuidar primeiro de nós próprios!

E isto aplica-se, naturalmente e também, aos profissionais de saúde mental. Tenho cada vez mais alunas e clientes (a maioria ainda são de facto mulheres) que assumem o compromisso de aprender, praticar e levar para as suas clínicas, hospitais, centros de acolhimento, centros de refugiados, a abordagem centrada no coração, nas emoções generativas. Não para substituir as intervenções terapêuticas, mas sim, para as complementar. E o resultado tem sido profundo, transformador. Para todos!! Seja em que parte do mundo for! Ou seja, aqui, o mapa cultural, religioso não interfere. É uma experiência universal.

Há muito mais no nosso coração do que aquilo que julgamos ser possível, ou pelo menos, daquilo que nos ensinam desde pequeninos. O coração tem na verdade, um papel principal na vivência de uma vida balanceada, em harmonia, amorosidade e com significado! É um cérebro, com o seu próprio sistema nervoso intrínseco que pensa, sente e tem memória.

A maior viagem é entre a cabeça e o coração

Quando uma mãe, um pai, um profissional vive centrado no coração, vive em estado de recursos, conectado com quem é e com o fluir da vida. Num estado de abertura, curiosidade e criatividade, ou seja, vive num estado generativo. É de resto assim que criamos espaço para escutar, desde um lugar mais profundo, de unidade, coisa que não acontece se ouvirmos e estivermos só na cabeça, no cérebro racional, que é por si só um órgão dual, com hemisfério direito e esquerdo, mesmo existindo a neuro-plasticidade. Quando vivemos na cabeça, a tendência é olharmos para o mundo com as lentes do “isto é certo, aquilo é errado”, “aquela pessoa é boa, a outra pessoa é má”… Há um provérbio indígena que diz que a “a maior viagem é entre a cabeça e o coração”. Tem sentido.

Centrados no coração, conseguimos aceder a uma inteligência mais profunda, à intuição, criamos um campo vibracional que ajuda e muito, na auto-regulação e na co-regulação. Somos seres que existimos em co-relação. Esta acontece quando existe coerência coração – cérebro (cognitivo). São as emoções geradas no nosso coração, as emoções generativas ou as emoções degenerativas que enviam um sinal claro ao cérebro que, por sua vez, determina a forma como nos sentimos e como vamos agir. Determina se estamos ou não seguros e a partir daí, a qualidade da nossa presença!

A vivência da parentalidade generativa reconecta-nos com o coração. É um regresso a casa. Reconecta-nos com a unidade. É assim que fazemos melhores escolhas, a cada momento. O coração ajuda-nos a dar novos significados às nossas experiências. Reenquadra-as. Não altera o que aconteceu, mas permite-nos acolher, integrar e transcender as experiências. Como? Honrando-as, aprendendo com as mesmas.

Então, como ajudar aqueles que ajudam?!

(Re)Humanizando-os! Porque quando erguemos muros invisíveis na presença do outro, estamos a perpetuar dor, sofrimento e trauma. Estamos a contribuir para a retraumatização, em vez de ajudar a acolher, integrar e transcender. Por exemplo, o co-criador da PNL, o Frank Pucelik, diz de uma forma muito interessante que nós, que somos profissionais da Programação Neurolinguística, o que fazemos é desprogramar robôs e devolvê-los à humanidade. Vale a pena reflectir sobre isto…

Como sou formada em trauma e resiliência pelo HeartMath Institute, além de facilitadora de coerência cardíaca, tenho acesso a todas as pesquisas elaboradas até ao momento pelo instituto, assim como por universidades, e todas elas demonstram que o cuidado genuíno e autêntico é de facto essencial para todas as partes! Hormonalmente, ao nível dos neuro-transmissores, da neuro-fisiologia, do ritmo cardíaco, do sistema nervoso… todos são nutridos pelo cuidado genuíno, pela compaixão!

O que parece faltar?

Permissão para cuidar!

Permissão para sentir!

Permissão para amar!

E isto começa no ventre!

Porque o amor é a melhor medicina! E é também o que todos merecemos e precisamos para viver plenamente!

Aqui, começamos a entrar naquilo a que o HeartMath chama o conceito científico de amor. Se eu estiver na China, e isto já me aconteceu, e disser a uma mãe chinesa: se nada funcionar, coloca mais amor. O mapa desta mãe sobre o amor é igual a disciplina e disciplina na China é igual a punição, a castigos, é permitir que a violência física e psicológica se perpetue. Por isso, utilizamos a palavra amor apenas em contextos nos quais sabemos que o conceito já está intencional e conscientemente definido. O conceito de amor varia de mapa cultural para mapa cultural.

Só que, porque o amor produz coerência e um ritmo cardíaco mensurável, que altera a forma como funciona o sistema nervoso, que diminui por exemplo, a produção de cortisol. Quando falamos deste tipo de amor, não precisamos encontrar comportamentos associados basta a vibração do cuidado e compaixão genuínos, desde o coração.

Associadas ao coração estão as emoções generativas: cuidar, compaixão, gratidão, alegria… são emoções que nos regeneram, conectam-nos, aproximam-nos e permitem criar comunidade. São o oposto das emoções degenerativas, que nos desconectam, drenam a nossa energia vital e que tão bem conhecemos como zanga, preocupação e frustração…

Gerar e manter emoções generativas em nós é oferecê-las ao todo. Porque cada um de nós é um campo (de energia) e esse campo eletromagnético contém informação. Isto é ciência. Nesta informação estão as emoções que sentimos a cada momento. A ciência diz-nos que as vibrações estendem-se a uma distância, pelo menos de nove metros (do nosso corpo). Portanto, sim, os nossos filhos (e todas as pessoas) sentem as nossas emoções, mesmo quando não as verbalizamos, mesmo quando o outro não compreende o que sente e está próximo de nós. E vice-versa.

“Amar é mais do que uma forma maior de consciência e consciência é percepção.”
António Damásio

Como diz o nosso neurocientista Dr. António Damásio: “amar é mais do que uma forma maior de consciência e consciência é percepção”. Percepção é colocar atenção, e colocar atenção no coração é viver presente e perceber, a nós e ao outro, e é assim que nos sentimos finalmente seguros para criar a partir do desconhecido, a partir do campo das infinitas possibilidades, do campo quântico.

Ocitocina, a hormona do amor e do vínculo

Acontecem cerca de 40 mil mudanças neuroquímicas quando mudamos o nosso estado emocional. A maior parte destas mudanças são hormonais, é por isso que tantos se acostumam à adrenalina e ou, ao cortisol, hormonas de stress, por oposição à ocitocina, que produz sensações de bem-estar físico, emocional e espiritual. A ocitocina que é a hormona do amor e do vínculo. A libertação destas hormonas cria alterações físicas significativas possíveis de medir na tensão arterial, nos ritmos cardíacos, no metabolismo.

Por exemplo, a ocitocina, é uma resposta ao toque seguro. A ocitocina que circula no nosso corpo, conecta com os receptores da ocitocina no coração e o ritmo cardíaco torna-se mais harmonioso. Ao mesmo tempo activa partes do nosso cérebro que nos fazem sentir amados e seguros. Vai ao encontro do que partilhava convosco no 1.º episódio, que corpo e mente são um só, estão interconectados e influenciam-se mutuamente.

Exercício Depletion to Renewal Grid

Quero convidar-vos para um exercício simplificado do original, que se chama de Depletion to Renewal Grid. É um dos vários modelos ensinados e muito aprofundados no Practitioner em (re)Parentalidade Generativa. Porque todas as emoções provocam alterações neuroquímicas que afectam o nosso corpo, a nossa bateria interior e resiliência, a nossa capacidade de gerar, nutrir e manter a qualidade da nossa energia, queremos mesmo muito, estar atentos a quais são as emoções que geram quais alterações, especificamente. Este modelo permite fazer um mapeamento do nosso estado emocional presente. No fundo, mostra-nos onde estamos, relativamente a onde queremos estar mais vezes.

Numa folha A4 traçamos uma linha vertical e outra horizontal, dividindo assim a folha em quatro partes iguais. Na parte superior esquerda escrevemos: zanga, ansiedade, medo. E do lado direito: excitação, alegria, coragem. Já na parte de baixo, do lado esquerdo ficam a tristeza, a solidão e a vergonha e do lado direito, também em baixo, a apreciação, o cuidado e a gratidão. Coloquei a infografia deste exercício, no artigo deste episódio, no blog do meu site, para ser mais fácil a visualização e realização do mesmo.

A linha vertical indica a quantidade de actividade presente no sistema nervoso autónomo e a quantidade de energia que o nosso corpo está a utilizar. Quanto mais intensa for uma emoção, seja prazerosa ou não, maior a actividade no sistema nervoso.

A linha horizontal significa o nosso sistema hormonal. O tipo de hormonas libertadas é afectado pela intensidade e qualidade de uma emoção. Por exemplo, quando geramos emoções generativas como: cuidar, compaixão, apreciar, são igualmente libertadas hormonas que aumentam a nossa capacidade de resiliência e vitalidade.

Agora, olhando para a folha, as perguntas são:

  • Em que quadrante me encontro agora?
  • Onde é que eu me encontrava ontem?

É possível que num momento estejamos num quadrante e noutro momento, num quadrante diferente. Porque falamos de energia e a energia não é constante. Portanto, aqui importa perceber em qual quadrante passamos mais tempo.

Por exemplo, se passamos a maior parte do tempo no quadrante da ansiedade e depressão, basta colocar aí um X. Com isto ganhamos consciência que passamos a maior parte do tempo a gerar, nutrir e manter emoções degenerativas. Ou, podemos sentirmo-nos calmos, em harmonia a maior parte do tempo. O que é sinónimo de emoções generativas. Identificado o quadrante onde passamos mais tempo, vale a pena escolher, em presença e consciência, qual aquele onde queremos vir a passar mais tempo!

E agora, é hora de elaborar uma lista de quais as situações trigger que nos conduzem a estar no quadrante onde ainda passamos mais tempo. Só assim tornamos consciente o inconsciente e apanhamo-nos “na curva” se em vez de estarmos onde queremos estar, dermos por nós onde temos andado nos últimos tempos.

Todos temos exemplos na vida, das vezes em que seguimos o coração e correu bem, certo? Sinto que apesar de toda a “loucura” latente nos dias de hoje, os gestos que emergem das emoções generativas, têm de facto, ganho muita expressão e incorporado a Humidade, com uma intensidade e de formas como eu pelo menos, nunca tinha visto assistido antes. E no HeartMath conversamos com regularidade e também estamos a ser surpreendidos pela positiva. E isto, dá-nos esperança!

Aliás, o Dr. Roger Nelson, da Univerdade de Princeton, que criou e conduz o projecto de Consciência Global e trabalha também com o HeartMath, tem vindo a medir os efeitos das emoções generativas e degenerativas no quadro global e está absolutamente convicto que, por exemplo, a compaixão e a conexão vão transcender o ódio e a separação.

E é com o coração a vibrar em esperança, em compaixão que me despeço por hoje. O ESSENCIAL volta na próxima terça-feira. Agradeço a presença, a abertura e a curiosidade.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas. Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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Practitioner em (re)Parentalidade Generativa https://www.ritaaleluia.com/practitioner-reparentalidade-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/practitioner-reparentalidade-generativa/#respond Fri, 04 Feb 2022 16:23:55 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8819 Só podemos guiar intencionalmente os nossos filhos depois de nos re-educarmos. Para isso, além de ganharmos consciência, precisamos saber o que fazer com ela. O practitioner em (re)parentalidade generativa entrega conhecimento de ponta e orientação prática que gera transformação em nós e consequentemente, nos nossos filhos e no Planeta.

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Depois de mais de uma década a investigar, experienciar, a colocar nos músculos e a ensinar, a ver transformações profundas em centenas de famílias, em cinco continentes, que intencionalmente criaram uma nova vida através da vivência diária da parentalidade generativa (PG), desenhei o practitioner em (re)parentalidade generativa. Um curso introdutório que entrega conhecimento de ponta, informações e orientação prática passo a passo.

É muito claro que ninguém é capaz de guiar, educar ou ensinar de acordo com princípios que não tenha também trabalhado em si próprio e colocado no coração e nos músculos. E para isso, é preciso não só ganhar consciência do quão inconsciente vivemos, como ganhar consciência do quê, especificamente e do que fazer e como, com esse ganho de consciência. E é na segunda parte que muitas pessoas, bem-intencionadas ficam pelo caminho. Porque é um processo que exige uma visão do exemplo que queremos ser, de acordo com o que queremos ver no mundo e consequentemente, requer compromisso diário até que o coração e o cérebro alcancem estados de coerência elevada que operam a transformação pessoal. O practitioner em (re)parentalidade generativa é por isso, um caminho de conhecimento fidedigno, estruturado e fundamentado, de autodescoberta e consciência pessoal que se estende a todos quantos pautam a nossa vida e ao próprio Planeta em si. E a isto chama-se evolução!

Como funciona

O practitioner em (re)parentalidade generativa entrega as práticas e ferramentas pessoais para transformar o conhecimento recém-adquirido em experiência. Este curso oferece a compilação de extensos anos de ensinamentos e pesquisas, condensados ​​de forma simples e cientificamente comprovados para transformação pessoal.

A Ciência da Parentalidade, a base do practitioner em (re)parentalidade generativa é a combinação de excelência da coerência cardíaca e da coerência cerebral. Quando combinadas o efeito influencia e transforma o cérebro, o corpo e a vida. A neurociência, a programação neurolinguística (PNL), a epigenética e a física quântica combinada com a psicologia energética são assim, as “meninas de ouro” do practitioner.

Porquê Reparentalidade

Porque só podemos guiar outro ser humano depois de nos reeducarmos. Até lá, estaremos a educar, ou seja, a apresentar aos nossos filhos, educandos, alunos, parceiros… um mapa exclusivo, o único que conhecemos, pelo qual fomos educados, assentando tantas vezes em feridas emocionas, medo e desconexão. Conduzidos por uma intenção positiva, mas absolutamente inconscientes, perpetuando o ciclo de dor e trauma que se estende a sete gerações.

A quem se destina este curso

A todas as pessoas que querem acolher, integrar e transcender as suas feridas emocionais (todos as temos em maior ou menor grau, gerando stress, ansiedade, dúvida, limitando-nos…) para que possam então, gerar coerência, conectando-se com quem são na sua essência e a partir desse lugar de energia vital, manifestar, intencionalmente o que a este mundo vieram ser e fazer. Para todos quantos querem viver a causar um efeito, em vez de viver em causa e efeito. Que é como quem diz, em vez de esperar que aconteça algo fora de si para que possam sentir bem-estar físico, emocional, espiritual. Para todos quantos querem ser agentes de transformação, que querem escolher como querem deixar a sua impressão digital no mundo, criar as suas vidas e ser exemplo de liberdade e totalidade para as próximas gerações. Só assim é possível apoiar e guiar, crianças, adolescentes, jovens e adultos num desenvolvimento saudável e pleno.

O que contempla

O practitioner em (re)parentalidade generativa é uma abordagem que assenta nos últimos desenvolvimentos da ciência e da PNL. Antecede o segundo nível: Master Practitioner em Parentalidade Generativa (mais focado no desenvolvimento integral da criança, adolescente e do jovem).

Acontece ao longo de quatro meses, um fim-de-semana por mês, presencialmente, promovendo não só uma aprendizagem integral como inteiramente transformadora. Vai muito além de uma jornada de conhecimento e aprendizagem, já que a sua vivência transforma a energia individual e colectiva. Só assim é possível de facto, mudar! Sabemos que quando um muda, tudo e todos mudam!

Como o fazemos

Do conhecimento,
À experimentação,
À sabedoria.

Da mente,
Ao corpo,
À alma.

Aprender com a cabeça,
Aplicar com o corpo,
Saber e guiar com e desde o coração.

E há já um movimento global a acontecer. No practitioner em (re)parentalidade generativa começamos a criar desde o campo em vez da matéria e essa escolha opera transformação na mente, no corpo, na vida.

Resumo do Programa

  • Princípios da ciência da parentalidade
  • O modelo de transformação: inteligência somática, inteligência emocional, inteligência espiritual
  • Entrar no desconhecido: o modelo quântico da realidade
  • Criar um novo futuro: do caos à coerência
  • Encontrar o momento presente: integrar coração, mente e corpo
  • Sair do modo sobrevivência: programar novos padrões no sistema nervoso
  • Coerência do cérebro
  • Coerência do coração
  • Viver em criação: a neuro-química das emoções degenerativas e (re)generativas
  • Conectar com o campo: meditações e práticas bio-energéticas que reprogramam corpo e mente
  • A mestria da ciência da parentalidade
➜ Com a presença de master trainers da NLP University California e do HeartMath Institute;
➜ O conteúdo teórico e a bibliografia recomendada são disponibilizados no manual exclusivo do curso, entregue no primeiro encontro;
➜ A cada módulo corresponde uma reflexão individual e práticas para o dia-a-dia;
➜ As aulas presenciais decorrem em total segurança, num espaço amplo, arejado e com todas as medias em vigor.

Inscrições abertas! Poupança imediata de 450 Euros! Tudo aqui.

NÃO É SOBRE PERFEIÇÃO, É SOBRE CONEXÃO!

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A ciência da coerência coração – cérebro na parentalidade https://www.ritaaleluia.com/ciencia-coerencia-coracao-cerebro-parentalidade/ https://www.ritaaleluia.com/ciencia-coerencia-coracao-cerebro-parentalidade/#respond Mon, 24 Jan 2022 19:01:59 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8780 A parentalidade generativa incorpora a coerência coração - cérebro, contando com os últimos avanços da ciência. Neurociência, neurocardiologia, epigenética e física quântica, estão juntas nesta proposta de vida.

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Parece-me que o título deste artigo deveria antes ser: “a coerência coração (cérebro cardíaco) – cérebro (cognitivo) na parentalidade generativa e em tudo na vida”. Ao longo de mais de uma década a investigar, experimentar e a desenvolver a parentalidade generativa, a levá-la a cinco continentes, a pessoas, famílias e organizações de tão diferentes culturas e credos, intrigava-me o facto de alguns praticantes incorporarem a PG (generative parenting®) tornando-se agentes de transformação e mudança na sua vida pessoal, familiar, profissional e comunitária e outros, demorarem muito tempo ou voltarem atrás, ao conhecido (mesmo quando não funcionava).

Ora, como a programação neurolinguística (PNL) se ocupa do que funciona especificamente bem, investiguei os padrões e descobri a resposta!

A diferença que faz a diferença

É a prática diária das meditações que gera coerência entre o cérebro do coração e o da cabeça. Já mencionei em artigos anteriores que o coração influencia o cérebro e vice-versa. E esta pode ser uma dança harmoniosa e coerente ou uma dança de sobrevivência e caótica (que é onde grande parte da humanidade tende a viver, em particular nos últimos dois anos). É esse caos que queremos continuar a perpetuar por gerações?!

– Não!!

Relaxar, fechar os olhos, focar e render-se

Portanto, se queremos guiar os nossos filhos, sendo nós, pais, educadores, professores… exemplo do que queremos ver no mundo, com serenidade, havemos de querer escolher relaxar, centrar no coração, focar e gerar emoções generativas (emoções que revolucionam a inteligência emocional). Quando isto acontece o coração começa a produzir uma frequência muito baixa – só possível à frequência cardíaca. A ciência demonstra agora que esta prática meditativa nos torna mais criativos. O coração informa o cérebro que é seguro criar, despertar elevar a consciência para viver, em vez de sobreviver. E é assim que começamos a ver possibilidades, luz, onde antes víamos obstáculos intransponíveis e escuridão.

A ciência a pautar a parentalidade generativa

O meu coração parece querer explodir de alegria cada vez que é publicado em revista científica, um novo artigo a confirmar as práticas da parentalidade generativa. É que a PNL, criada há 50 anos, um dos pilares da PG, não é ciência, não é psicologia, nem psicoterapia. Escrevi há tempos sobre o tema porque continuo a encontrar muito desconhecimento sobre o que é e o que não é PNL. E hoje, os últimos avanços da ciência (sobretudo a grande maioria das confirmações dos cientistas do meu querido HeartMath, demonstram tudo o que a PNL nos traz desde o início, quando ainda se chamava META.

Adeus emoções degenerativas

Esta dança harmoniosa e coerente entre o coração e o cérebro, permite que digamos um generoso e grato adeus às emoções degenerativas, aquelas que nos retiram energia vital, que nos colocam do lado da sobrevivência: stress, ansiedade, preocupação… Saímos assim da mente analítica, da roda do rato, expandimos horizontes e vemos possibilidades. Ou seja, activamos o sistema nervoso paradigmático, responsável pela criação consciente das nossas vidas! Porquê? Porque começamos a gerar emoções generativas, que nutrem a nossa energia expandindo-a aos que nos rodeiam.

Expliquei o processo na minha talk, na Global NLP Online Summit Índia. Partilho este breve excerto.

Tudo isto para dizer que quanto mais relaxados vivemos nos nossos corações, mais o nosso cérebro e corpo se abrem para a energia. Quando deixamos de estar focados na sobrevivência, ansiosos, preocupados com perigos, ameaças, com o próximo momento – e já sabemos que onde colocamos o foco, colocamos a energia – o corpo fica super relaxado, calmo e a mente mais desperta e consciente.

Porque assim como as emoções degenerativas têm o poder de activar o sistema nervoso simpático, as emoções generativas fazem-no no sentido inverso, gerando bem-estar físico, mental e espiritual. Em nós, nos nossos filhos e no Planeta!

O efeito colateral da coerência coração – cérebro

Passamos a viver presentes em nós. E ao mesmo tempo conscientes e alegres. Haverá maior presente para um filho que ter pais presentes?! Pais que vibram amor e aceitação incondicionais?!

Esta energia coerente eleva a nossa consciência e sentimo-nos seguros para criar a partir do desconhecido. Que é como quem diz, deixamos a realidade tridimensional: causa – efeito e começamos a viver na realidade quântica, causando um efeito.

E este é o testemunho na 1.ª pessoa, de alguém que experimenta pela primeira vez a meditação ‘heart and brain coherence’ que desenvolvi e praticamos na PG:

E é por isso que quem vive verdadeiramente comprometido com a prática diária da parentalidade generativa, só vê possibilidades, infinitas. E não, isto não quer dizer que não temos obstáculos na vida. Quer dizer que acolhemos, integramos e transcendemos a sabedoria que cada um dos obstáculos nos oferece, com a elegância da dança, coração e cérebro coerentes. Quer dizer que escolhemos atribuir novos significados aos eventos da nossa vida. Significados que nos permitem fazer uma (re)parentalidade. Só depois estaremos em condições de guiar os nossos filhos!!

E agora, escolhemos abrir o coração, ou não?

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Pais, existe uma fórmula que transforma a vossa vida! https://www.ritaaleluia.com/pais-existe-formula-que-transforma-vossa-vida/ https://www.ritaaleluia.com/pais-existe-formula-que-transforma-vossa-vida/#respond Thu, 06 Jan 2022 10:13:26 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8697 O coração da parentalidade generativa está na NLP International Conference 2022: Add Heart and Brain Coherence into Parenting. Encontramo-nos lá?!

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12 anos depois de começar a ser criada, a parentalidade generativa (generative parenting ®) atingiu uma maturidade ímpar. Se é verdade que o primeiro pilar foi a programação neurolinguística (PNL), há muito que os últimos avançamos da ciência se juntaram a esta proposta parental disruptiva, conferindo-lhe robustez e estrutura.

A ciência na base da PG

12 anos depois, são a prática diária da combinação dos conhecimentos sólidos da neurociência, da neurocardiologia, da epigenética, dos campos morfogenéticos & do magnetismo, da física quântica em acção, a gerar e a consolidar as profundas transformações a acontecer em tantas famílias, literalmente em todos os continentes! Famílias que com coragem e ousadia decidiram aprender e praticar diariamente parentalidade generativa.

2022 marca o ano em que finalmente, o tão aguardado mapa, ou fórmula (sim, ela existe, ao contrário daquilo que durante anos acreditei) vem à luz do dia e é entregue a todos quantos querem realmente, trazer a sua voz única ao mundo! Está já a ser a criada a lista de interessados que vão receber, em primeira mão, a informação completa sobre esta revelação (basta enviarem-nos essa intenção para: info@ritaaleluia.com ou info@generativeparenting.org).

Add Heart and Brain Coherence into Parenting na NLP International Conference

Até lá, 2022 está também ele pautado por conferências internacionais de excelência! E é com muita alegria que a leadership team da parentalidade generativa e eu, vemos a PG subir pelo terceiro ano consecutivo, ao palco da NLP International Conference, levando agora aquele que é o coração desta forma de vida: “Add Heart and Brain Coherence into Parenting”. Isso e um anúncio global maravilhoso!

Com a crescente curiosidade e procura pela PG, não só por famílias, professores, educadores, mas também, cada vez mais, por cientistas, investigadores e médicos, a organização da mais prestigiada conferência de PNL do mundo, ANLP, decidiu oferecer-lhe um palco exclusivo. Assim, e pela primeira vez na história desta conferência, há cinco temas (um deles é a PG) oferecidos entre Janeiro e Maio, que entregam aos participantes a oportunidade única de assistir em directo, sem ter de escolher entre oradores e tópicos. Ou seja, o meio milhar de pessoas já inscritas na conferência podem escolher estar, em uníssono, a experimentar algo inédito que vos vou entregar. Garanto: transforma vidas, porque transforma a energia!! 

Encontramo-nos lá?!

With heart,

Rita

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(re)Parentalidade começa na prática das emoções generativas https://www.ritaaleluia.com/reparentalidade-comeca-pratica-emocoes-generativas/ https://www.ritaaleluia.com/reparentalidade-comeca-pratica-emocoes-generativas/#respond Mon, 03 Jan 2022 18:28:11 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8652 Podes fazer o que quiseres na tua forma parental. Se não mudares a tua energia, não há transformação possível! O 1.º de 3 passos é gerar coerência cardíaca, criando e mantendo emoções generativas!

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– “Rita, já experimentei mudar a minha forma de praticar parentalidade, estive atenta, dei nomes às emoções… pouco ou nada se transformou. O que aconteceu?!”

Aconteceu que continuas a fazer a mesma coisa à espera de resultados diferentes!

– “Como assim? Escrevi intenções, identifiquei emoções e mudei comportamentos?!”

Pois, mas não mudaste o essencial, a tua energia! Nós somos energia! Cada um de nós é um campo de energia. E isto já é ciência! Se souberes como mudar a tua energia, tudo o que acontecer ao nível do ambiente, vai mais fácil e naturalmente transformar-se.

  1. Mudar a energia;
  2. Manter esse estado (é a única forma de não voltar aos programas instalados no passado que por sua vez nos conduzirão aos mesmos comportamentos e resultados);
  3. Expandi-lo aos nossos filhos e Planeta.

E é assim que nos tornamos criadores da nossa vida e deixamos de ser vítimas. É assim que começamos a criar a partir do campo (quântico), criando resultados generativos (que nunca antes aconteceram).

– “Como faço isso? Como ensino os meus filhos a serem criadores?”

Começando a praticar coerência coração – cérebro (cognitivo). São as emoções geradas no nosso coração, as emoções generativas (regenerativas) ou as emoções degenerativas que enviam um sinal claro ao cérebro (cognitivo) que, por sua vez, determina a forma como nos sentimos e como vamos agir. Determina a qualidade da nossa presença!

A vivência da parentalidade generativa reconecta-nos com o coração. Reconecta-nos com a unidade, a totalidade. Desta forma fazemos melhores escolhas, a cada momento, navegando em coerência e harmonia em tempos desafiantes. Além disso, esta é a única forma de podermos, de facto, viver de forma generativa.

O coração ajuda-nos a dar novos sentidos às nossas experiências. Reenquadra-as. Não altera o que aconteceu, mas permite-nos acolher, integrar e transcender as experiências, honrando-as, aprendendo com as mesmas.

As culturas ancestrais conheciam bem o poder do coração. Não é por acaso que desde a China, à Grécia antiga, as comunidades olhavam para o coração como a fonte principal de sentimentos, virtude e inteligência maior. Muitas tradições referem-se ao coração como o caminho da alma, o espírito maior de quem somos. No Ocidente, o coração é além de um órgão físico, também ele uma metáfora para sentimentos, intuição e o centro da nossa personalidade, de quem somos realmente.

Quando o coração, a mente e as emoções estão alinhados, vivemos em harmonia, em sabedoria. Vivemos em casa! Agimos desde um lugar de amor incondicional. Desde um lugar de abundância. De conexão!

Esta é uma descoberta experiencial. Vai além da teoria, além da linguagem. Quando aceitamos que esta experiência é possível, trazemos reverência, alegria, entusiasmo e gratidão à sua prática. E claro, criamos experiências que estão além de qualquer realidade conhecida.

E lembra-te: já sabes como fazer isto!

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Emoções generativas revolucionam a inteligência emocional https://www.ritaaleluia.com/emocoes-generativas-revolucionam-inteligencia-emocional/ https://www.ritaaleluia.com/emocoes-generativas-revolucionam-inteligencia-emocional/#respond Thu, 30 Dec 2021 10:51:55 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8628 Compaixão, gratidão, generosidade são algumas emoções generativas e são os também valores da parentalidade generativa. Elas vieram revolucionar a inteligência emocional como era conhecida. Mas o que são, como se geram, para que servem? Tudo neste artigo.

O conteúdo Emoções generativas revolucionam a inteligência emocional aparece primeiro em Rita Aleluia.

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É interessante perceber que há cada vez mais famílias despertas para a importância da inteligência emocional. Fala-se muito da necessidade de observar e regular as nossas emoções, de reconhecer no outro as emoções. E sim, é importante! Só que não chega!!

Em vez de desperdiçarmos energia vital à procura (na cabeça, num mapa conhecido) de nomes para etiquetar as emoções que sentimos, em vez de focarmos no outro à procura de sinais emocionais que falam mais sobre nós do que sobre a outra pessoa, a parentalidade generativa (generative parenting®) propõe-te que dances o movimento das emoções e que produzas emoções generativas. Atenção que com isto não estou a dizer que a inteligência emocional não serve para nada. Serve! Mas a vivência das emoções generativas veio definitivamente, revolucionar a forma como nos relacionamos com a inteligência emocional.

A neurocardiologia já demonstrou que as emoções generativas ou regenerativas têm a capacidade de nos regenerar. Acredito tanto no seu poder que as escolhi para serem os valores da parentalidade generativa (PG)!

O que são e quais são as emoções generativas?

Compaixão, generosidade, cuidado, gratidão, tolerância, coragem, confiança, alegria são alguns exemplos de emoções generativas. Juntas criam aquilo a que comumente (dependendo do mapa cultural) chamamos amor. As emoções generativas são criadas no nosso coração (o primeiro órgão a ser formado no nosso corpo e o nosso gerador biomagnético mais poderoso). Curiosamente, os últimos avanços da neurocardiologia apontam para que o coração seja também a casa da nossa verdade, do nosso eu autêntico, a fonte inesgotável de amor, da nossa intuição e sabedoria maior. E é desde o coração, gerando, nutrindo e mantendo emoções (re)generativas que vivemos em liberdade, em autenticidade. É aqui que podemos definir as nossas intenções. O ponto de partida de qualquer transformação.

Geramos as emoções em nós e elas estendem-se aos demais

Todos nós sabemos, por experiência própria, que quando vivemos presentes em nós, desde o nosso coração, os nossos corpos estão relaxados e calmos, as nossas mentes estão mais despertas e conscientes, deixamos de agir em modo piloto-automático e sobrevivência, suspendemos o sentimento de perigo, ameaça, ansiedade ou preocupação com o próximo momento. Em vez disso, acontece um fenómeno interessante: estamos muito presentes e, ao mesmo tempo, conscientes com muita alegria. Esse é o efeito colateral da coerência do coração e do cérebro. Este é o efeito de viver as emoções generativas!

A linguagem do coração determina a forma correcta de descobrir e usar a tua espada.
Paulo Coelho in “O Diário de um Mago

Gerar e manter emoções generativas em nós é estendê-las aos que nos rodeiam. Cada um de nós é um campo (de energia) e esse campo eletromagnético contém informação, incluindo a informação das emoções que estamos a sentir a cada momento. Estas vibrações estendem-se numa distância superior a três metros (do nosso corpo). Portanto, sim, os nossos filhos (e todas as pessoas) sentem as nossas emoções, mesmo quando não as verbalizamos, mesmo quando o outro não compreende o que sente quando está próximo de nós. E vice-versa. Além disso, as emoções produzem comportamentos e já sabemos que comportamento gera comportamento!

A vivência das emoções generativas cria infinitas possibilidades

E como diz o nosso neurocientista Dr. António Damásio, “amar é mais do que uma forma maior de consciência e consciência é percepção”. Percepção é colocar atenção, e colocar atenção (no coração) é viver presente e perceber, a nós e ao outro, e é assim que nos sentimos finalmente, seguros para criar a partir do desconhecido, a partir do campo das infinitas possibilidades, do campo quântico. E quando isso acontece somos capazes de visualizar e criar estas novas (infinitas) possibilidades que não podemos quando insistimos em reagir a partir de estados de não recurso. Por outras palavras, quando permanecemos mergulhados em estados liderados por emoções degenerativas, que geram stress, ansiedade, frustração… Estados de baixa vibração, opostos aos gerados pelas nossas tão queridas emoções generativas!

Estão já publicados, em revistas científicas, centenas de estudos que demonstram o efeito das emoções no nosso organismo. A HeartRhythm Society disponiliza vários estudos, gratuitamente.

Portanto, bem diferente é responder à vida desde um lugar de amor. Desde um lugar de elevada vibração. Se o outro está triste posso oferecer-lhe a minha alegria, se está magoado posso oferecer a minha compaixão e por aí adiante. E tudo isto sem palavras, sem querer rotular emoções ou dizer-lhe o que está a sentir. Tudo isto apenas com o poder da nossa presença generativa.

Como gerar emoções generativas?

Gerando coerência cardíaca! Quando alteramos o sinal entre o nosso coração (cérebro cardíaco) e o cérebro (cognitivo) para um ritmo uniforme e regular, um ritmo coerente, alteramos também as respostas do cérebro para o corpo, altera-se toda a nossa bioquímica. A sabedoria está nas emoções que escolhemos criar, nutrir e expandir (a nós e aos demais) no nosso coração. Ao escolhermos conscientemente a emoção que queremos vivenciar, o nosso corpo responde-nos sempre em sintonia. Estão aqui dois artigos de grande valor sobre este tema:

A sabedoria do coração

Coerência do coração

Todas as respostas que emergem do coração são sempre certas. Mesmo que nos digam o contrário, mesmo que nos apontem o dedo, mesmo que incomode e vá contra a check-list social imposta.

Ousa conectar-te com o teu coração. Estarás a levantar não apenas a ti mesmo e aqueles que amas, com os quais te preocupas, como também o mundo onde vivem.
Doc Childre, fundador do HeartMath

Que emoções generativas escolhes gerar, nutrir e manter agora?

Escuta no ESSENCIAL podcast o episódio dedicado às emoções generativas. Entrego-te um exercício precioso para as mapear.

O conteúdo Emoções generativas revolucionam a inteligência emocional aparece primeiro em Rita Aleluia.

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