Famílias • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/familias/ Awakening People Wed, 03 Nov 2021 21:59:05 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Famílias • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/familias/ 32 32 Por que é que as crianças discutem e como lidar com isso https://www.ritaaleluia.com/por-que-as-criancas-discutem-como-lidar-com-isso/ https://www.ritaaleluia.com/por-que-as-criancas-discutem-como-lidar-com-isso/#respond Wed, 03 Nov 2021 21:59:05 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8331 Pergunto-me tantas vezes quando vamos deixar de focar no comportamento das crianças e começar a investigar a sua raíz, o que causa o comportamento, a mensagem que ele nos traz e que é expressa de forma (considerada pela maioria) inadequada como é o caso das discussões, birras e afins… Só assim saberemos como lidar com isso! E este, pode ser um bom livro para ler, reflectir e experimentar, porque nos ajuda particularmente, a lidar com o tema.

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Pergunto-me muitas vezes quando vamos deixar de focar no comportamento das crianças e começar a investigar a sua raíz, o que causa o comportamento, a mensagem que ele nos traz e que é expressa de forma (considerada pela maioria) inadequada como é o caso das discussões, birras e afins… Só assim saberemos como lidar com isso!

Na vivência da parentalidade generativa (generative parenting®) sabemos que não podemos não comunicar e que o comportamento é, também ele, uma forma de comunicação. É aliás, a melhor forma que encontramos (crianças e adultos) para resolver uma situação, com os recursos aos quais conseguimos aceder a cada momento, e tem sempre uma intenção positiva. O comportamento é assim, a primeira solução que a criança encontra para resolver o verdadeiro problema que ela arranjou inconscientemente. E lá está, o comportamento é apenas o topo do icebergue.

Como lidar com comportamentos inadequados?

Primeiro, activando em nós, adultos, a curiosidade e a compaixão tão naturalmente humanas! Investigando, com responsabilidade pessoal, sem julgamento! Para ajudar precisamos primeiro, saber o que se passa na sua raiz! De outra forma não há transformação, nem mudança saudável. Muito menos a construção de relações saudáveis e duradouras!

O que acontece quando a opção é corrigir o comportamento?

Muitas abordagens de mudança dos comportamentos das crianças, satisfazem apenas as necessidades e desejos dos adultos à sua volta, não respeitando a criança na sua essência e dignidade, destruindo relações que deveriam ser saudáveis! Excluindo a criança, criando dualidade. Aliás, a ciência já comprovou o quão traumatizante e stressante pode ser para uma criança, lidar permanentemente com adultos cujo foco está em corrigir comportamentos. É assim que nascem vítimas de traumas e stress e que se perpetua o círculo vicioso de parentalidade e educação inconscientes que pautam a humanidade actual. O exemplo está à vista, com um planeta em agonia. Não é à toa que todos conhecemos pessoas, adultos e crianças, demasiadas mesmo, stressadas, ansiosas, deprimidas, algumas até que cometeram suicídio… seres humanos que não foram vistos, reconhecidos e aceites por quem são, que foram “treinados” para caber nas expectativas dos adultos que os rodeiam.

E se é verdade que muitas abordagens comportamentais tiveram a validação da ciência, como castigos, time-outs, prémios e recompensas, também não é menos verdade que esta validação nasce do estudo do comportamento em animais, há mais de um século!! Não foi por acaso que utilizei anteriormente a expressão “treinados”. Entretanto, o que mais existe são estudos e evidências científicas a comprovar que as seculares abordagens comportamentais são perigosas, a sugerir o seu abandono imediato e a propor novas abordagens, agora verdadeiramente humanistas! E é aí que se inclui a parentalidade generativa (generative parenting®).

Um livro que nos ajuda a lidar com os comportamentos desafiantes das crianças

Adoro ler e como a parentalidade generativa (PG) assenta numa integração de artes & ciências (chamemos-lhes assim) que vão ao encontro das nossas inteligências emocional, somática e espiritual, inclui várias abordagens desde científicas a holísticas, todas a respeitar e a promover os direitos humanos, e assim, hoje trago um livro que: para quem ainda não vivencia a PG, mas já quer fazer diferente, pode ajudar e para que já adoptou a PG como forma de vida, foi aluno da certificação PNL Practitioner em Parentalidade Generativa, mas se encontra num dia mais desafiante, também pode ser muito útil:

Sulky, Rowdy, Rude?: Why kids really act out and what to do about it

As crianças podem passar por fases mais desafiantes, esta é uma parte natural do crescimento. Conflitos e discussões não são excepção, são sim uma parte da vida familiar diária e os pais devem ser parte da solução, não do problema. Neste livro, os autores Bo Hejlskov Elvén e Tina Wiman utilizam o foco inicial no comportamento da criança para mostrar, de forma prática e gentil, como é que pais e cuidadores podem construir estratégias conjuntas gerando respostas conscientes e eficazes, com respeito pela ecologia, para que as crianças aprendam por si mesmas como praticar o auto-controle, criando desta forma, cooperação e um ambiente seguro onde elas pertencem e têm autonomia.

Um livro também recomendado pelo Family Lab e cujos capítulos desvendam qual pode ser a perspectiva das crianças e o que pode estar na origem dos seus comportamento, elevando a compreensão dos adultos para o todo, gerando novas possibilidades (o que é de resto absolutamente generativo).

Acredito que quantos mais mapas conhecermos, mais ampliamos o nosso e mais escolhas conscientes temos!

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Respeito, 2.º Princípio da Parentalidade com PNL & Generativa https://www.ritaaleluia.com/respeito-2-principio-parentalidade-pnl-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/respeito-2-principio-parentalidade-pnl-generativa/#respond Tue, 28 Jul 2020 22:07:31 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5939 O respeito é o 2.º Princípio da Parentalidade Generativa, herdado da PNL, que cria relações saudáveis e para a vida. Quanto mais habituados somos, nós e os nossos filhos, a criar uma relação onde uma das principais práticas é o respeito, mais natural será, e mais respeito emergirá.

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Um dos primeiros desafios para os que escolhem praticar a Parentalidade com PNL & Generativa, ou outro tipo de parentalidade que emerja da consciência, que rasgue com o convencionado pela educação dita tradicional, são os julgamentos daqueles que têm práticas e visões diferentes e é também por isso, que o respeito é o 2.º princípio da Parentalidade Generativa.

res·pei·to
(latim respectus, -us, acção de olhar para trás, espectáculo, atenção)

nome masculino

  1. Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém.
  2. Apreço, consideração, deferência.

“respeito”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

Respeito, um dos nove pilares da Parentalidade Generativa

Acredito no potencial infinito de cada ser humano. Considero que somos todos perfeitos, tal e qual como existimos, que nenhum de nós precisa de conserto. Mas nem sempre foi assim. Antes de caminhar na Programação Neurolinguística (PNL) e iniciar a criação da Parentalidade Generativa (PG), eu própria pensava que a minha filha mais velha precisava de “remendo”. Perante o rótulo que lhe foi atribuído, de deficiente, eu tendi a considerar as crenças limitadoras de vários profissionais de saúde, que me diziam que devia ser rígida nas regras e rotinas. Menos mal que despertei a tempo, para o quão inconsciente estava na hora de educar. Todos os dias, esta minha filha nos demonstra da forma mais serena e generosa, que é possível superar qualquer adversidade, e encontrar outra forma de fazer algo que para ela é muito desafiante, a tocar o impossível e que para nós, é dado como adquirido e simples. Sinto um respeito além do humano por ela! E sei que todos, sem excepção, merecemos o mesmo respeito! E claro, começa com o reconhecimento de que o merecemos e com a prática do respeito para connosco mesmos.

É verdade que, nem sempre é fácil reconhecer a intenção positiva de certos comportamentos, em nós e no outro e criar relações de respeito mútuo, à primeira. Há situações desafiantes. Mas quanto mais habituados somos, nós e os nossos filhos, a criar uma relação onde uma das principais práticas é o respeito, a igual dignidade, a integridade, mais natural será, e mais respeito emergirá. De ambos os lados. É com esta consciência que cultivamos esta competência humana, tão essencial na criação de relações para tudo na vida, pessoal e profissional. E é também assim que aprendemos sobre humildade, autenticidade, congruência e a oferecer um feedback assertivo, generoso que permite o crescimento saudável de cada ser.

“Com o princípio do respeito, posso ajudar alguém a utilizar os seus próprios recursos, de outra forma e a alcançar os resultados que deseja na sua vida!”
Frank Pucelik.

Se sentires que queres aprender mais sobre Parentalidade Generativa, que queres criar uma relação de respeito para contigo, com o teu filho, com os demais, com gentileza, confiança e ainda não sabes como, convido-te a aprenderes mais sobre o tema através do meu livro “Gurus de Palmo e Meio”  ou da certificação internacional PNL Practitioner em Parentalidade Generativa.

E se ainda não viste qual é o 1.º dos 9 princípios da Parentalidade Generativa, espreita aqui.

Vejo-te, com um imenso respeito,

Rita

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Success Factor Modeling na Parentalidade Generativa e Educação https://www.ritaaleluia.com/success-factor-modeling-parentalidade-generativa-educacao/ https://www.ritaaleluia.com/success-factor-modeling-parentalidade-generativa-educacao/#respond Tue, 04 Feb 2020 15:02:15 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5232 O Success Factor Modeling (SFM) está integrado na Parentalidade com PNL & Generativa. Robert Dilts e Rita Aleluia conversaram, em Roma, sobre a aplicação do SFM no campo da Educação e das Famílias.

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Perguntam-me muitas vezes quais são os factores de sucesso na parentalidade, na educação… Aliada à minha curiosidade pessoal, essa terá sido uma das principais causas que me levou a estudar e a integrar, em 2017, o modelo do Success Factor Modeling (SFM) na Parentalidade com PNL & Generativa (Parentalidade Generativa), que aplico sobretudo, nas sessões de consultoria para identificarmos os pontos que são a diferença que faz a diferença quando sentimos alinhamento na família, escola, organização. Este é um modelo absolutamente sistémico, onde todos os envolvidos directa e indirectamente no tema, são tidos em consideração. Por exemplo, se a questão parece ser um filho, investigamos também o pai, a mãe, irmão (quando existem), avós, todas as pessoas com quem aquela criança se relaciona. Assim como, o(s) meio(s) ambiente que a envolve (às vezes tão diferentes entre si), entre outros elementos.

Se já segues, ou praticas a Parentalidade Generativa, sabes que não acredito em fórmulas universais, nem em metodologias. Acredito sim, naquelas que fazem sentido a cada família, em cada momento e contexto. Além de que, se hoje funcionam, amanhã pode ser que seja necessário introduzir ajustes, adaptações ou outro formato, totalmente novo, para então, agir. Sempre tendo por base as intenções, pois claro. Com recurso à curiosidade (sem julgamento), à criatividade e à flexibilidade.

Success Factor Modeling na Educação, um farol que te conecta ao essencial

Num mundo que insiste em pautar-se pela velocidade estonteante de novidades, ideias, pensamentos, informação em geral, sinto ser importante focar no que de verdade importa. A aplicação do Success Factor Modeling na Parentalidade Generativa permite-nos trazer essa atenção para o sítio certo, afastando-nos do excesso de ruído, da mesma distracção que conduz à confusão e à desconexão. Por outras palavras, centra-nos e conecta-nos com o essencial na criação da família que queremos criar, tendo em consideração todo o ecossistema.

Partilho contigo esta breve conversa que tive com o co-criador do Success Factor Modeling (SFM), Robert Dilts. Conversamos em Roma, depois da apresentação dos primeiros resultados de um estudo mundial da aplicação do SFM na saúde, coordenado por uma querida amiga e colega, Emanuela Mazza.

Preparamo-nos agora, para avançar com um estudo mundial, precisamente acerca da aplicação do SFM no campo da Educação. Queremos muito contar com a tua participação. Voltamos em breve, com mais novidades. Até lá, agradecemos a tua presença, carinho,

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A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal https://www.ritaaleluia.com/saude-mental-criancas-nunca-esteve-tao-mal/ https://www.ritaaleluia.com/saude-mental-criancas-nunca-esteve-tao-mal/#respond Fri, 01 Nov 2019 10:11:00 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5047 Dr. Daniel Siegel em entrevista exclusiva a Rita Aleluia. Parentalidade, Mindfulness e Programação Neurolingística (PNL), em destaque, numa conversa informal, onde ciência e espiritualidade estão sempre presentes.

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Daniel J. Siegel é professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, de Los Angeles (UCLA), onde fundou e é codirector do Mindful Awareness Research Center, e do Mindsight Institute. Formado na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, o Prof. Dr. Siegel é autor de vários bestsellers, alguns do New York Times. Disciplina Sem DramasBrainstormThe Whole-Brain Child, Aware e de obras académicas como The Mindful Brain ou The Developing Mind, Showing Up, prestes a ser publicado, são exemplos.

Enquanto cientista que é, Siegel teve a oportunidade de partilhar pessoalmente, a conclusão de alguns dos seus estudos com personalidades como Dalai Lama, Papa João Paulo II, na Google University, na Goldie Hawn Foundation e no TEDx.

Escolheu Portugal para destino de férias, com a esposa Caroline Welch e amigos em comum. Encontrámo-nos na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde Siegel facilitou uma aula aberta, a convite da Professora Marcela Matos – do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo Comportamental (Cineicc) – sobre como “Cultivar Presença e Estados de Consciência” na nossa vida. Falámos, sobretudo, de neurociência, parentalidade e mindfulness, prática de atenção plena que aprendeu com o seu amigo e colega Jon Kabat- Zinn, doutorado em microbiologia e Professor na Universidade de Massachusetts Medical Center (MIT).

O psiquiatra que acredita na epigenética, garante que vivemos tempos particularmente preocupantes, não só em termos de alterações climáticas, mas muitíssimo em termos de saúde mental, “seja individualmente, em grupo, a saúde mental das famílias, das escolas, organizações, governos”. Lembra por isso que “é urgente que se faça uma reflexão profunda acerca do percurso que temos vindo a percorrer e como deve ser alterado”. Com a humildade que o caracteriza, confessa que tem sido convidado para participar activamente em conferências de renome, sobre as alterações climáticas e que, se à primeira vista parece não ser a sua área, de repente está a contribuir, sobretudo depois de escutar que “tudo o que temos feito falha, Doutor Siegel, ajude-nos por favor, nós já aconselhámos as pessoas e não funcionou, já as assustámos e parece não terem medo, já não sabemos o que fazer mais!”. Siegel sente cada palavra, cada gesto, o campo e com um “optimismo realista”, como lhe chama, responde que “a única coisa a fazer é transformar profundamente a partir da visão de que todo este caos é uma oportunidade para que algo novo e melhor emerja.” Como? “Através da conexão! Promovendo a integração das diferenças.” O que é necessário saber acerca de um processo de mudança? “Que só acontece quando se opera ao nível do inconsciente!”, remata.

O Professor diz-nos que a vida deve ser vivida no presente e intencionalmente, com paciência e resiliência. Defende ainda, que “não conseguimos exercer a parentalidade com eficiência se o fizermos a partir do estado reactivo”. Não só não acredita em castigos, como alerta que os mesmos são uma violência e contraproducentes. Os castigos promovem a desconexão e, para Daniel Siegel, educar significar, conectar. “Só assim as crianças crescem empáticas, resilientes e cooperantes”, diz. Reforça também a teoria de que mente e corpo são um só e são também muito mais do que isso. Garante que “as crianças que enfrentam o mundo apenas com um ‘cérebro’ ficam dependentes da sua sorte e dos seus sentimentos. Ficam presas às suas emoções, incapazes de as alterar, queixando-se da sua realidade em vez de encontrarem formas saudáveis de lidar com ela. Ficam obsessivamente preocupadas, por enfrentarem algo novo ou cometerem um erro, em vez de tomarem decisões com abertura de espírito e curiosidade.”

Rita Aleluia: Arrisco começar esta nossa entrevista com um tema quente, que tem gerado muita controvérsia tanto no meio científico, quanto no meio do desenvolvimento pessoal, e que me parece ser essencial esclarecer. Qual é afinal, a diferença entre mente e cérebro?

Daniel Siegel: Se perguntarmos a muitas pessoas da neurociência, do campo da psicologia ou até da biologia, incluindo a medicina, eles dirão que a mente, tal como afirmou Hipócrates, é um comportamento. E, enquanto palavra, mente é um sinónimo de actividade cerebral, é uma escolha que a pessoa faz. Acredito que existem consequências sérias dessa forma de pensar. Portanto, no trabalho que eu faço, a forma como utilizo a palavra mente, está relacionada com a experiência subjectiva. O inconsciente, o processamento de informação, vê a mente como uma forma de incorporar o processo relacional que emerge do fluxo de energia, bem como o regresso e regulação do mesmo fluxo. A origem desse mesmo fluxo não emerge apenas do cérebro sozinho, assim como o impacto que gera na mente. Logo, deste ponto de vista, a mente é a experiência subjectiva, é consciência, é um processo de informação que emerge em forma de energia que pode ser simbólica, e é também um quarto processo, fruto de sistemas complexos que é a auto-organização que regula este fluxo de energia. Alguns neurocientistas concordam, como António Damásio e outros discordam totalmente. Como dizes, existe mesmo muita controvérsia à volta deste tema e há razões que vão além dos argumentos intelectuais, há aqui questões que colocam seriamente em causa 2500 anos de práticas médicas, e eu estou à vontade para dizer isto porque sou também físico. Afirmar-se que que a mente é apenas o que o cérebro produz, tem levado a que as sociedades modernas vivam na ilusão de que o “eu” vem apenas da mente e que está separado de todo o resto e já sabemos que essa forma de pensar está a conduzir à destruição da vida no Planeta.

Dr. Dan Siegel

A ciência também já demonstrou existirem uma mente cognitiva, uma mente cardíaca, uma mente somática, que estão interconectadas. Mais recentemente fala-se numa quarta mente, a mente de campo. Se nos lembrarmos que somos sub-sistemas de um sistema maior, ao qual a ciência chama “holon”, tudo isto faz sentido para si?

Quando vemos a mente como um processo emergente de energia e que essa mesma energia não encontra fronteiras na nossa pele, por exemplo, percebemos que o sistema do qual emerge a mente e a influencia é muito mais amplo do que todo o corpo. Alguns cientistas estudam o fenómeno em termos culturais, e falam de campos sociais, campos culturais e não lhe chamam necessariamente uma mente relacional. Tenho colegas do campo da neurociência social, que insistem em acreditar que a mente é só o cérebro. E que assim como o cérebro é sensível à luz, é também sensível aos sinais sociais. Estes cientistas não veem nenhum campo de energia ou de outra fonte e consideram que isso não é um pensamento científico. Eu não concordo com eles. O meu campo de trabalho, neurobiologia não é o mesmo que neurociência social, embora nem todos os neurobiólogos pensem da mesma forma que eu.

“É uma realidade triste e muito desafiante. A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal.”

Qual é a sua percepção das famílias do século XXI, globalmente falando?

É algo muito doloroso de dizer, mas o que eu posso garantir é que, por exemplo, nos Estados Unidos as coisas não vão mesmo nada bem. Há cada vez mais depressões, ansiedade, suicídios, desespero. É uma realidade triste e muito desafiante. A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal e não acontece só às crianças, acontece também aos adultos. Vejo acontecer com muitos colegas que são físicos. Uma situação que é, infelizmente, transversal a muitos outros países, não é um fenómeno exclusivo dos Estados Unidos.

“Temos que aprender e perceber que a relação com o próximo e com a natureza é o que nós somos.”

Como é possível transformar este padrão? Porque parece um padrão universal, certo?

Sim, é. Acredito que parte deste padrão de desespero que as pessoas estão a viver, está relacionado precisamente com o facto de verem a mente apenas como parte do cérebro e o “eu” parece viver apenas na cabeça, separado de algo muito maior. Temos que aprender e perceber que a relação com o próximo e com a natureza é o que nós somos. Temos também uma relação com o nosso corpo. Assim como temos relação com os nossos vizinhos, com pessoas que conhecemos menos bem, com as plantas, com os animais, as comunidades, a natureza e vai mais longe, porque somos parte de todo o Universo. Mas, por agora, a Terra é grande o suficiente, podemos focar-nos em lidar com tudo isto, neste momento, aqui, no Planeta (risos). A nossa relação pessoal com quem somos, pode tirar-nos da desconexão e do desespero, assim como do sentimento de não pertença. Eu acredito que a crença no “eu” separado do todo é a causa da desconexão e sentimento de não pertença, que por sua vez é a fonte de toda a incrível da depressão, ansiedade e suicido a que assistimos.

Enquanto pai que também é, estou curiosa para conhecer quais sãos os seus principais valores e crenças, que permitem que caminhe conscientemente ao lado dos seus dois filhos.

(Esboça um sorriso de amor maior antes de responder). Os meus filhos têm agora 25 e 30 anos, estão ambos a fazer coisas que emergem do sentimento de quem eles são na verdade, com a sensibilidade de que estão a cumprir os seus propósitos no mundo. Estou muito orgulho de cada um deles, à sua maneira, da forma como se conectaram com o meio ao seu redor, influenciando positivamente o mundo. São, de tantas formas, os meus professores. A minha mulher, Caroline, e eu, permitimos que cada um deles aprendesse a conhecer-se, através da nossa relação com eles e percebessem assim, que nas relações podemos emergir. Cresceram sempre com este sentimento de consciência interior, em relações que promovem conexão e que permitem a expansão de todos. Estes foram os nossos princípios fundamentais.

Esse é o segredo, permitir que as crianças sejam elas próprias?

(Sorri assertivo) No fundo é auxiliar as crianças a perceberem quem são, e quem podem vir a ser. Estando presentes para que elas sejam capazes de ultrapassar as desilusões e os fracassos, levando-as a escolherem uma vida plena de relacionamentos e com significado.

Como vê o impacto da nossa linguagem, das palavras que usamos, da forma como comunicamos verbalmente, na educação e vida das nossas crianças?

A mente humana tem uma sequência interessante. Presume que existem divisões no mundo às quais chama categorias, e constrói nesse processo não consciente, uma série de conceitos que nos levam a acreditar serem verdades e na parte submersa do icebergue, os nossos símbolos, as nossas palavras, tais como chamar um filho pelo nome. O risco disso parece inofensivo, mas se deixarmos a criança viver como se toda a sua identidade estiver nesse corpo, de alguma forma estamos a ensinar-lhe uma mentira. Porque ela está conectada com outras pessoas e interconectada com toda a natureza. Portanto, quem ela é, não é aquele nome singular, mas é mais como um verbo no plural. Há uma tentativa mundial, cultural, de nos fazer crer que somos apenas um nome. Às vezes, até as palavras positivas, podem, de forma não intencional criar problemas a uma criança. Uma criança que recebe palavras positivas que lhe dizem, por exemplo, “és tão inteligente, és tão bonito, és um jogador incrível” … embora pareçam palavras inócuas, são na verdade, a fonte de criação, na criança, de um sentimento de recompensa pelas suas conquistas em vez de um olhar atento ao seu esforço. Portanto, uma criança que cresce a ouvir palavras positivas por aquilo que produz, em vez de um reforço àquilo que é mesmo importante, com significado para ela, vê o seu sistema de valores e a estratégia que utiliza para tomar decisões, basear-se em recompensas. Em vez de produzirem estados positivos, as palavras que sempre ouviu criam o oposto, estados negativos e colocam-na numa prisão.

Quando uma criança mostra um desenho a um adulto e pede a sua opinião, muitos pais e educadores tendem a dizer-lhe que “é lindo, é maravilhoso”, mesmo quando veem apenas rabiscos…

Sim, dizem que é um Picasso! (Risos)

Podemos optar por perguntar à criança como fez para escolher as cores que utilizou, qual o significado do desenho, a intenção…. Criando espaço para que possa comunicar verbalmente a sua criatividade, possa exprimir emoções, desejos e necessidades?

Exactamente, Rita! Há que reconhecer a experiência da criança, não o produto dessa experiência. E então, ajudá-la a explorar essa experiência, tal e qual como mencionaste. “Usaste encarnado, aqui, que cor tão interessante para uma árvore!” “E o azul aqui, uau, que curioso, o que sentiste quando usaste esta cor? Deve ser fascinante!” Sem fazer perguntas que a leve a duvidar dela mesma, mas mostrando interesse nas suas escolhas e experiências internas. Chamamos a isso ‘mindsight’, visão mental, que é uma forma de descrever a capacidade humana de perceber a mente, a minha e a do outro. É uma lente poderosa através da qual podemos entender a nossa vida interior com mais clareza, integrar o cérebro e melhorar o nosso relacionamento com os outros.

E de criança a adolescente é um voo tão rápido. A adolescência ainda é um “bicho papão” em muitas sociedades. Esta é uma visão redutora deste marco importante da vida humana…

É urgente mudar a maneira de olhar para a adolescência. Ela não é um período de loucura ou de imaturidade. É sim, a essência de quem deveremos ser, do que somos capazes e em que nos tornamos humanos de maneira plena.

“A nossa sobrevivência individual e social depende da coragem dos mais novos.”

Sabemos que não somos os nossos comportamentos e que estes são sempre o melhor que podemos ter naquele momento. Ainda assim, quando falamos da adolescência, parece que este é um pressuposto que cai por terra…

Todos os comportamentos originados pelas mudanças cerebrais, como a impulsividade, a rebeldia, são necessários para que os jovens se libertem do seu círculo familiar e conheçam o mundo. É desta forma que conquistam a coragem necessária para mudar, partir e procurar inovação. Até porque, o lar é confortável e é previsível, já o mundo está cheio de ratoeiras e de surpresas. Há uma visão evolutiva que garante que, se os jovens não saíssem de casa e se não se separassem do seu grupo originário, a nossa espécie teria uma grande probabilidade de se reproduzir entre si, o que seria geneticamente nocivo para as gerações vindouras. A nossa sobrevivência individual e social depende da coragem dos mais novos.

“É importante utilizar práticas conscientes que nos permitam libertar a mente das expectativas.”

Que conselho quer deixar aos pais, em geral?

É apenas um e muito simples: ‘showing up’ (aparecer)! Estarem presentes! Se reduzirmos numa frase, as muitas pesquisas sobre as melhores propostas parentais, surge: presença parental! Temos uma série de filtros que tornam difícil este ‘show up’, aparecer, tais como crenças acerca de como devem ser os filhos, passar demasiado tempo em frente a ecrãs digitais, ocupar-se com o que não é essencial… É fundamental utilizar práticas conscientes que nos permitam libertar a mente das expectativas.

“Mindfulness, Heartfulness e Kindfulness significam exactamente a mesma coisa.”

Nessas práticas conscientes, e de acordo com o seu trabalho mais recente, descrito no delicioso livro “Aware”, inclui-se também o Mindfulness, a atenção plena. Noto que tem surgido no mercado global, nos últimos tempos, além do nome Mindfulness, o nome Heartfulness e Kindfulness. Estamos a falar da mesma coisa, ou nem por isso?

Mindfulness, Heratfulness e Kindfulness são apenas palavas. Então, o ideal é perguntar a quem usa cada uma dessas palavras, o que quer dizer quando a aplica. Digo isto porque, uma vez, numa reunião de líderes mundiais na investigação de Mindfulness, numa altura em que eu estava precisamente a investigar o que significava cada um desses termos, para colocar nesse meu livro (Aware), vi acontecer algo muito interessante. Propus aos investigadores que utilizássemos apenas uma palavra para designar tudo. Metade concordou, a outra pessoa respondeu efusivamente “nem pensar!”. Então, perguntei: “O que significa Mindfulness para ti?” e um respondeu: “Para mim, significa treinar o foco na atenção e voltares a ti quando te distrais. Assim amplias a consciência e não és apanhado por algo que possa desconcentrar-te.” Já no caso do Heartfulness e do Kindfulness, falamos de contruir uma intenção e atitude generosas, falamos de compaixão, de amor. E, portanto, a outra metade dos investigadores, discordava da primeira e garantia que é preciso ensinar as pessoas a serem generosas, amorosas, a exercerem a compaixão. Esse grupo defende que Mindfulness inclui essas qualidades. Algo que o primeiro grupo discorda. Ainda assim, alguns elementos desse primeiro grupo, lembram que o facto de ser consciente já inclui ser generoso e amoroso. E na verdade, se observarmos a designação asiática para Mindfulness e Heartfulness, são idênticas. Porque muitas destas práticas emergem da Índia, Sul da Ásia, China e Japão. Aliás, na China, demonstram categorigamente que Mindfulness e Heartfulness significam exactamente a mesma coisa. Kindfulness é apenas uma palavra, em inglês, que nós inventamos que quer dizer o mesmo. Pessoalmente, não vejo diferença alguma entre as três palavras.

Esta entrevista foi originalmente publicada na Revista D7, do Diário de Notícias M

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Parentalidade com PNL & Generativa por Robert Dilts e Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-pnl-generativa-robert-dilts-rita-aleluia/ https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-pnl-generativa-robert-dilts-rita-aleluia/#respond Thu, 17 Oct 2019 18:02:10 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4995 Robert Dilts e Rita Aleluia falam de Parentalidade com PNL & Generativa. A Programação Neurolinguístico ao serviço da mudança generativa. As práticas conscientes mais eficazes para que te conheças realmente, para que alcances a tua essência e descubras qual é o teu lugar na família e no mundo, como podes trazer e viver essa identidade.

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Vivemos num mundo que grita alto, por mudança urgente, que exige soluções nunca antes experienciadas e aqui, a quebra do actual paradigma com a emergência do surgimento de algo totalmente novo está presente na proposta da Parentalidade com PNL & Generativa, como podes ler e escutar nesta conversa entre mim, Rita Aleluia e Robert Dilts, co-developer da Programação Neurolinguística (PNL), do Trabalho Generativo, do Success Factor Modeling (SFM), co-fundador da NLP University, California, autor.

As formas tradicionais de educação falharam. Neste momento, é necessária uma reflexão sério, consciente e profunda acerca de quais as nossas intenções enquanto pais e educadores e sobre quais os recursos que queremos verdadeiramente accionar para que se alcancem as respostas que permitam então, criar um futuro harmonioso, responsável e sustentável para a humanidade.

Parentalidade que começa com PNL e evolui para PNL & Generativa

Quando lancei esta nova proposta parental baptizei-a, com muito amor, de – Parentalidade com PNL (Programação Neurolinguística). Quando terminei a certificação de Trainer e Consultora de PNL e depois a de Coaching Generativo, senti que, assim como eu, esta parentalidade tinha subido de nível, e devia por isso, passar a nomear-se – Parentalidade com PNL & Generativa. Como nos diz Robert Dilts, a parte generativa deste trabalho, emerge da criatividade, de criar algo totalmente novo, que não existia antes.

“Criei os meus filhos, com a minha esposa, utilizando imenso, a Programação Neurolinguística (PNL)”
Robert Dilts

O co-criador do Trabalho Generativo – Coaching Generativo e Consultoria Generativa – lembra que: “a parte generativa na parentalidade, nas famílias é extraordinariamente decisiva. Quando procuramos chegar a algum lugar que é desconhecido, ainda que outros pais, mães, tenham passado por algo semelhante, vamos criar um caminho único, novo e isso exige ferramentas e práticas muito específicas”. Robert Dilts garante, “este é, muito provavelmente, o campo mais importante para introduzir a mudança generativa.”

Nesta nossa deliciosa conversa, Robert confessa que “criei os meus filhos, com a minha esposa, utilizando imenso, a Programação Neurolinguística (PNL) e introduzindo os princípios da mudança generativa, de forma a que pudessem estar/ ser no mundo com auto-estima, atitudes positivas”. Além disso, “para que pudessem crescer com estratégias que os permitem ser bem-sucedidos por si mesmos.” O co-developer da PNL está orgulhoso dos dois filhos, do que trazem ao mundo e do seu próprio trabalho, enquanto pai. Os olhos azuis ganham ainda mais luz quando enumera“o sentimento de confiança que ambos possuem, o olhar positivo para a vida, das auto-capacidades”, algo que, numa primeira fase “modelam dos pais e depois é apoiado pelos pais”, conclui.

A Parentalidade que alia a PNL ao coaching generativo e gera mudança generativa

“Quem eu sou, tem a sua melhor expressão no mundo.”
Robert Dilts

Esta proposta “ensina-nos a comunicar com eficácia, como podemos empoderar os demais, sobretudo as crianças, de forma a que sejam elas mesmas, guiando-as em simultâneo”, reforça.

A Parentalidade com PNL & Generativa revela-te as práticas conscientes mais eficazes para que te conheças realmente, para que alcances a tua essência e descubras “qual é o teu lugar na família e no mundo, como podes trazer e viver essa identidade”, acrescenta Robert Dilts. Desta forma, o “canal está aberto e quem eu sou, tem a sua melhor expressão no mundo” e “não consigo encontrar nada mais importante para um pai ou um professor do que fazer isso com uma criança”, atesta.

E tu, escolhes juntar-te a nós nesta mudança generativa por um mundo melhor?

És muito bem-vindo!

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Crianças sem conserto, pais à beira de um ataque de nervos https://www.ritaaleluia.com/criancas-sem-conserto-pais-beira-ataque-nervos/ https://www.ritaaleluia.com/criancas-sem-conserto-pais-beira-ataque-nervos/#respond Sat, 07 Sep 2019 23:37:55 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4866 Crianças sem conserto, porque não estão estragadas, não têm defeito, logo, não precisam de conserto. Pais à beira de um ataque de nervos, uma escolha inconsciente que pode ser alterada com Programação Neurolinguística. É assim na Parentalidade com PNL & Generativa.

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Não me digas que vens já em alta velocidade, por acreditares fazer parte do grupo dos pais à beira de um ataque de nervos, com filhos, que são crianças, definitivamente sem conserto?! Vais mesmo continuar a contar-te essa história?! Esquece!

Primeiro, são apenas crenças limitadoras. Uma – que te encontras à beira de um ataque de nervos; outra que o teu filho precisa de conserto. Vou começar com um convite. Podes experimentar perguntar-te:

  • Esta crença serve-me?
  • A quem mais serve a minha crença?
  • Faz-me sentido?
  • Quero acreditar nisto?

Este artigo surge na sequência de uma mensagem que me enviaram e de comentários que tenho lido de quando em vez, sendo que mais frequentemente, nas redes sociais. Uma pessoa que conheço participou num evento de renome internacional de Coaching, onde assistiu a uma palestra acerca de Coaching na Educação. Até aqui tudo bem. A mesma pessoa, diz agora que o “Coaching na Educação é o futuro”. Não me choca, até porque os nossos pequenotes são o futuro, mas quero perceber qual a intenção e o que a motiva a defender esta tese. A resposta vem em forma de generalizações, rótulos e mais rótulos. Ou seja, que a geração X de crianças, nascidas entre os anos Y e H, são K e por isso, são todos bla bla bla e precisam de coaching para poderem ser responsáveis e líderes….

Por favor, deixem as crianças fora desta equação e assumam responsabilidade, enquanto adultos!

Crianças sem conserto

Claro que as crianças não têm conserto porque elas não têm defeito, não estão estragadas. Cada criança é um mundo, é um ser único, com características únicas, que responde ao ambiente que a rodeia, física e emocionalmente. Cada criança modela e age de acordo com os adultos que estão ao seu redor. Se ela apresenta comportamentos inadequados, não tem a ver certamente com o ano de nascimento, nem com ser geração Z ou J, mas com algo que é disfuncional no sistema onde vive, no qual está inserida, ou está apenas a manifestar uma necessidade que quer ser preenchida. Investiga com amor e curiosidade. As crianças pedem conexão, precisam de presença, de qualidade! De uma relação de igual dignidade.

Crianças a abraçarem-se num passadiço de madeira junto a uma praia.

E se a criança tem alguma questão do foro psicológico, então, não é assunto para um coach, mas sim para um profissional da área da psicoterapia ou psicologia (coisa que um coach não é, a menos que tenha esse background). Como nos diz a mãe da PNL, Judith DeLozier:

A PNL não é psicoterapia, não é psicologia. Muitos usam-na como um conjunto adicional de habilidades de comunicação, usando o trabalho da Gestalt e da Terapia Familiar, por exemplo. A PNL nasce do processo de modelagem da experiência humana… Se as pessoas não entendem essa diferença, então elas não receberam boa formação, em PNL.”

Pais à beira de um ataque de nervos

Quantos?! Todos nós, nos dias em que nos deixamos guiar pelo stress que aceitamos acumular nas nossas vidas, por crenças e valores que herdamos e aplicamos sem contestar, ou por emoções congeladas na nossa infância. Sim, o que acontece na infância, vem connosco pela vida. E é por isso que a certificação internacional Practitioner em Parentalidade & Educação Generativa, investiga e (re)desenha intenções, valores e crenças. De quem? Dos pais e educadores, pois claro!

Na Parentalidade com PNL & Generativa aplico algo do legado, precisamente do pai da terapia Gestalt, Fritz Perls, “uma pessoa consciente é uma pessoa inteira”. Sejamos, pois, adultos conscientes e um pouco mais inteiros. É assim que somos exemplo de mudança e transformação, neste mundo.

O meu convite é a de que (primeiro) os educadores procurem um coach, não a criança. A criança nunca foi, nunca será o problema, ela É a solução. E sim, é uma generalização, talvez a única em que acredito.

Juntos, por um mundo melhor.

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7 Benefícios do PNL Practitioner em Parentalidade Generativa https://www.ritaaleluia.com/7-beneficios-pnl-practitioner-parentalidade-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/7-beneficios-pnl-practitioner-parentalidade-generativa/#respond Thu, 06 Jun 2019 14:00:52 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4603 7 Benefícios profissionais únicos, oferecidos pelo PNL Practitioner em Parentalidade Generativa, de Rita Aleluia e NLP University California. Formação reconhecida mundialmente, com ética, profissionalismo e de excelência, na área.

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As famílias modernas e o sistema de ensino tradicional ultrapassado, são um convite a reflectir em profundidade, a fazer diferente, a activar a curiosidade, a criatividade e a investir em conhecimento profissional, de excelência, com ética, que te permita, em consciência e segurança, trilhar um caminho transformador e é por isso que hoje revelo 7 benefícios profissionais oferecidos pela certificação internacional PNL Practitioner em Parentalidade Generativa.

Com o selo da NLP University (NLP U), University California SC (o berço da PNL), esta é a única certificação no mundo, em Parentalidade Generativa (PG) integrada no nível PNL Practitioner e facilitada pela criadora da PG e por ícons da NLPU (em cada módulo acolhemos, numa Masterclass de 1h30, um Trainer internacional de PNL, com especialização numa área específica ligada à Parentalidade e Educação). É reconhecida em todo o mundo.

As vantagens em estudares na NLP University são inifinitas, como podes escutar nesta conversa que tive com Robert Dilts, co-fundador da NLPU onde Robert nos revela ainda parte da história daquela que é a única universidade de PNL do mundo.

A diferença que faz a diferença na Parentalidade e na Educação

Não te vou dizer que este é o melhor de Parentalidade e da Educação, do mercado. Primeiro porque não existe melhor ou pior. Existe o que faz sentido a cada pessoa, a cada momento, contexto e necessidade. Há sempre espaço para novas e diferentes aprendizagens. Quanto mais opções conheceres, melhores e mais conscientes serão as tuas escolhas e a tua vida.

Também não te vou dizer que este é o melhor curso de desenvolvimento pessoal do mundo, porque esse inicias quando escolhes ser mãe/ pai… Como não acredito em soluções rápidas ou milagrosas, posso assegurar-te apenas que, este é um caminho.

Nesta certificação, encontras o casamento entre a Programação Neurolinguística (PNL) e o Coaching Generativo. O melhor de dois mundos. Além dos últimos avanços da neurociência (trazidos para a parentalidade pelo incrível Dr. Daniel Siegel), epigenética e morfogenética (com o trabalho do nosso querido Dr. Bruce Lipton).

Este é um curso para quem se compromete consigo mesmo, seja qual for a sua área profissional. Uma certificação internacional de 130 horas, presenciais, 16 dias, ao longo de oito meses, imersos numa estrutura adaptada às três mentes – somática, cognitiva e cardíaca, alinhadas com a mente de campo.

Os conceitos que podem ainda parecer-te abstratos, integram-se assim que inicias a certificação PNL Practitioner em Parentalidade Generativa. O curso traz ao de cima a verdade e sabedoria de cada um, devolvendo aos pais e educadores o seu poder pessoal e transformacional, a sua alegria e conexão consigo, com os seus filhos e com algo maior. Encontras na página do Instituto Generative Parenting, mais informação sobre a certificação. Agora, quero falar-te de 7 benefícios profissionais que a mesma te oferece e porquê.

 

Rita Aleluia a abraçar uma pessoa

É ou não é um Practitioner de PNL?

Sim, é! Direcionado para a Parentalidade e para a Educação, através da PG. Desenhado para ir ao encontro das necessidades e dons das famílias e da educação.

No último NLP Leadership Summit – podes descarregar gratuitamente o “Powered by NLP 3”, o livro que emergiu deste Summit – conversámos sobre a necessidade crescente, da especialização por áreas. A maior parte de nós, Trainers globais de PNL, está consciente de que uma % elevada dos alunos dos Practitioners, sente dificuldade em adaptar esse conhecimento à vida profissional. Fazem um bonito percurso de desenvolvimento pessoal, que tem inevitavelmente impacto em todas as áreas da vida, ainda assim, é na profissão que se manifesta a menor influência.

Os meus colegas, com décadas de profissão, muitos doutorados em psicologia, ensino, sociologia, medicina, começaram a especializar os seus PNL Practitioners. Os resultados têm sido extraordinários e vejo acontecer o mesmo com este curso.

A PNL surgiu há cerca de 50 anos e o Coaching Generativo há mais de 12, fruto da união do trabalho de vida de Robert Dilts, co-developer da PNL e co-criador do trabalho generativo, ao lado de Stephen Gilligan, doutorado em psicologia, descendente directo do legado de Milton Erickson, pai da hipnoterapia moderna. A grande diferença comparativamente a outras abordagens. Já a Parentalidade Generativa, começou a ser criada há 10 anos.

Entrada no mercado de trabalho nacional e internacional

Ao concluíres a certificação PNL Practitioner de PNL Parentalidade Generativa (que é exigente), significa que assumiste e caminhas no compromisso. Vais sentir-te mais inteiro, mais completo. Vais sentir, pensar e agir em conformidade contigo e com o que vieste fazer a este mundo. Com visão, missão, com propósito. Estás preparado para, em congruência, ser e fazer a diferença!

7 benefícios profissionais do PNL Practitioner em Parentalidade Generativa

Podes candidatar-te e pertencer a um grupo internacional de PNL Practitioners autorizados a trabalharem em consultoria com Parentalidade Generativa. Neste PNL Practitioner, vais aprender a trabalhar em inteligência colectiva e holonarquia, base deste trabalho. 1+1=3! Quando um ganha, ganham todos!

Ao seres exemplo de partilha de conhecimento, em autenticidade e congruência, ‘walk the talk’, tornas-te agente activo para um mundo mais consciente e empoderas outros a libertarem gerações inteiras, das crenças limitadoras.

  1. Levas contigo um kit, com o material para facilitares formações breves nesta área, para acompanhares em consultoria, famílias, escolas e organizações;
  2. teu nome, curriculum, fotografia, redes sociais, constam do site Generative Parenting;
  3. As tuas formações são anunciadasno site;
  4. Podes tornares-te membro da ANLP (associação internacional de PNL, uma das mais credíveis e prestigiadas mundialmente, a única 100% independente);
  5. Publicar artigos da especialidade, tanto a nível nacional, quanto internacional, no blog do site da Parentalidade Generativa e em revistas da área;
  6. Levas em ti, as ferramentas, práticas e acompanhento para seres um orador de sucesso em palestras e conferências sobre parentalidade e educação e uma carta de recomendação para que possas propor-te a palestras internacionais na área;
  7. Reúnes periodicamente comigo e com outros consultores, em contexto de:
    Mastermind Group;
    Grupos de trabalho da NLP University
    ;
    Formação em Success Factor Modeling (SFM)

Estas são apenas 7 benefícios. Há mais surpresas a chegar!

Porque a Parentalidade com PNL & Generativa “it’s not about perfection, it’s about connection!

Esperamos por ti, com amor e confiança,

Rita e NLP University California

 

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