Espiritualidade • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/espiritualidade/ Awakening People Sun, 15 Nov 2020 10:07:38 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Espiritualidade • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/espiritualidade/ 32 32 O conceito de Parentalidade Generativa https://www.ritaaleluia.com/conceito-parentalidade-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/conceito-parentalidade-generativa/#respond Sun, 15 Nov 2020 08:30:13 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=6168 O conceito de Parentalidade Generativa é ancestral. Ciência e espiritualidade de mãos dadas, lado-a-lado com as famílias, pelo bem maior.

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Se já navegas nestes mares da parentalidade e educação, pode ser que já tenhas escutado, lido, sentido algo sobre o conceito de Parentalidade Generativa (PG) e eventualmente de como te pode servir, à tua família e comunidade. É provável que já tenhas lido o artigo onde te explico porque é que a PG é um manifesto à família. Apesar da Parentalidade Generativa (que começou por ser Parentalidade com PNL & Generativa) ser um conceito relativamente novo, emergiu em 2010, é simultaneamente muito antigo. Estamos na verdade, a redescobrir como é que ele funciona na era em que vivemos. Posso afirmar que é um conceito ancestral, onde a ciência e a espiritualidade caminham de mãos dadas, lado-a-lado, com as famílias, pelo bem maior.

As famílias generativas, pautam-se por serem congruentes e autênticas e viverem uma vida intencional, com uma direcção definida, não um destino. As mães e os pais generativos conhecem quem são na sua essência – em permanente evolução, como a natureza – e permitem que os filhos sejam e manifestem também quem aqui vieram ser. Assim, como conhecem quais são os seus padrões de pensamento e comunicação que se traduzem, necessariamente em comportamentos assertivos e resultados de excelência. A Parentalidade Generativa assenta na conexão, na qualidade dos estados de presença em nós, adultos, com o outro e com algo maior, e ainda na criação de relações harmoniosas e autênticas. Em vez de regras, a Parentalidade Generativa escolhe as crenças que nos servem. Na verdade, instala um poderoso sistema de valores e crenças poderosas que facilitam o são e responsável desenvolvimento de todos.

Não é sobre consertar uma criança ou criar a criança perfeita. Isso não existe, é um mito! A criança já é perfeita, tal e qual como é. O foco está na (re)educação dos pais, ou seja, na criança interior, que cada adulto carrega e que ainda quer ser vista, reconhecida, acolhida e curada. Assim como na aceitação da criança que temos à nossa frente, como um todo. A Parentalidade Generativa é por isso, um passo em frente na nossa evolução enquanto humanidade.

Os pais, ao viverem a sua melhor expressão, estão a ser exemplo para que os filhos façam o mesmo e estão também a dizer-lhes que estamos todos conectados, que o que acontece a um, acontece a todos. Os filhos sentem que são vistos, reconhecidos, que pertencem por serem quem são, sem defraudar falsas expectativas dos pais ou sociedade, acerca de quem deveriam as crianças ser. Tem sentido para ti?

Na Parentalidade Generativa os pais observam os filhos e os comportamentos dos filhos, com curiosidade, em consciência, sem julgamento, sabendo que o comportamento é apenas a parte visível de um vasto icebergue submerso e que ainda assim está a comunicar algo muito importante que quer ser visto em vez de corrigido! E em caso de dúvida, confiam no cérebro do coração, o único que conhece os sábios caminhos e no poder do agora (o único momento que temos e aquele onde está sempre tudo certo, está sempre tudo bem).

As memórias somáticas, emocionais, os padrões de comunicação e pensamento são essenciais na vivência da PG, porque são instalados nos primeiros sete anos de vida de uma criança e comandam toda a sua existência, até que deles tenha consciência.

O potencial da Parentalidade Generativa

Toda e qualquer interacção com a criança é apenas um reflexo da nossa relação connosco mesmos. À medida que as famílias se vão transformando, através da vivência da Parentalidade Generativa, outras percebem que é possível fazer o mesmo. E é assim que esta revolução silenciosa, como lhe chamo, ganha terreno. Os cérebros cardíaco, entérico e cognitivo de toda a família, ressentem-se, manifestando bem-estar emocional, físico e espiritual. O campo criativo funciona assim na perfeição. O futuro de cada família é co-criado a cada momento, no colectivo, em comunidade e cooperação e não em competição. E o mundo avança. Mesmo!

E claro, está acessível, também em formato de certificação internacional (em Lisboa e no Porto), a todos os que se comprometem em conhecer-se na sua totalidade e que querem ser o pai, a mãe, congruentes, que o seu filho precisa a cada momento.

Na base da PG está sobretudo a Programação Neurolinguística (PNL), com o foco na PNL de 3.ª geração (que obviamente integra a de 1.ª e 2ª), com os campos morfogenéticos, o coaching generativo, a consultoria generativa, os últimos avanços da neurociência, da física quântica e da epigenética.

Encontras na Parentalidade Generativa, a contribuição directa de Bruce Lipton, Gregg Braden, Dan. Siegel, Robert Dilts e JudithDeLozier, entre outros.

Como nos diz Bruce Lipton, your children genes reflect only their potential, not their destiny. It is up to you, to provide the environment that allows them to develop to their highest potential.

Como queres que o teu filho, neto, bisneto te recorde?
Como estás a ser disso exemplo?

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Qual é a fórmula certa de educar? https://www.ritaaleluia.com/qual-formula-certa-educar/ https://www.ritaaleluia.com/qual-formula-certa-educar/#respond Fri, 29 Nov 2019 13:58:41 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5092 As famílias generativas, praticam a parentalidade com PNL & Generativa, e acreditam ter uma fórmula, que pode bem ser a fórmula certa de educar. É a ciência e a PNL a caminharem lado-a-lado.

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Se eu tivesse notas de 10 Euros, por cada vez que escuto a pergunta “qual é a fórmula certa de educar?”, estava bilionária! E depois desta demanda, normalmente, segue-se uma afirmação: “Oh Rita, de certeza que a Parentalidade com PNL & Generativa criou um método cheio de fórmulas mágicas!”

Não! A Parentalidade com PNL & Generativa não criou um método, não está recheada de fórmulas e muito menos mágicas! E dito isto ainda escuto: “Então se eu educar assim estou a ser permissivo e depois os meus filhos fazem o que querem de mim!”… Respiro fundo, antes de responder.

Já partilhei contigo que: não existe a fórmula e/ ou, a forma de educar certa ou errada. Existe aquela que te faz sentido, que faz sentido à tua família e que a melhor será sempre aquela que emerge do amor e auto-estima saudáveis em vez daquela que é movida pelo medo e pela necessidade de controlo (como acontece na educação tradicional).

A Sofia Rebelo de Sousa dizia, na apresentação do meu novo livro, Gurus de Palmo e Meio, que “é uma bíblia para todos nós”. E a Sofia ainda não é mãe, mas é filha, tem pai (ainda por cima rotulado do ‘homem dos afectos’), tem mãe, irmão, sobrinhos… Tem uma família, como todos nós temos. Logo, tudo o que esta forma de vida que é a Parentalidade com PNL & Generativa nos oferece, é transversal a tudo, neste Planeta (o único que temos). Ainda que a abordagem possa, numa primeira impressão soar a espiritual (que também é, sim), ela vai mais longe e casa a ciência (ou não fosse eu cientista da comunicação, de formação) com a Programação Neurolinguística (PNL) e as práticas do coaching generativo. E todas estas artes e ciências nos revelam que não existem fórmulas universais, porque a que funciona hoje, num determinado contexto, não necessariamente funcionará amanhã, ainda que o acontecimento seja semelhante. Ainda por cima, somos seres em evolução e, portanto, o que hoje serve, amanhã está integrado e transcendido, ou seja, ganhou outra forma.

Lembro o legado de Virginia Satir, modelada pela PNL e por esta parentalidade, que nos recorda que “o maior presente que alguém me pode dar é ver-me, ouvir-me, compreender-me e tocar-me. O maior presente que eu posso dar é ver, ouvir, entender e tocar o outro. Quando isso acontece, sinto que fizemos contacto.” Portanto, conecto-me comigo, com a minha essência, com o ser divino que sou, e então, sim, estou preparado para conectar-me com os demais. Se quiseres, esta pode ser uma chave a teres em consideração e prática, diariamente, criando uma família generativa e consciente.

A fórmula certa que educa hoje, pode não ser a fórmula certa de educar amanhã

No segundo capítulo do “Gurus de Palmo e Meio” pergunto-te:

“Quando foi a última vez que alguém olhou para ti, olhos nos olhos, alma na alma e te reconheceu? Quando foi a última vez que tu olhaste outra pessoa, o teu filho, olhos nos olhos, alma na alma, e o reconheceste?”

Estamos pouco habituados a receber ou a fazer estes reconhecimentos profundos. No entanto, são imensamente férteis, generosos, conectam-nos connosco e com os outros. Nesta proposta educativa, apresento-te um exercício simples e poderoso que pratico muitas vezes, até comigo, em frente ao espelho. Em frente da pessoa que queres reconhecer, olhos nos olhos, alma com alma, com muita bondade e amor, podes dizer:

O que eu vejo em ti é ________________________________ (verbalizas o que é) e eu gosto!

O que eu sinto de ti é ________________________________ (verbalizas o que é) e eu gosto!

O que eu te desejo é _________________________________ (verbalizas o que é).

E convido-te a começares por ti, em frente ao espelho e a (re)educares-te, verbalizando, por exemplo:

“Já te disse que o que eu vejo em ti é coragem e que gosto? O que eu sinto de ti é vontade de ser exemplo de um mundo melhor e eu gosto. O que eu te desejo é ousadia e amorosidade.”

Educar pode significar transformar e o processo de transformação não implica destruir o ego, mas aprender a acolher a intenção positiva do mesmo, permitindo que parta o que está a mais, alinhando ego e alma. Estas vozes acordam a nossa vulnerabilidade. Cria a oportunidade de vivermos o mistério do milagre da vida, com autenticidade, responsabilidade, aqui e agora, os ingredientes secretos desta receita são a fé e acreditar. E estas, em última análise, serão sempre sinónimo da fórmula certa de educar. Ou, a fórmula também pode muito bem ser, não existir fórmula. Qual escolhes?

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Ciência demonstra que PNL pode mudar o mundo https://www.ritaaleluia.com/ciencia-demonstra-pnl-pode-mudar-mundo/ https://www.ritaaleluia.com/ciencia-demonstra-pnl-pode-mudar-mundo/#respond Thu, 10 Oct 2019 21:13:57 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4951 Tem sido muito interessante verificar, ao longos dos anos, que ciência vem defendendo que a PNL pode mudar o mundo. Vemos acontecer, em cada elemento das dezenas de famílias que já praticam a Parentalidade com PNL & Generativa, por exemplo. E tu, como comprovas?

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Tem sido muito bonito e relevante, ver a ciência reconhecer o que a Programação Neurolinguística (PNL) demonstra há 40 anos, demonstrando que sim, a PNL pode mesmo mudar o mundo. Uma ciência que, graças à física quântica, tem vindo a fazer as pazes com a espiritualidade, também presente na PNL e claro, na Parentalidade com PNL & Generativa. E não, PNL não é ciência, já conversámos sobre isso.

Digo bonito porque, sobretudo a última década de publicações científicas, tem por base as práticas conscientes da PNL. Ou seja, sim, podemos todos transformar a forma como pensamos acerca de nós próprios, sobre como vivemos a relação com outro, com a Terra, sobre como escolhemos olhar para a nossa relação com o passado e com o futuro.

É delicioso escutar e ler cientistas de renome mundial, como Bruce Lipton e Gregg Braden, entre outros, que aplicam os princípios da PNL. Por exemplo, ao falarem-nos da nossa história pessoal. Todos temos uma. O que acontece quando a resignificamos?

“Se resignificares a tua história, mudas a tua vida!”

Como vivemos todos interconectados, porque somos natureza, se cerca de oito milhões de pessoas que habitam o Planeta, resignificarem a sua história pessoal, “mudamos, necessariamente, a história colectiva. Por outras palavras: mudamos o mundo!”, garantem os investigadores.

Sabemos, porque sentimos todos, de uma forma ou de outra, que os tempos que vivemos são marcados por instabilidade, medo, ansiedade, na verdade, caos. Estamos mergulhados num ciclo de mudança planetária. Para os que têm famílias, ainda que procurem uma mudança, entra-lhes diariamente, porta dentro, vestígios de uma educação que apesar de obsoleta permanece vigente. E esta é uma situação transversal a todos os continentes. Ora, vivendo uma vida a partir dos pressupostos da PNL, como te propõe a Parentalidade com PNL & Generativa, é possível activar todos os recursos internos para quebrar este padrão, com confiança e sem danos colaterais maiores. E o momento é agora!! A mudança é inevitável, a ciência garante que não é possível travá-la (e por um lado, ainda bem), logo, a opção pode ser a de escolheres, conscientemente, como vais viver essa mudança!

Rita Aleluia em entrevista a Bruce Lipton e Gregg Braden, no evento Life Strategies, em Roma

A ciência lembra-nos o mesmo que a PNL, ou seja, para que ocorra renovação num sistema, é imperativo chegar-se ao caos. Um padrão tem que destruir-se para dar lugar a um novo. É aliás, assim, que a natureza funciona e cria mudanças. Só desta forma é possível emergir uma nova ordem. Se observares com atenção, és capaz de verificar, que pouco a pouco, os sistemas que estão a vir abaixo, são aqueles que são insustentáveis.

A PNL também nos diz que mente e corpo são um só, são uma unidade cibernética. A ciência demonstra agora, que todas as experiências pelas quais passamos, boas ou menos boas, são recordadas em dois órgãos do nosso corpo, no cérebro (cognitivo) e no coração (cérebro cardíaco). É por isso que investires no teu auto-conhecimento é tão importante. Quanto melhor te conheceres, menos medo vais sentir da mudança. E mais, quanto melhor te conheceres, menos medo tens do teu infinito poder!

Tu és muito, mas muito mais do que imaginas ser!

Esta é para mim uma verdade, que sinto e vivo diariamente, desde que comecei a caminhar no meu desenvolvimento pessoal. Somos todos criadores, não somos vítimas. E não é um clichê, hoje, já te posso dizer com todas as letras, não é só PNL, é ciência!!

Uma vida que assenta no melhor que a PNL tem para te oferecer, em práticas generativas, recorre à harmonização, que cria coerência e alinhamento entre os neurónios do cérebro e os do coração. Cria também estados de resiliência e de curiosidade (sem julgamentos). E é tão simples. Estas práticas criam congruência que produz alinhamento entre o estado bioquímico e o estado biofísico. A sensação é de um enorme bem-estar e leveza. Sabemos que o alcançámos porque sentimos um estado que é absolutamente natural para nós. Por serem fundamentais para o nosso dia-a-dia, estão também presentes na Certificação Internacional PNL Practitioner em Parentalidade & Educação Generativa e no meu novo livro, quase, quase nas livrarias.

Esta nossa conversa vai continuar, este é só o primeiro capítulo. Por hoje, quero lembrar-te que somos o animal das crenças. Se acreditas que podes ser e fazer a diferença, podes mesmo. E, assim como criamos e acreditamos na NLP University, e a ciência demonstra agora, quando o fazes em comunidade é, não só mais rápido, como eficaz, com um alcance infinitamente maior.

Estamos juntos, por um mundo melhor!

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Programação Neurolinguística, ciência e espiritualidade com Bruce Lipton e Gregg Braden https://www.ritaaleluia.com/pnl-ciencia-espiritualidade-bruce-lipton-gregg-braden/ https://www.ritaaleluia.com/pnl-ciencia-espiritualidade-bruce-lipton-gregg-braden/#respond Wed, 25 Sep 2019 04:34:03 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4904 Bruce Lipton e Gregg Braden, em entrevista a Rita Aleluia, em Roma. PNL, ciência e espiritualidade, podem salvar o Planeta e a Humanidade. O poder está no coração de cada ser humano e nas famílias.

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Um novo mundo emerge diante dos nossos olhos, enquanto o mundo insustentável do passado luta para subsistir, e aqui, a Programação Neurolinguística (PNL), a ciência e a espiritualidade caminham de mãos dadas sendo a diferença que faz a diferença, como nos garantem os dois cientistas mais influentes da actualidade, Bruce Lipton e Gregg Braden.

Por Rita Aleluia

Bruce Lipton e Gregg Braden, os dois cientistas mais influentes do mundo na área da biologia e da espiritualidade, são amados ou odiados, não encontram o meio termo, sobretudo na comunidade científica. O trabalho que ambos desenvolvem associa corpo e consciência, indivíduo e universo, e mudou radicalmente a forma como milhões de pessoas veem o mundo, elevando o nível de consciência humana global. Convidados pelas Nações Unidas para revelarem aquilo a que chamam a Nova Ciência, acreditam que podemos salvar o Planeta se criarmos comunidades conscientes. Afinal, “temos todo o potencial dentro em nós” e somos muito mais do que aquilo que acreditamos ser, asseguram. Dois cientistas que se unem para espalhar a poderosa mensagem do amor, com ética e profissionalismo, recordando que, por ser uma mensagem com base científica, está em evolução e que o que apresentam hoje como verdade, amanhã poder ter recebido um avanço.

Lipton, é uma autoridade mundial no campo da relação entre biologia e comportamento. Doutorado em biologia, defende que não é a genética que determina a nossa condição, mas sim, as nossas crenças e os factores ambientais associados. O cientista é o autor do best seller “A Biologia das Crenças”, livro que venceu o prémio de “melhor livro de ciências” nos Estados Unidos. As suas pesquisas são de enorme contributo para o desenvolvimento da Epigenética. Lipton que é também conferencista mundial, desafia a que cada pessoa se torne o comandante do seu destino, em vez da vítima dos seus próprios programas e explica, passo-a-passo como fazer para lá chegar.

Gregg Braden, por cinco vezes autor best seller do New York Times, os seus 12 livros estão publicados em mais de 40 idiomas. É conhecido internacionalmente por fazer a ponte entre a ciência, a espiritualidade e o potencial humano. O Watkins Journal do Reino Unido, coloca Gregg, pelo 5º ano consecutivo, entre as 100 “pessoas vivas espiritualmente mais influentes do mundo”. É candidato ao prestigiado Prémio Templeton 2019 criado para homenagear “indivíduos de destaque que dedicaram os seus talentos a expandir a nossa visão do propósito humano e da realidade suprema”.

Rita Aleluia em entrevista a Bruce Lipton e Gregg Braden, no evento Life Strategies, em Roma

Ambos os cientistas defendem uma lei básica da física, da energia e da ressonância, o que colocamos fora, regressa para nós. Comportamento gera comportamento. Somos amplamente influenciados pelo ambiente, o mesmo que só conhece caos ou coerência. “Cada ser humano é uma parte de Deus. Tu és um criador! E a física quântica demonstra-o. O amor é a chave”, revela-nos Bruce Lipton. Além disso, “quanto melhor nos conhecemos, menos medo sentimos das mudanças, menos medo sentimos do outro, menos medo sentimos do nosso poder pessoal”, remata Gregg Braden.

“Estamos perante a extinção eminente da humanidade.”
Bruce Lipton

Encontramo-nos em Roma, durante um seminário organizado pela Life Strategies. Bem-dispostos ao longo de toda a nossa entrevista, deixam alertas sérios e a fórmula para criar um novo mundo. Bruce Lipton recorre a um ditado antigo, citado tantas vezes por Einstein, para lembrar que “conhecimento é poder, e a ausência de conhecimento é ausência de poder. O conhecimento que tem vindo a ser transmitido não está correcto. Causa separação. E toda a história da Evolução é acerca de Comunidade. Portanto, neste ponto, estamos a avançar no sentido oposto ao da Evolução. Como podemos observar diariamente, os sistemas estão em modo de quebra, no Reino Unido, nos Estados Unidos, por todo o lado. A única razão para que isso esteja a acontecer é pelo facto de estarmos a perante a extinção eminente da humanidade. E somos nós que estamos a criar essa destruição pelo facto de não sabermos quem somos, e quão poderosos somos, e o que representamos. Se quisermos salvar-nos, primeiro temos que salvar o Planeta e é importante que reconheçamos que vamos na direcção errada. Afinal, somos nós quem está a destruir o Planeta e nós somos parte da natureza. Quando nos separamos da mesma, então estamos a criar o início do problema. Somos natureza! Temos regras como a natureza e temos que as seguir! Quando a natureza é destruída, os seres humanos são destruídos, precisamente, porque somos natureza! Estamos perante um grave problema planetário. A Teoria de Darwin contribuiu e muito para esta situação, porque o foco está na competição, na luta homem-homem, pelo poder. Esta é a teoria errada da evolução. O problema foi criado pela Teoria de Darwin. A nova teoria, vai mais ao encontro de Lamarck, o francês, mais correcto que o inglês, Darwin”, diz com uma gargalhada. E continua, “a relevância de tudo isto tem a ver com o facto de que, não são os genes que nos dão poder, é a consciência que nos dá poder. Eles (a maioria da comunidade científica) querem consertar os genes, mas mais importante do que isso, é ampliar a consciência. E é isso que o Gregg e eu andamos a fazer pelo mundo, a elevar consciências, a dizer que o futuro está na harmonia e nas comunidades. O que procuramos fazer agora é quebrar a estrutura, precisamos de construir uma nova. Mas não pode ser edificada nas fundações da competição, da violência. Precisamos que os governos venham abaixo e está a começar a acontecer. O governo norte-americano está a cair, o governo britânico também, até na Alemanha com a asa direita e a asa esquerda, estão a cair. E isso é um bom sinal! Porque não se pode construir com base numa má fundação. Portanto, primeira coisa a fazer, quebrar o sistema, a seguir construir uma fundação melhor.”

Rita Aleluia com Bruce Lipton e Gregg Braden

Rita Aleluia (RA) – As pessoas, em geral, andam ansiosas e receosas, captam a informação na inteligência colectiva do campo universal, certo? Isso torna o ser humano menos inteligente?

Gregg Braden responde na linha de pensamento do colega e amigo, a quem chama irmão – “é um jogo muito perigoso, o que tem vindo a ser jogado a nível global, porque tem condicionado a forma como as pessoas pensam acerca de si mesmas. E aqui, os meios de comunicação social têm jogado amplamente este jogo! As pessoas estão a ser polarizadas e divididas, o que lhes retira poder pessoal. A maioria dos meios de comunicação estão a focar nos problemas que nem sequer existem, na verdade. E é assim que criam os problemas. Pretos contra brancos, homens contra mulheres, cristãos contra muçulmanos, ricos contra pobres… As pessoas não estão a perceber que fazem parte deste jogo, que estão a sucumbir à propaganda e acreditam em tudo o que lhes é dito. E enquanto nos reduzirmos a continuar a combater uns contra os outros, não funciona. Não podemos impor a paz, ela não vai funcionar, porque ela não vem de dentro de cada ser humano. Podes colocar em vigor uma lei que diga que é ilegal protestar, que é ilegal fazer mal ao próximo, mas o sentimento de fazer mal e de protesto vai permanecer vivo dentro de quem o quer fazer.” O cientista chama a atenção para o facto de a história ser cíclica, “não é linear” o que nos permite retirar grandes aprendizagens e escolher agir de forma distinta do que foi feito no passado. “Vivemos um ciclo onde as novas ideias são bem-vindas – desde que sejam verdadeiras, bem estruturadas, com bases sólidas, não teorias – porque vivemos num ciclo de caos e as pessoas querem mudança”, diz.

RA – É então, uma questão causada pelos humanos e que pode ser igualmente resolvida pelos mesmos, Gregg?

Gregg Braden – Ah, é aí que a ciência entra em cena, de uma forma super interessante! (os seus olhos azuis ganham tamanho e ainda mais brilho). Sou licenciado em geologia, sou um cientista, procuro ciclos no tempo e observo a nossa relação com o Planeta a um nível celular. O que sabemos é que estamos a viver um período raro de ciclos em conversão, que estão a criar mudança, que por sua vez cria resistência! Ciclos em três áreas distintas: no clima, na economia, conflitos humanos. Todos eles seguem um ritmo natural. Estamos nesse ciclo. Esta é a causa pela qual as pessoas sentem disrupção.”

Gregg Braden no evento Life Strategies, em Roma
© Life Strategies

RA – Se somos criadores, como podemos agir?

Gregg Braden – “A ciência também demonstra que o campo magnético da Terra é um poderoso agente, catalisador em termos de como funcionamos todos em conjunto. A chave é a criação de comunidades! A ciência revela que, quando o campo magnético da Terra está alto, os humanos estão mais cooperantes, menos agressivos e que quando o campo magnético está baixo, acontece precisamente o oposto, tornamo-nos menos cooperantes e muito mais agressivos. Esta informação é crucial, porque o campo magnético planetário está em declínio e nós vivemos neste ambiente. Ora sabendo isto, estando conscientes, podemos escolher não permanecer, nem irmos por arrasto para o fundo.”

“O nosso coração é o gerador biomagnético mais poderoso que temos no corpo e está directamente ligado ao campo magnético da Terra!”
Gregg Braden

RA – Como podemos inverter este ciclo de catástrofe?

Gregg Braden – A ciência demonstra também, que o nosso coração é o gerador biomagnético mais poderoso que temos no corpo e está directamente ligado ao campo magnético da Terra! Quando nos juntamos, seja com indivíduos ou em comunidades maiores, e praticamos o exercício de alinhamento do coração com o cérebro cognitivo, como nos explica o HeartMath Institute, no Norte da Califórnia, influenciamos de imediato o campo magnético do Planeta. Podemos criar intencionalmente um campo magnético elevado, se vivermos com base no nosso coração, através de processos de alinhamento da mente cardíaca e cognitiva. Esses campos magnéticos elevados, são seguramente mais cooperantes, mais capazes de resolverem os desafios e problemas que surjam. É aqui que a ciência e a espiritualidade caminham juntas, de uma forma tão bonita. As tradições ancestrais de muitos povos à volta do mundo, sempre falaram desta forma de vida com base no coração, mas não conheciam a ciência.

RA – O que a ciência nos diz é que ao aumentarmos os níveis de consciência, aumentamos o poder do campo magnético da Terra, é isso?

Gregg Braden – Sim. A ciência diz que quando o nosso foco está e emerge do nosso coração, aumentamos a nossa consciência enquanto seres humanos, colectivamente e isso estabiliza e aumenta o campo magnético da Terra.

RA – Quais são as evidências científicas disso?

Gregg Braden – No dia 11 de Setembro de 2001. No dia a seguir à tragédia que vitimou milhares de pessoas nos EUA, com o ataque às Torres Gémeas, ao Pentágono, na Pensilvânia, o campo magnético o Planeta estava muito alto. A ciência acredita que a causa está nos milhões de corações, de pessoas que em todo o mundo, saíram das suas cabeças e sentiram emoções vindas dos seus corações. Algumas sentiram medo, outras preocupação, houve quem sentisse tristeza… Mas, em qualquer dos casos, foram emoções com base na energia do coração. Nesse mesmo dia, o satélite mostra claramente que o campo magnético sofreu um pico. Foi quando os cientistas decidiram investigar na história e descobriram que não era a primeira vez que acontecia. Quando a Princesa Diana faleceu aconteceu o mesmo, assim como em eventos desportivos de massas. Milhões de pessoas focadas, em simultâneo no mesmo acontecimento e o campo magnético da Terra dispara. Portanto, quando criamos comunidades e forma de vida, com base no nosso coração, estamos não só a ajudar-nos individualmente, como a contribuir colectivamente para aumentar a potência do campo magnético, criando um ambiente harmonioso, um mundo melhor.

“70% dos programas instalados na infância, retiram o poder pessoal às crianças.”
Bruce Lipton

RA – E qual a influência da Nova Ciência nas nossas famílias e forma de educar, na parentalidade, especificamente?

Bruce Lipton – Muito interessante! A primeira coisa que temos que compreender é que antes de uma criança estar consciente ela tem que ter um programa. É mais ou menos como um computador, eu posso ligar o computador, mas se não tiver um programa instalado, nada acontece. Portanto, o cérebro é como o computador e os pais programam-no e fazem-no nos primeiros sete anos da vida de uma criança! Depois, 95% da vida dessa pessoa, emerge desses programas. Logo, se os programas instalados não lhe dão poder, se lhe retiram poder, o resto da sua vida vai ser mesmo muito pobre. E 70% dos programas instalados na infância, retiram o poder pessoal! O poder da auto-cura, o poder de controlar a vida e as suas experiências. Perdemos essa capacidade porque nos instalam programas negativos e como eu disse, reafirmo, 70% dos programas são negativos! Se os pais tiverem esta consciência, se tiverem a consciência de que as palavras que dizem aos filhos determina o seu futuro, podem então, criar crianças mais poderosas, inteligentes, saudáveis, crianças que nos ajudem a evoluir! Temos que sair das nossas limitações! Fomos programados para sermos vítimas e isso significa menos poder! Temos que dar o poder às nossas crianças, é assim que criamos um futuro melhor!” Gregg Braden, acena com a cabeça concordando, e agarra a deixa para continuar: “há infinitas possibilidades de resposta a esta questão. A melhor ciência dos séculos 20 e 21, diz-nos, e as mais recentes descobertas revelam que a natureza assenta no modelo de cooperação e não de competição, como erradamente nos ensinaram. A maior de nós, e a nossa geração, crescemos com a fórmula da competição para sermos bem-sucedidos. Nos Estados Unidos utilizamos uma expressão menos bonita para ilustrar esta realidade – mundo de cão. As crianças, ainda pequeninas, quando vivem perfeitamente inconscientes, começam a olhar para os pares como seus adversários e a sentirem-se superiores a outros. Portanto, o que se faz é ensinar as crianças a viverem num mundo competitivo, quando deveria ser o oposto e ensina-las a viver num mundo onde a natureza é nossa amiga, não nossa inimiga, uma natureza da qual somos parte em vez de ensinar-lhes que vivem separadas do mundo que as rodeia. Desta forma, as crianças começariam a pensar e conseguir resolver as questões de outra forma. E a ciência continua a revelar descobertas incríveis como a de que na tecnologia da linguística e da neuro-linguística, as palavras que usamos, determinam como os neurónios se conectam, como é que pensamos e ainda mais revolucionário, do que somos capazes de pensar! Benjamin Whorf, um linguista do início dos anos 20, do século passado, investigou as línguas indígenas e descobriu que, ao usarem palavras de união, como por exemplo – esperança – os seus corpos apresentavam-se mais saudáveis. Estas pessoas sentiam-se parte do jardim, parte do mundo natural, não estavam no mundo para o explorarem e dominarem. Estas duas práticas, que a ciência já comprou, podem ser importadas para a parentalidade, porque este é o pensamento que nos conduz ao sucesso enquanto humanidade e novo mundo, que está agora a emergir.”

“A comida retira-nos anos de vida! Nós morremos por causa da quantidade de comida que ingerimos!”
Bruce Lipton

Bruce Lipton no evento Life Strategies, em Roma
© Life Strategies

E como a conversa é como as cerejas, acabámos a falar, precisamente sobre o impacto da alimentação, nas nossas vidas. Bruce Lipton é perentório e garante que uma das coisas mais importantes que devemos compreender acerca da comida, é que quando a ingerimos, “não tem a ver com o nosso corpo, porque o sistema digestivo é um tubo e daí não sai nada para o corpo. Mas sabemos que é a nossa consciência que determina o que retiramos da comida que ingerimos. Ou seja, podes comer “comida de plástico”, e se a tua consciência for suficientemente forte, nada disso te faz mal à saúde, ou podes comer a comida mais saudável, como por exemplo, quando alguém tem cancro é recomendada uma dieta especial, mas isso pode não ajudar este paciente, se na sua mente não quiser curar o cancro, não vai ser essa dieta a fazer a diferença. No Sul dos Estados Unidos, existem comunidades religiosas que usam rituais de prova, assim lhes chamam, autoproclamam-se ecstasy’s religiosos. A intenção é provar quão poderoso é Deus. Alguns destes líderes religiosos brincam com cobras venenosas, e são mordidos pelas mesmas, e sabes? Não lhes acontece rigorosamente nada! Outros ingerem veneno, com a crença de que – Deus protege-me – e não são afectados pelo veneno! Portanto, o que nos afecta está no que pensamos acerca do assunto, está na nossa consciência. Algo igualmente importante, é o facto de que acreditamos que precisamos de comer para repor a nossa energia. É uma espécie de equação (errada) – eu como, faço a digestão – reponho a energia – Falso! Apenas 10% da nossa energia provém dos alimentos que ingerimos, 90% vem do meio ambiente, e do download dos nossos programas. Na pele, temos um pigmento, a melanina, que é um cristal que capta a energia do meio ambiente e a transforma em energia biológica. É por isso que as pessoas como os breaderian não ingerem comida e ainda assim, têm a mesma energia que as restantes populações. Isto significa que a ideia que temos acerca da comida, é também um problema, já que conduz à destruição do Planeta, como a destruição da floresta Amazónica, com o objectivo de produzir maiores quantidades de alimentos. E partilho uma verdade muito simples – a comida retira-nos anos de vida! Nós morremos por causa da quantidade de comida que ingerimos! A digestão provoca combustão, e quando queimamos a comida, neste processo, retiramos energia, mas sobretudo toxinas e radicais livres e são eles que destroem as células do cérebro. O resultado de inúmeros estudos demonstra que pelo facto de ingerir menos quantidade de comida um animal aumenta para o dobro a sua esperança média de vida.”

Bruce resume dizendo que “se alterarmos a mente (as nossas crenças), alteramos a química (do corpo)”. Afinal, segundo o mesmo, a função da mente é a de transformar a crença em realidade. Ainda a propósito deste tema específico, Gregg Braden adiciona que “a energia é informação. O mestre Jesus, não enquanto figura religiosa, mas enquanto professor e yogi, hoje sabemos que Jesus era também praticante de yoga, quando os seus discípulos lhe perguntavam, há mais de dois mil anos, o que deveriam comer, a resposta era muito clara – aquilo que dá vida à comida, vai também dar vida ao teu corpo, e o que tira vida à comida, vai também retirar a vida do teu corpo – Logo, se comemos algo que está morto, não existem nutrientes nesse corpo. Utilizamos o micro-ondas para aquecer a comida, cozinhamos a altas temperaturas… os químicos permanecem lá, mas a essência nutricional desaparece. Se a comida vier da Terra, da horta, essa sim, é provavelmente a melhor e mais saudável que podemos e devemos consumir. Há um aspecto relacionado com os filtros da consciência e do qual ninguém fala: como é que nos sentimos acerca da comida que está a entrar no nosso corpo? Colocam-me muitas vezes a questão relativamente às plantas medicinais. Podem estas plantas auxiliar-nos a alcançarmos novos estados de consciência? Sim, podem. Se é necessário? Não! Os tibetanos, por exemplo, nunca utilizam químicos e alcançam níveis de consciência e estados cerebrais que podem ser quantificados, e que são impressionantes e inalcançáveis sequer com químicos. Eles chamam-lhes novos estados do cérebro e vão do gamma, ao híper gamma, em ciclos de ciclos.”

Antes de encerramos a entrevista, Bruce e Gregg, lembram, praticamente em uníssono que “estamos todos conectados, viemos todos da mesma fonte, somos parte dela, ela é parte de nós, tornamo-nos um, somos parte da mesma estrutura, a humanidade”.

*entrevista original publicada na edição de 22 de Setembro de 2019, na Revista D7, do Diário de Notícias M

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Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/ https://www.ritaaleluia.com/educar-criancas-fe-espiritualidade-voluntariado/#respond Wed, 17 Apr 2019 21:29:18 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4315 A Parentalidade com PNL & Generativa propõe-te uma fé (e não te falo de religião) tornada em hábitos, através do voluntariado, de mãos dadas com o teu filho. Gestos e crenças que contribuem para criarmos todos um mundo socialmente mais sustentável. Porque somos todos responsáveis e perpetuamos os nossos gestos e silêncios, pelas gerações vindouras.

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Vamos por partes, educar as crianças na fé, na espiritualidade ou no voluntariado, não é necessariamente sinónimo de religião. Estou a falar-te da força de acreditar e de entrega a ti e ao próximo. Sei, por experiência, que vivencio desde que me lembro de existir, que há algo maior do que nós, que temos esse todo em cada um e que somos todos um. Nada disto são clichés e estão já demonstrados pela ciência. Se me acompanhas nesta jornada, na Parentalidade com PNL & Generativa e na Liderança Consciente, sabes que o legado do poeta sufi, Jalal ad-Din Rumi, está presente em todos os contextos da minha vida. Assim, sei que “não sou uma gota no oceano, sou todo o oceano numa gota.” É o mesmo princípio. A própria ciência já concluiu a importância da fé nos processos de cura e recuperação.

A PNL e a noção de espiritualidade e fé

Na PNL de 3.ª Geração, que nasce com Judith DeLozier, mãe da PNL e com Robert Dilts (co-autor), na NLP University, emerge a noção de espírito. Está na base do trabalho generativo, da mudança generativa, do coaching generativo, da consultoria generativa. Mais uma vez, não no sentido religioso, mas enquanto experiência subjectiva, algo que vai para além de mim. A ciência através da física quântica progride nesse sentido e tem vindo a comprovar a existência de sistemas e de que acontecimentos imprevisíveis emergem dos mesmos. É aqui que entram também os campos morfogenéticos, investigados sobretudo pelo biólogo Rupert Sheldrake. Sheldrake explica-nos que tal e qual como todos os animais que vivem em bandos, nós, humanos, estamos conectados por um campo de informação, compartilhado por todos. A aplicação terapêutica dos campos mórficos em humanos surge nas Constelações Sistémicas Familiares. Ou seja, o que acontece a um elemento de uma família, tem impacto em todos.

Educar as crianças na fé, na espiritualidade e no voluntariado contribuiu para um mundo mais harmonioso, mais justo, mais responsável

Quando uma mãe, um pai, os avós, os trisavós… são pessoas de fé (que acreditam em algo maior), que praticam uma espiritualidade consciente, que se estendem além de si, numa entrega desinteressada ao próximo, através, por exemplo, do voluntariado, essa consciência fica no campo familiar. A história fala-nos de várias abordagens a fenómenos de repetição inconsciente. Freud trouxe-nos a “alma colectiva da família”, Carl Jung o “inconsciente coletivo”, o criador do psicodrama, Moreno, descreve como sendo “co-inconsciente”. Na década de 80, a psicóloga Anne Ancelin Schützenberger cria a psicogenealogia ou psicologia transgeracional. Esta disciplina defende que os legados psicológicos familiares, os acontecimentos positivos e também os traumáticos, podem perpetuar-se durante sete gerações, não sendo apenas, fruto de aprendizagem social. É por isso que a proposta da Parentalidade com PNL & Generativa, através da curiosidade, sem julgamentos e com muita auto-compaixão, te convida a virares os holofotes para dentro de ti e a investigares se as crenças e valores que te guiam são mesmo teus ou se são padrões herdados, por exemplo.

Menina caucasiana no meio de um grupo de crianças africanas.
© Rita Aleluia

Conscientes de tudo isto, sabemos que é dando que se recebe. Que quando damos, com generosidade, estamos mesmo a criar uma cadeia. Somos todos responsáveis. Se podes estar ao serviço da humanidade, levar algum conforto a quem no momento não tem, alguma paz, serenidade, sorriso, um abraço, pois que assim seja e que as crianças acompanhem. Não tens que ter dinheiro para fazer voluntariado, basta que vás, o mais inteiro possível e solidário. Bondade gera bondade. Amor gera amor.

Passar a fé às crianças através dos actos

Qualquer que seja a tua fé, assenta certamente no mesmo princípio que reside na raíz de todas as confissões religiosas, o do amor universal. A certeza de que existe um(a) criador(a), tenha ele(a) o nome que tiver e de que não estás nem sozinho, que caminhas em conjunto, que não estás aqui por acaso.

Como diz o Papa Francisco, por quem nutrimos um carinho especial, pelo seu elevado nível de consciência e humanismo: “A fé é vida. Quando a fé se concentra exclusivamente nas formulações doutrinárias, há o risco de falar apenas com a cabeça, sem tocar o coração. Nós não podemos ser doutrinadores ou ativistas; somos chamados a realizar a obra de Deus, na ‘proximidade’: unidos a Ele, em comunhão entre nós, junto aos nossos irmãos. ‘Proximidade’: aqui está o segredo para transmitir o núcleo central da fé, não um aspecto secundário. Escutar, tornar-se próximo”.

Na nossa família optamos por mostrar às nossas filhas, in loco, o que acreditamos ser o melhor de cada religião que vai ao encontro dos nossos valores e que, de alguma forma, contribuiu para ver nascer no mundo o que queremos que aconteça, cooperando para um desenvolvimento social sustentável e justo. Somos católicos, mas acreditamos e praticamos tanto de outras confissões. Gostamos que as nossas crianças sintam o poder do Budismo, do Hinduísmo, do Judaísmo, do Islão, entre outros. Elas sentem que afinal, somos todos muito mais semelhantes do que possa parecer, somos muito além dos rótulos que as religiões decretam. Como gostamos muito de viajar em família, aproveitamos para visitar e orar em templos e oferecemos serviços (tão singelos) de voluntariado em templos na Malásia, na Tailândia, no Japão e na Indonésia. Queremos regressar em breve. Também o fizemos em África, junto de irmãs Salesianas e ONG’s. Fazemo-lo em Portugal (naturalmente). É tão simples, tão incrivelmente poderoso e preenche-nos com a crença soberana de que vale tanto a pena ser humano, de que temos mesmo muito para contribuir, de que podemos e somos (cada um de nós) a diferença que faz a diferença. De que o mundo é maravilhosamente multi-cultural, de que o mapa não é, definitivamente, o território, que somos atraídos pelas semelhanças e crescemos com as diferenças e de que juntos vamos mais longe.

Rita Aleluia com família e amigos, frente a um templo na Indonésia.
© Rita Aleluia

O poder do voluntariado na tua vida, na vida do teu filho, na vida do Planeta

“Sempre que adiamos um gosto nosso pelo bem dos outros, especialmente dos mais frágeis, ou das nossas raízes, como são os nossos avós e idosos, o Senhor nos devolve na proporção de cem por um. Porque, em generosidade, ninguém O pode vencer; no amor, ninguém O pode superar.”
Papa Francisco

Às vezes, tantas, a oportunidade de o fazeres está dentro da tua casa, na porta ao lado, na rua onde vivem. Estás a colocar o foco na solução, a criar pensamentos positivos, actos empoderadores. A sociedade actual tende a desperdiçar demasiada comida, bens de primeira necessidade, roupa, calçado. Pode ser interessante, tu e o teu filho, juntarem-se a fazer um levantamento de tudo o que têm e, na realidade nem precisam. Selecionarem o que está em condições e a quem querem oferecer. E podem fazê-lo presencialmente ou em anonimato. As crianças adoram (os adultos também) e crescem com o sentimento de que são parte, merecem e contribuem para o bem-comum. Em Thich Nhat Hanh, “The Next Buddha May Be A Sangha” pode ler-se: “Shakyamuni previu que o próximo Buda seria Maitreya, o Buda do amor … É possível que o próximo Buda não tome a forma de um indivíduo. O próximo Buda pode assumir a forma de uma comunidade, uma comunidade que pratica compreensão, bondade e amor, uma comunidade que pratica uma vida consciente. E a prática pode ser realizada como um grupo, como uma cidade, como uma nação.”

É o sentido de Inteligência Colectiva em acção, onde 1+1=3! É a noção de que ao contribuir positivamente com um pequeno gesto, estamos a instalar o princípio e tem repercussões planetárias. Perceber que o outro existe, que tem desafios tão grandes, permite-nos estabelecer empatia e retira-nos do umbigo, onde facilmente podemos cair, nos dias que correm. Afasta-nos da indiferença, que essa sim, mais perigosa e letal do que ódio.

“A indiferença é uma paralisia do coração.”
Santo Agostinho

Até já.

Com amor,

Rita

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