Equidade • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/equidade/ Awakening People Fri, 14 Aug 2020 09:53:46 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Equidade • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/equidade/ 32 32 Diferença é igual a beleza na Parentalidade Generativa https://www.ritaaleluia.com/diferenca-igual-beleza-parentalidade-generativa/ https://www.ritaaleluia.com/diferenca-igual-beleza-parentalidade-generativa/#respond Fri, 14 Aug 2020 07:30:56 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5996 Diferença é igual a beleza é o 5.º princípio da Parentalidade com PNL & Generativa, um legado de Virgínia Satir, a mãe da terapia familiar sistémica que pauta muito do trabalho da PG.

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Todas as pessoas são diferentes, esta diferença é sinónimo de beleza e é também o 5.º princípio da Parentalidade com PNL & Generativa (PG). Muitos de nós escutámos, quando crianças, que devíamos apreciar e respeitar as pessoas diferentes de nós. Segundo Frank Pucelik, co-criador da Programação Neurolinguística (PNL),  “a maior parte das pessoas aprendeu que a diferença é algo negativo e em vez de respeitar e honrar a diferença, teme-a e julga-a.” Como? Assim:

– “Aquela pessoa tem um turbante na cabeça, é estranha!”
– “Aquele homem tem uma cor diferente e uma barba muito comprida, cuidado com ele!”
– “Aquela pessoa tem umas crenças muito estranhas sobre Deus, não tem nada a ver com as nossas, cuidado!”
– “Aquele miúdo atirou-se para o chão aos gritos, quando ouviu um carro, é um mal-criado!”
(…)

E esta crença, acerca da diferença, “é a origem de todas as guerras, de todos os conflitos humanos”, garante Pucelik. E prossegue recordando que “no momento em que etiquetamos de estranho, alguém que é diferente, então, passa a ser um alvo a eliminar!”. E esta “é a crença mais destrutiva da espécie humana!”

“Não devemos permitir que as percepções limitadas de outras pessoas nos definam”.
Virginia Satir

A Parentalidade com PNL & Generativa celebra a diferença

Precisamos da diferença para que exista Vida no Planeta!

E não, nem sempre é fácil aceitar algumas diferenças. Enquanto mãe de duas filhas, uma com rotulo de deficiente e outra não, sei o quão desafiante pode ser. E sei também que é possível ultrapassar! Não temos que concordar, basta que aceitemos e respeitemos que a diferença existe.

Virgínia Satir, a mãe da terapia familiar sistémica, modelada pela Programação neurolinguística, é uma das guias da Parentalidade com PNL & Generativa. Curiosamente foi Frank Pucelik quem dos três co-criadores da PNL, mais tempo passou a seu lado, a estudar o seu trabalho e a modelá-la. E Satir lembrava, vezes sem conta, que “em todo o mundo não há ninguém exactamente como eu, embora haja pessoas que tenham partes que se parecem comigo. Portanto, tudo que sai de mim é autenticamente meu, porque eu assim o escolhi”. Podes ler aqui o maravilhoso poema da auto-estima, de Satir.

Cada um de nós percorre um caminho e tem uma história pessoal. Assim, comparar-se não serve para nada: não estamos nunca em igualdade de condições. Apreciemos, pois, a autenticidade que levamos dentro de nós e que nos permite ser parte do todo.

Devemos ter todos as mesmas oportunidades, ser tratados de igual forma. Ainda assim, há pessoas que para ter a mesma oportunidade terão que se esforçar mais, precisamente por serem mais diferentes que os demais. E é aqui que entra na equação a igualdade – oferecer a todos as mesmas oportunidades e sobretudo, a equidade – ser justo conforme a situação. Ou seja, a equidade diferencia-se da igualdade por se aplicar de acordo com as necessidades de cada um, por ser inclusiva. E é essa que mais ressoa na Parentalidade com PNL & Generativa. É assim que as famílias generativas honram e celebram as diferenças, através da equidade!

Se ainda não conheces os restantes 9 princípios da Parentalidade com PNL & Generativa, convido-te a que leias os artigos sobre os 4 primeiros e sintas o impacto de cada um deles na tua vida:

1 – Mapa & Território;

2 – Respeito;

3 – Comunicação é manipulação;

4 – Resistência é poder.

Tem presente a tua liberdade de ser e fazer diferente! Relembro as cinco liberdades, também legado de Virgínia Satir, que trouxe para a PG.

Que possamos sempre viver autênticos, congruentes, livres de comparações e inclusivos!

Só assim o mundo avança!

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Girls Power em ação! https://www.ritaaleluia.com/girls-power-em-acao/ https://www.ritaaleluia.com/girls-power-em-acao/#respond Thu, 15 Nov 2018 17:04:25 +0000 http://www.ritaaleluia.com/?p=3644 O que será que a Conscious Systems e a Parentalidade e Educação com PNL têm a ver com o ‘Girls Power’? Tudo! Deixo-te, com leveza, alguns tópicos que merecem uma profunda reflexão. Tópicos que são Direitos Humanos. Que são Inclusão! É de Vida que te falo. Das nossas meninas, dos nossos meninos, de nós. Respira fundo e vem daí!

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Ups, a fotografia está forte, já sei, e é mesmo o que me vem à imagem quando falo de ‘Girls Power’ e de tudo o que envolve, pilares da Conscious Systems e da Parentalidade e Educação com PNL. Sim, quero provocar-te, para que te mexas e sintas o que é afinal este movimento generativo de mudança de paradigma.

Se há coisa que adoro fazer é sentar-me, entre mulheres, ao estilo Cavaleiras da Távola Redonda. É incrível o poder criativo, de resiliência e amor incondicional que emerge nestes encontros. Se os homens têm o mesmo poder? Certamente que sim. Só que hoje, escolho falar de Mulheres! E tu, se és homem, pai, professor, convido-te a que te sentes na nossa mesa. Isto é também sobre ti. Acredito que te vai saber mesmo muito bem, este nosso repasto.

Está já provado que quando as mulheres têm oportunidades, iguais oportunidades, quando são saudáveis, quando têm acesso à educação e fazem livre e conscientemente as suas escolhas, surgem benefícios, em muitas outras áreas, como a redução da pobreza, a educação com qualidade, e a sustentabilidade de recursos naturais. Fala-te de Direitos Humanos, de inclusão (valores da Conscious Systems).

É muito curioso como, desde bebés, somos “treinadas”, tantas vezes de forma inconsciente, para sermos cordiais, amorosas, ‘fofinhas’ e queridas, bem-comportadas (sabe-se lá o que isso quer dizer), giras. Para agradarmos e assim gostarem de nós… Demasiados rótulos, com conotações que escondem muitos e infinitos perigos!

São publicados, cada vez mais estudos, que demonstram que as meninas, ao crescerem e ao entrarem na fase da adolescência, se sentem tristes, sob forte pressão. A pressão cultural e social que quer fazer delas seres, praticamente à imagem e semelhança do que acontecia no tempo das nossas avós, mulheres ‘perfeitas’, submissas, sem voz ou vontade própria.

Pilares da Conscisous Systems e da Parentalidade com PNL & Generativa

As propostas da Parentalidade e Educação com PNL & Generativa, e os pilares da Conscious Systems, vão ao encontro da essência de cada menina, de cada menino, de cada ser humano. Falamos e praticamos a equidade de género. Tu (mulher ou homem) tens valor! Tu mereces! Tu existes!

Podes sentar-te, ainda mais confortavelmente, a tomar o teu chá ou chocolate quente, que a época já convida e é o que vamos fazer no nosso Hygge Life Retreat (não é desse que te falo agora). Deixo-te alguns tópicos que sinto merecerem uma profunda reflexão, neste mundo de meninas, mulheres, meninos e homens. Para que todos vivam uma Vida autêntica e congruente, com voz e gestos activos, para que coloquem no mundo, os seus dons e talentos, únicos e necessários à natural e saudável evolução do Planeta.

 «Apoiar uma mulher, é apoiar uma família, uma comunidade, um país.»

Verbalizar emoções, desejos, opiniões e necessidades

Quando nós, adultos, educamos conscientemente, praticamos igual valor, ou seja, permitimos que todos os elementos do sistema, mãe, pai, filhos, alunos e professores (no caso das escolas), expressem, de viva voz, as emoções, desejos, opiniões e necessidades. Aprendemos assim a dialética, a questionar, de forma poderosa! E é assim que as meninas, futuras Mulheres, aprendem a dizer não para fora e sim para dentro. É assim que os meninos, futuros Homens, aprendem a respeitar e a serem respeitados. É assim, que todos aprendem a ser autênticos, assertivos, humanos!

Rita Aleluia com um quadro branco debaixo do braço, uma mulher Girls Power

Inteligência Emocional

Numa definição simples, diz-se que é a capacidade de identificar e gerir as próprias emoções e as emoções dos outros. E está, geralmente, associada à consciência emocional, à resolução de problemas e à gestão das emoções. Se as nossas meninas aprendem que, devem vestir o papel de pacificadoras, devem evitar conflitos seja a que preço for, devem obedecer, devem ouvir e calar… Quando aprendem que emoções, como raiva e tristeza, são inaceitáveis, tendem, naturalmente a evitar senti-las.
Se a tudo isto juntarem o exemplo de mães, avós e professoras com esses mesmos comportamentos, vão crescer privadas da liberdade essencial, que é direito de todos os seres humanos, expressar-se! Estão a ser privadas de desenvolverem as competências base e necessárias para reconhecerem e gerirem as suas emoções. Vão ver a sua auto-estima destruída ou muito fragilizada, presas fáceis na equação do bullying e violência doméstica, entre outros.

«She believed she could, so she did.»

Mais vale SER do que parecer

Vivemos num mundo de aparências, com redes sociais, anúncios, capas de revista… invadidos de “beleza e perfeição” produzida. Vemos meninas, no primeiro ciclo (e dizem as últimas investigações, que são sete em cada dez), preocupadas com a aparência dos seus cabelos, unhas, condição física, se estão gordas ou magras, não numa perspetiva de saúde, mas sim: “o que os outros vão pensar de e sobre mim”. Conclusão, as meninas são reduzidas à sua imagem estética, à sua aparência em vez da sua essência. Ter consciência disto, é o primeiro passo para voltar os holofotes para o SER, em vez do parecer! Reconhecer em vez de elogiar e assim, as meninas (e os meninos), começam cedo a sentir o que são e o que vieram fazer ao mundo.

Deixa as redomas para as loiças

A tua filha não é de porcelana, ok?! Então, não tem que crescer numa redoma! Permite que se aventure em projectos e brincadeiras que, tipicamente, só porque dá jeito à sociedade, são atribuídos aos rapazes. Eu adorava trepar às árvores e liderar o grupo das meninas “contra” os rapazes (na primária, porque a seguir, e até aos 16 anos, o colégio só tinha meninas). Podes ser o exemplo de uma mãe, professora audaz, que assume riscos, ser criativa, curiosa, de uma mãe, professora que expõe, com coragem, a sua vulnerabilidade. De uma mãe ou professora, para quem a opinião de outros conta, que acolhe feedbacks construtivos e que não personaliza os destrutivos, que sabe que o que os outros pensam, tem tudo a ver com eles, não é connosco. Paradoxal? Sim. Chama-se a isto Vida!

‘Oi’?!

“Ah, agora que namora há tanto tempo, está na hora de casar e constituir família, e que seja um casalinho!…” Como?? Só porque somos mulheres não faz de nós mães, não tem que fazer. Essa é uma escolha individual, que cabe a cada mulher tomar de forma consciente. E dizendo-te isto, recordo com especial carinho, uma mulher, tão inteligente que escolheu fazer o meu curso de Parentalidade com PNL & Generativa, precisamente para saber se devia ou não ceder às pressões do marido e da família, que exigiam bebés. Não! Não cedeu, seguiu o seu coração e levou recursos activos para viver e criar felicidade na sua relação, sem a vinda de bebés. E sim, isto aplica-se a “pilotar” fogões, aspiradores e ferros de engomar… Não consta que nós, mulheres, tenhamos nascido com esse gene específico.

Nunca

Quero terminar hoje, com algo que já partilhei antes contigo, que exploramos no curso de Parentalidade com PNL & Generativa – NUNCA obrigues uma criança (menina ou menino) a beijar ou a abraçar alguém contra a sua vontade. Se o fizeres, ela acredita que o terá de fazer ao longo de toda a vida e isto pode impossibilitá-la de defender-se em caso de tentativa de abuso, por exemplo. Educa sem palmadas, sem obrigares a cumprir ordens ou ela/ ele vai acreditar que alguém, mais forte do que o próprio tem direitos sobre si, que ela/ ele não é dono do seu corpo, nem da sua vontade. Além disso, um dia, essa criança pode ser o elemento mais forte e vai comportar-se como tal, assumindo o direito de não respeitar o próximo. Respeita os limites pessoais dos teus filhos! Liberta-te da crença de que a criança te diz “não” só para te testar e contrariar. Quando uma criança diz “não”, é a sério! Conecta-te e investiga.

Despeço-me com um convite para dançares e soltares o grito: GIRLS!!!

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