Comunidades Educativas • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/comunidades-educativas/ Awakening People Tue, 02 Nov 2021 10:12:00 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Comunidades Educativas • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/comunidades-educativas/ 32 32 A educação que guia é construtora de um novo paradigma https://www.ritaaleluia.com/educacao-que-guia-construtora-novo-paradigma/ https://www.ritaaleluia.com/educacao-que-guia-construtora-novo-paradigma/#respond Tue, 02 Nov 2021 10:12:00 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8325 Talvez o desafio para os próximos anos passe pela comunidade saber como instalar uma real literacia educacional.

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Parece-me que a educação que escolhe guiar em vez de mandar, pode ser um bom indicador de evolução, porque é ela mesma construtora de um novo paradigma. Para que isso aconteça, ainda sinto a urgência de falarmos e reflectirmos, enquanto pais, professores, educadores, comunidade que somos, sobre a resistência que muitas famílias e escolas ainda apresentam relativamente a guiar as crianças, insistindo, em vez disso, no modelo autoritário de educação vigente.

Quero, antes de mais, lembrar que aos olhos da Parentalidade Generativa (Generative Parenting®) – guiar pressupõe a humildade de reconhecer que não somos detentores da verdade, aceitando o outro por quem é. Agora, quando em vez de guiar, preferimos educar, tendemos a ficar presos à necessidade de controlo e às nossas expectativas acerca da pessoa em si. Não tenho nada contra a palavra educação, eu própria utilizo-a muitas vezes, sempre com a consciência de que é apenas o meu mapa que não pode, em hipótese alguma, sobrepor-se a quem as minhas filhas (ou outras pessoas) são e aqui veem manifestar. Além disso, também uso o termo educação para falar de (re)educação parental. Portanto, não me choca utilizar a expressão nova edução, que reflecte já a presença dos adultos enquanto guias.

Que tipo de manipulação usa a educação?

Distinções à parte, ainda que a Programação Neurolinguística (PNL), como escrevi há uns meses, descreva que a comunicação é manipulação, a actual educação (autoritária) ainda persiste na manipulação ‘win – loose’. Por outras palavras, as crianças continuam a ser vítimas de adultos que demonstram e retiram amor ao seu belo prazer, utilizando para isso, ameaças, castigos, julgamentos, elogios, prémios e  recompensas. O pensamento dominante da educação é: “eu é que sou o adulto, eu é que sei educar, ela é apenas uma criança”. Que é como quem diz: “eu (adulto) tenho mais dignidade”. Tudo isto acontece mesmo depois da mãe da terapia família sistémica, Virginia Satir, nos ter demonstrado, de forma tão bonita, que as pessoas são milagres e dignas de amor.

E a ‘educar’ se destrói a auto-estima

Na mesma lógica, adultos que rejeitam a essência da criança, utilizando os métodos tão queridos da educação autoritária, que mencionei anteriormente, estão permanentemente a comunicar-lhes que elas não merecem e que não pertencem. Estão a excluí-las, a ensinar-lhes a dualidade: ‘isto é bom, aquilo é mau’. Estão a destruir-lhes a auto-estima!! E isto é usar o medo de abandono que as crianças podem sentir, a favor de adultos inconscientes. Ainda que com uma intenção positiva, há outras formas ecológicas de a satisfazer, que não estas!! Se olharmos, com honestidade, para o mundo que hoje temos, é muito claro que é o produto final desta forma de educar! Quando o grande tesouro das relações, acredito ser a conexão. É, aliás, o mote da Parentalidade Generativa: “não é sobre perfeição, é sobre conexão”.

Uma vida em busca do amor e da aceitação

O resultado da desconexão causada pela educação autoritária é que estas crianças crescem do lado do medo, em vez do lado do amor e ficam presas a uma busca incessante de aprovação externa e de serem amadas. Vão mover-se na vida por afastamento à dor e tendem a ser adultos que fazem o que for preciso para ter razão, encaixar num determinado grupo e fazer o que “for certo”. E é assim que nasce o bullying, por exemplo.

E o que resta, quando não podemos dar e retirar amor para educar?

Quando não ameaçamos, castigamos, julgamos, premiamos e recompensamos, o que podemos fazer é escolher reconhecer e ‘sponsorizar’. E não, não corremos o risco de entrar numa espiral de permissividade e desrespeito, ao escolher guiar, em vez de educar. Pelo contrário! Criamos sim, relações seguras e saudáveis, onde adultos e crianças podem manifestar as suas opiniões, desejos, emoções, necessidades, em autenticidade. Para isso, pais e professores assumem responsabilidade pessoal, integram o diálogo na relação, acolhendo com curiosidade, generosidade e criatividade as partes que ainda pedem para ser vistas, acolhidas e transcendidas. E este não tem de ser um trabalho a solo, é para isso que existem comunidades de apoio, como a da Aldeia Generativa: uma comunidade que pratica compreensão, bondade e amor, uma comunidade que pratica uma vida consciente e generativa.

Como nos diz a mãe da PNL e madrinha da Parentalidade Generativa, Judith DeLozier, a sabedoria brota quando entramos no estado de desaprender ou activamos a mente de principiante. 

Se queres saber mais sobre como criar relações generativas e guiar com a proposta da Parentalidade Generativa, então espreita o “Gurus de Palmo e Meio”.

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Parentalidade Generativa no apoio a comunidades pobres do Irão https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-apoio-comunidades-pobres-irao/ https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-apoio-comunidades-pobres-irao/#respond Tue, 05 Oct 2021 21:43:28 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=8209 A proposta da Parentalidade Generativa chegou ao Irão e apoia agora comunidades locais, educativas, empobrecidas. A ajuda chega também a crianças refugiadas, sobretudo sírias e afegãs.

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É urgente criarmos juntos, em inteligência colectiva, soluções práticas para as múltiplas crises que emergem no mundo. São urgentes respostas inovadoras, face aos desafios adicionais que temos vindo a sentir nos últimos tempos, indo ao encontro de cada pessoa e família. A nossa intervenção individual e colectiva não pode ser apenas de emergência, é realmente necessário colocarmos o foco na importância de programas e estratégias de desenvolvimento a longo prazo, que rompam os círculos de dor, sofrimento, trauma e pobreza. É importante colocar o conhecimento na prática e nos músculos. Conhecimento fidedigno que assegure o desenvolvimento das comunidades, fazendo dessa integração e inclusão um novo factor de desenvolvimento humano!

Apoiar e despertar os dons individuais e colectivos

Comecei a criar a Parentalidade Generativa, em 2010, com uma intenção muito clara, associada aos Direitos Humanos: que cada pessoa possa ser e manifestar o que a traz a este mundo! E sabemos que se para muitas comunidades esta é uma tarefa mais facilitada, para outras, os obstáculos são francamente gigantes, ao ponto de se tornarem intransponíveis, sempre não exista ajuda e cooperação externas! E aqui, falamos de inclusão! É também por isso que a equidade é tão querida da Parentalidade Generativa (Generative Parenting ®).

A importância de caminhar em Aldeia Generativa

Além dos livros que escrevo, das palestras & conferências nas quais sou oradora, em vários países e continentes, das certificações que facilito, sobretudo com o PNL Practitioner em Parentalidade Generativa (certificado internacionalmente pela NLP University California)… na Aldeia Generativa (a aldeia global de famílias e comunidades generativas) apoiamos muitas outras aldeias. Cada consultor em Parentalidade Generativa apoia, pelo menos, uma associação sem fins lucrativos. É mais uma forma de todos contribuirmos para um mundo melhor. Porque TODOS CONTAM!

Um caminho pautado por histórias que verdadeiramente inspiram

E é natural que nalgum momento todos precisemos de histórias que verdadeiramente nos inspiram e trazem à tona o melhor de nós próprios. Histórias de pessoas de carne e osso, que transformam o mundo num lugar melhor, nos palcos onde ele acontece, longe dos algoritmos e de intenções encobertas.

Lembro-me muitas vezes da história de Izzeldin Abuelaish, agora conhecido como o “Médico de Gaza”, que esteve em Portugal, no Websummit de 2017. Nasceu e cresceu num campo de refugiados de Jabalia. A mãe ensinou-lhe a importância do trabalho e os meios de sobreviver e os professores mostraram-lhe que, com dedicação e persistência, podia chegar longe. Atravessou grandes desafios para se tornar médico e dedicou-se a ajudar os mais desfavorecidos, ao mesmo tempo que trabalhava para passar uma mensagem de paz. Por fim, encontrou-se ele próprio com a tragédia, ao perder as três filhas e a sobrinha num bombardeamento israelita que atingiu a sua casa, na Faixa de Gaza. Viveu uma tragédia, e ainda assim conseguiu manter a fé, a empatia e a compaixão pelo próximo. “Não Odiarei” foi o livro-testemunho que escreveu. Recebeu vários prémios humanitários em todo o mundo e inúmeras mensagens de apoio, inclusive de judeus israelitas. Através do seu trabalho continua a promover o entendimento entre os povos, a paz e a dignidade humana. Criou a Fundação ‘Daughters for Life’ (vale mesmo a pena conhecer!)

Izzeldin Abuelaish foi o primeiro médico palestiniano a integrar o quadro de um hospital israelita e diz muitas vezes:“acredito numa melhor saúde e educação para as mulheres e numa via para o desenvolvimento no Médio Oriente”.

É uma história de amor e compaixão! De Humanidade! De alguém que escolheu o entendimento em vez da vingança, o diálogo em vez da ofensa, o amor em vez do ódio, de alguém que nunca perdeu a esperança, a mesma esperança que nós não podemos hoje perder!

Parentalidade Generativa apoia comunidades educativas empobrecidas no Irão

E é com o coração cheio de esperança que no próximo dia 28 de Outubro vou entregar uma aula muito especial, para uma comunidade de pais, professores, profissionais de saúde física, mental & espiritual, no Irão. O valor das inscrições reverte totalmente para comunidades educativas que desenvolvem escolas, em áreas muito empobrecidas neste país. Assim, crianças iranianas e muitas refugiadas, sobretudo do Afeganistão e da Síria, terão acesso a conhecimento que as ajuda a aceder aos recursos internos, co-criando recursos externos comuns, na construção de uma sociedade mais justa, equitativa e onde todos querem e podem pertencer. São sobretudo as pessoas mais vulneráveis que precisam de nós! Como dizia Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo!

Perante tanta incerteza em que o mundo está mergulhado, os nossos gestos contribuem definitivamente, para escrever o rumo da história. Pois que sejam gestos generativos! Fica agora o alento da esperança que sabe, apesar de todos os desafios, ser capaz de acolher, abraçar e escolher atitudes de cooperação, união e de paz. É assim na vivência da Parentalidade Generativa!

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