Castigos • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/castigos/ Awakening People Wed, 18 Jul 2018 16:29:59 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Castigos • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/tag/castigos/ 32 32 Educar com ou sem castigos e consequências?… https://www.ritaaleluia.com/educar-com-sem-castigos-consequencias/ https://www.ritaaleluia.com/educar-com-sem-castigos-consequencias/#respond Wed, 18 Jul 2018 16:29:59 +0000 http://www.ritaaleluia.com/?p=3344 Na Parentalidade e Educação com PNL & Generativa, abordamos também em consequências. Partilho aqui três consequências muito específicas. Lembrando que a paz começa em nossa casa e que os nossos filhos veem através de nós mas, não são nossos. Revelo-te como fazemos para educar para a cooperação e responsabilidade.

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Educar com ou castigos e consequências, eis a questão! “Nim” é a minha resposta.

Se reflectires um pouco, podes também sentir que todas as escolhas trazem acopladas consequências, mesmo as não escolhas (que acabam por ser também escolhas). É natural.

O que quero agora partilhar contigo são três categorias, muito específicas, de consequências. No curso de Parentalidade com PNL & Generativa, exploramos a necessidade de sentir se muito do que praticamos faz realmente sentido aos olhos das nossas intenções, valores e crenças, as consequências não são excepção.

  • Consequências naturais
  • Consequências lógicas
  • Castigos

Consequências Naturais

Aquelas que surgem naturalmente, sem intervenção de ninguém e que são as que acredito proporcionarem grandes aprendizagens. São as opto por praticar, sempre que é possível, ou seja, sempre que não coloca em risco a saúde, a vida das minhas filhas, de terceiros, sempre que permita a prática do respeito por todos.

Exemplo:

Se o teu filho não lanchar, naturalmente sente apetite antes do jantar.

Neste tipo de consequência, ao substituíres o julgar e criticar a criança, por empatia e sem resolveres a questão, estás a criar espaço para que a aprendizagem ocorra.

Em vez de lhe dizeres:

“Eu não te disse que ias ter fome se não lanchasses? Eu avisei-te!”…

Experimenta dizer-lhe:

“Ouço uns sons de fome na tua barriga, se calhar podes beber uma água ou chá até ao jantar, para os acalmares?.”

Consequências Lógicas

Quando existe intervenção de um adulto que decide (desde o seu lugar de calma e paz) qual a consequência a aplicar. Atenção que, uma consequência lógica é muito diferente de um castigo. Ela existe para auxiliar a criança a desenvolver e a assumir responsabilidade perante os seus actos. Há espaço para que a criança faça as suas escolhas e solucione os desafios, para que seja autónoma.

Exemplo:

O Gustavo quer continuar no jogo do iPad por mais meia hora.

Consequência:

Ao deitar não vai ter história.

Mãe abraçada ao filho que está ao colo

Castigos

Deixa-me dizer-te já: NÃO FUNCIONAM!

Por que é que os castigos não funcionam?

Porque não têm uma ligação lógica associada à situação ou ao comportamento!

Se pegarmos no exemplo do Gustavo, o castigo associado ao comportamento que teve (e sabemos que nós não somos o nosso comportamento) seria algo como: “ficas sem iPad!”

Pergunto: O que vais tirar-lhe mais (no próximo castigo)?

Sim, os castigos têm uma escala galopante.

Uma criança castigada vai desenvolver medo, vê a auto-estima destruída, sente que não tem valor, sente tristeza, culpa, raiva, perde autonomia, aprende a mentir, dissimular, ludibriar, está permanente dependente de um adulto que lhe diga o que deve ou não fazer, o que pode ou não fazer, como se deve comportar, o que está certo ou errado. Promove passividade e obediência.

Um pai, uma mãe que educam pelo castigo, fazem-no tantas vezes, a partir do seu medo, o medo ilusório de perderem o controle dos seus filhos, de não serem respeitados, reconhecidos. Reconhecendo a intenção positiva de que só queres o melhor para os teus filhos e de que fazes o melhor que sabes e podes a cada momento (como todos nós), lembro os nossos filhos veem através de nós, mas não são nossos. Logo, a necessidade de controle pode partir em paz.

No meu primeiro livro, “Mães do Mundo“, partilhei que acredito que a paz começa em nossa casa, no seio de cada família.

É por isso comum, nas minhas palestras, eu referir que as nossas crianças são os adultos que nos seguem. Pergunto sempre se queremos continuar a viver num mundo de obediência, de exclusão, onde não existe espaço para o diálogo, para desenvolver novas estratégias e obter resultados diferentes, ou se ambicionamos viver num mundo novo, onde emerge a cooperação, a inclusão, a criatividade, onde há progresso emocional e conexão?!
Escolho, sem pestanejar, a segunda opção! E tu?

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Palmadas e castigos: sim, não, talvez… https://www.ritaaleluia.com/palmadas-e-castigos-sim-nao-talvez/ https://www.ritaaleluia.com/palmadas-e-castigos-sim-nao-talvez/#respond Wed, 14 Mar 2018 20:52:20 +0000 http://www.ritaaleluia.com/?p=2549 Bater nas crianças é violência física, aumenta o risco de doença mental, torna-as propensas a apresentarem comportamentos antissociais e a apoiarem o castigo físico para os seus próprios filhos. Estes são dados científicos! Esquece as palmadas e os castigos, não combinam com educar! E a Parentalidade com PNL & Generativa defende ainda que verdadeiro problema não está a ser tratado, que a auto-estima da criança está a ser ferida, que ela não aprende a lidar com as suas emoções, nem consegue encontrar um comportamento alternativo ao que teve…

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Acredito que estamos a caminhar para terminar, de vez, com as palmadas e castigos, com punições às crianças! Ainda assim, encontro também alguma resistência, por parte de algumas famílias. Existem crenças culturais e sociais enraizadas de que não são palmadas, por exemplo, são “sacudir o pó”, de que é através dos castigos que se alcança o respeito e se responsabilizam as crianças, que só assim serão adultos estruturados…

Se resulta? Sim, MAS apenas naquele momento e com efeitos secundários muito graves!

O verdadeiro problema não está a ser tratado. A auto-estima da criança está a ser ferida, ela não aprende a lidar com as suas emoções, nem consegue encontrar um comportamento alternativo ao que teve. Tu és o modelo de excelência que o teu filho tem, logo (inconscientemente) vai modelar-te. Entretanto, a criança cresce e sabes o que vai acontecer? Isto:

Ele (ela) tem razão. Eu fiz uma grande asneira e mereço que me batam”.

Ou:

Ele (ela) é mais fraco do que eu, e posso bater-lhe para ver se acorda para a vida…

A criança que recebe palmadas e castigos vai portar-se bem apenas como estratégia de sobrevivência, por medo e não por respeito! Além disso, vai perder a confiança em ti.

«Crianças que recebem palmadas são mais propensas a apresentarem comportamentos antissociais.»
Andrew Grogan-Kaylor, cientista da Universidade de Michigan

Podia continuar a partilhar aquilo em que acredito e o que a Parentalidade com PNL & Generativa defende e reflecte, em relação a este tópico, já o fiz também no meu livro “Mães do Mundo” – A Programação NeuroLinguística ao serviço da educação com ética, faço-o nas palestras, sessões de consultoria e coaching e cursos que facilito só que hoje vou dar voz à ciência.

O que acontece então, a qualquer criança quando é exposta a palmadas e castigos? Sim, são actos de violência e que fazem cair por terra a intenção positiva de quem os pratica. Os fins, não justificam (de todo) os meios! Vou focar-me nas palmadas e deixar outros castigos para um próximo texto.

«Bater nas crianças aumenta o risco de doença mental.»
Elizabeth Gershoff, Cientista da Universidade do Texas

Criança a apontar uma pistola.

50 anos de investigação sobre as palmadas, que envolveram mais de 160 mil crianças, realizada por especialistas, na Universidade do Texas em Austin e na Universidade de Michigan, ambas nos EUA, revelam que:

  • A palmada aumenta a probabilidade de uma grande variedade de resultados indesejados para crianças. Bater nos filhos faz o oposto do que os pais geralmente querem”, garante o co-autor do estudo, Andrew Grogan-Kaylor, da Universidade de Michigan.
  • Quanto mais palmadas as crianças recebem, mais propensas são a apresentarem comportamentos antissociais e a desenvolverem problemas de saúde mental em adultos.
  • Crianças vítimas de palmadas, quando se tornam adultos são mais propensas a apoiarem o castigo físico para os seus próprios filhos.

Não vai lá com palmadas e castigos!

No estudo que durou 50 anos, a palmada foi definida como bater de mão aberta nas nádegas de uma criança, o que é geralmente visto pela sociedade como uma ação disciplinar, e não abuso físico. Só que, embora muitos pais não olhem para a palmada como violência física, os investigadores descobriram que ambos estão associados com os mesmos resultados prejudiciais para as crianças. Logo, só existem efeitos negativos!

E que “curioso” que é se pensarmos que bater num adulto é considerado agressão, bater num animal é considerado crueldade e numa criança ainda é considerado educação?…

Silhueta de adulto a advertir criança com língua de fora.

Os pressupostos da PNL dizem-nos que existem sempre várias estratégias para satisfazer cada necessidade. Ao bateres numa criança, perdes automaticamente a legitimidade para lhe dizer que ela não pode bater no outro! Se a colocares de castigo ela vai sentir que não tem valor! Há uma necessidade dela que não foi preenchida e o adulto não está a observar, está a julgar com base no comportamento. Também já te disse que não somos os nossos comportamentos, que atrás de cada comportamento há sempre uma intenção positiva e que o mapa não é o território. A necessidade do teu filho continua activa e o comportamento da criança vai persistir.

Convido-te a fazeres esta experiência

Da próxima vez que sentires vontade de levantar a mão para “sacudir o pó”- Para, respira fundo, cria o espaço entre emoção e acção, conecta-te com as tuas intenções, observa o teu filho e pergunta-te:

  • Qual é a necessidade atrás do comportamento do meu filho?
  • Que estratégias podemos desenvolver para satisfazer esta necessidade?
  • Que comunicação posso usar para gerar mais conexão?

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