Parentalidade Generativa e as 8 crenças de Virgínia Satir
Viva!
Quero agradecer a cada um de vós, pelo incrível apoio, amor, energia que colocam no ESSENCIAL. Obrigada a cada um de vós que regressa semanalmente. Eu sei que partilham os episódios com os vossos amigos. Adoro ler os vossos comentários, feedback. Adoro conhecer o que mais ressoou em cada episódio, descobrir onde ouvem o ESSENCIAL. Por isso agradeço, de coração, a curiosidade, o tempo que dedicam a escutar, reflectir, desaprender, aprender e transformar. Num processo continuo de reparentalidade, unidade e crescimento.
Acredito mesmo que o tempo que dedicam ao ESSENCIAL é um investimento em vocês próprios, no vosso futuro e no futuro das próximas gerações. Estou mesmo muito feliz por estar aqui convosco! Obrigada!
Um dos pilares da parentalidade generativa é o legado da mãe da terapia familiar sistémica. Virgínia Satir lembrava o quão importante é, que uma família entenda que estão a operar num sistema, onde cada qual tem uma contribuição única. Ou seja, existe uma visão positiva e optimista das pessoas. Porque todos os seres humanos possuem, dentro de si, competências e recursos que podem ser mobilizados na direcção da saúde, do crescimento e desenvolvimento humano e comunitário. A mudança é vista como uma oportunidade. É “um processo natural e constante através do qual os indivíduos se conhecem a si mesmos, realizam o seu potencial e vinculam-se aos demais”. E claro, eu partilho das suas oito crenças:
- As pessoas são milagres e dignas de amor. De uma vez por todas, os nossos filhos não veem a este mundo para satisfazer as nossas expetativas, necessidades ou sarar as nossas feridas emocionais!
- Cada pessoa é uma manifestação da sua força vital e foi-lhe dado o dom do espírito interno. Ou seja, os nossos filhos não são mini-me’s, eles têm uma assinatura única, tal como nós! E podemos colocar este filtro em todas as nossas relações: as pessoas vão surpreender-nos se as deixarmos!
- Mudar é possível. Estamos sempre a tempo de desaprender, voltar a aprender, agora com mais possibilidades. Com isso fazemos algo diferente e alcançamos resultados nunca antes experienciados! E esta forma de vida é absolutamente generativa! As perguntas (orientadoras) que coloco aqui são:
- O que posso fazer agora?
- Qual é a ação ou ações que posso colocar em prática e me aproximam da mudança, da transformação?
- O que posso fazer que é a diferença que faz a diferença?
- Nós temos escolhas, sobretudo para responder aos eventos em vez de reagir aos mesmos. Quando saímos da nossa cabeça, que está cheia de histórias que nos contamos, recheadas de medo, ansiedade, insegurança. Histórias recheadas de distorções, omissões e generalizações – e reconectamos com o nosso cérebro cardíaco, o nosso coração e com o nosso cérebro entérico, o gut, começamos então, a gerar harmonia, coerência e passamos a ver escolhas e possibilidades onde antes não existiam. Perguntem-se:
- O que é que mentalmente me assustava tanto e depois percebi, na prática, que afinal, era só uma narrativa distorcida que eu próprio alimentava?
- Como é que posso desafiar essa crença?
- Quando recebemos novas informações ganhamos novas possibilidades.
- O problema não é sair do problema. É a maneira como lidamos com o problema. Aqui, gosto de lembrar que o que acontece na infância não fica na infância!
- Agimos ou reagimos?
- Desde que lugar?
- Podemos conectar-nos com base nas nossas semelhanças e crescer com base nas nossas diferenças. E esta em particular, diz-me muito, enquanto mãe de uma adolescente que tem o rotulo de deficiente. Posso assegurar-vos que é a pessoa com quem mais aprendo diariamente, já lá vão 15 anos;
- Por trás de cada comportamento há, na sua origem, uma intenção positiva, já falamos dela no 1.º episódio do ESSENCIAL. Por exemplo eu sei que nem todos vós fazem os exercícios que proponho a cada episódio. E está tudo bem. Estão a fazer o melhor que podem e sabem a cada momento. Há uma intenção positiva nesse comportamento, há garantidamente uma intenção protectora do mesmo, associada a necessidades que ainda querem ser vistas, acolhidas e transcendidas do passado. Tudo tem o seu tempo. Ou pode apenas ser um valor que pede para ser investigado, calibrado.
Quem já leu o meu último livro “Gurus de Palmo e Meio” sabe que acredito que os nossos filhos são mesmo os nossos melhores gurus. Veem através de nós, mas não são nossos! E é por isso que eu também digo que a relação pais – filhos, é mesmo a relação mais espiritual e generativa de todas as relações humanas! E eles também não nos desafiam, são sim espelhos de nós próprios. A pergunta é:
Como é que faço para me sentir desafiado pelo meu filho?!
Quero ainda deixar mais três questões:
Será que confiamos mesmo nas nossas crianças?
Elas podem experienciar tempo, presença e confiança dos adultos de referência?
Estaremos nós, adultos, a ser o exemplo do que queremos ver no mundo?
Já sabem que encontram este episódio transcrito no meu site: www.ritaaleluia.com. A inclusão é um valor importante.
Estou muito grata, genuinamente grata a cada um de vocês que aqui está!
Mal posso esperar por vos conhecer pessoalmente. Se me encontrarem na rua, venham ter comigo. Adoro conversar, conhecer novas histórias. E se sentirem que querem, (é importante para mim) coloquem um comentário, nos reviews de cada plataforma onde ouvem o ESSENCIAL: Spotify, Apple, Google, seja qual for. Faz uma grande diferença para o podcast eu eu gosto de vos ler.
O ESSENCIAL regressa na próxima terça-feira.
Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!
De coração!