Parentalidade com PNL & Generativa é um manifesto à família
“A família é a grande causa humana.”
Falar de Parentalidade com PNL & Generativa é necessariamente falar de famílias generativas, conscientes. Acredito que a família é a grande causa humana, seja que tipo de família for. Todos nós somos fruto de uma família, logo, é algo transversal a toda a humanidade.
Esquece o termo família tradicional, isso é um mito, mais um. Nenhuma família o é. Embora possam parecer semelhantes, todas são diferentes. Cada família cria e vive a sua história de acordo com o que lhe faz mais sentido. E o que faz mais sentido é tantas vezes herdado das gerações anteriores. A psicologia já demonstrou que carregamos nos ombros sete gerações. Ora, se herdarmos crenças e valores que não nos servem e os perpetuamos, inconscientemente, estamos necessariamente a comprometer as próximas sete gerações. Dá que pensar. No romance de Tolstoi, Anna Karenina, pode ler-se que “todas as famílias felizes se parecem, as famílias infelizes é que são interessantes”. Merece reflexão, assim como esta chamada, urgente, a viver a família, aquele lugar de vulnerabilidade, de encontros e desencontros de almas, onde sombra e luz, de cada elemento são vistas e ouvidas. A família não é um lugar perfeito e ainda bem. É, como dizia a mãe da terapia sistémica familiar, Virginia Satir, o microcosmo da sociedade.
As famílias generativas são bússolas para a vida
Na proposta da Parentalidade com PNL & Generativa, há esperança. Todos podem ser quem na verdade, aqui vieram ser. Cada família generativa é chamada a viver o seu tesouro. Cada família generativa tem uma vocação própria. Cada família generativa é uma bússola para a vida que se quer de amor, hospitalidade e esperança, com intenções claras, bem definidas.
A minha experiência pessoal e profissional revela-me que a relação pais – filhos, pode ser a mais generativa e espiritual de todas. Não é por acaso que partilho que o melhor curso de desenvolvimento pessoal que conheço é este, além do voluntariado. É na família (generativa) que encontramos a liberdade e o espaço de segurança para sermos melhores pessoas. Para cada queda há um abraço à espreita. Para cada conquista outro abraço. Para cada “falha” (feedback) outro mais. Existe a vivência do igual valor e dignidade, da autenticidade, a prática da responsabilidade e do respeito. A inclusão é uma bandeira que se hasteia com a da congruência. As dificuldades são vistas como oportunidades para o crescimento comum, criando espaço para que a criatividade faça o seu papel e deslumbre a todos com algo nunca antes experimentado.
Numa família generativa o amor é um convite consciente
Numa família generativa o amor é um convite consciente, sem esforço nem apego, sem culpa, sem crítica, com curiosidade em proximidade. É a vivência do amor incondicional.
Numa família generativa a força que une reside na confiança inquebrável dos laços afectivos, aqueles que acolhem, integram e transcendem o dom único de cada um, colocando-se, em família, ao serviço de algo maior, pelo bem comum – não de forma racional, mas sim, intencional e generosa, com humildade. As famílias generativas acreditam em relações de amor, de presença com qualidade, relações que expandem, não acreditam em relações de poder e manipuladoras. Estas famílias acreditam também, que estes são passos decisivos para uma mudança generativa, para a construção da nossa humanidade e de um mundo melhor.
Há dias conversei com a Ana Varão, da Red Apple, a propósito do tema.
E tu, como vives a tua família?
Que legado querem passar para as gerações seguintes?