Girls Power em ação!
Ups, a fotografia está forte, já sei, e é mesmo o que me vem à imagem quando falo de ‘Girls Power’ e de tudo o que envolve, pilares da Conscious Systems e da Parentalidade e Educação com PNL. Sim, quero provocar-te, para que te mexas e sintas o que é afinal este movimento generativo de mudança de paradigma.
Se há coisa que adoro fazer é sentar-me, entre mulheres, ao estilo Cavaleiras da Távola Redonda. É incrível o poder criativo, de resiliência e amor incondicional que emerge nestes encontros. Se os homens têm o mesmo poder? Certamente que sim. Só que hoje, escolho falar de Mulheres! E tu, se és homem, pai, professor, convido-te a que te sentes na nossa mesa. Isto é também sobre ti. Acredito que te vai saber mesmo muito bem, este nosso repasto.
Está já provado que quando as mulheres têm oportunidades, iguais oportunidades, quando são saudáveis, quando têm acesso à educação e fazem livre e conscientemente as suas escolhas, surgem benefícios, em muitas outras áreas, como a redução da pobreza, a educação com qualidade, e a sustentabilidade de recursos naturais. Fala-te de Direitos Humanos, de inclusão (valores da Conscious Systems).
É muito curioso como, desde bebés, somos “treinadas”, tantas vezes de forma inconsciente, para sermos cordiais, amorosas, ‘fofinhas’ e queridas, bem-comportadas (sabe-se lá o que isso quer dizer), giras. Para agradarmos e assim gostarem de nós… Demasiados rótulos, com conotações que escondem muitos e infinitos perigos!
São publicados, cada vez mais estudos, que demonstram que as meninas, ao crescerem e ao entrarem na fase da adolescência, se sentem tristes, sob forte pressão. A pressão cultural e social que quer fazer delas seres, praticamente à imagem e semelhança do que acontecia no tempo das nossas avós, mulheres ‘perfeitas’, submissas, sem voz ou vontade própria.
Pilares da Conscisous Systems e da Parentalidade com PNL & Generativa
As propostas da Parentalidade e Educação com PNL & Generativa, e os pilares da Conscious Systems, vão ao encontro da essência de cada menina, de cada menino, de cada ser humano. Falamos e praticamos a equidade de género. Tu (mulher ou homem) tens valor! Tu mereces! Tu existes!
Podes sentar-te, ainda mais confortavelmente, a tomar o teu chá ou chocolate quente, que a época já convida e é o que vamos fazer no nosso Hygge Life Retreat (não é desse que te falo agora). Deixo-te alguns tópicos que sinto merecerem uma profunda reflexão, neste mundo de meninas, mulheres, meninos e homens. Para que todos vivam uma Vida autêntica e congruente, com voz e gestos activos, para que coloquem no mundo, os seus dons e talentos, únicos e necessários à natural e saudável evolução do Planeta.
«Apoiar uma mulher, é apoiar uma família, uma comunidade, um país.»
Verbalizar emoções, desejos, opiniões e necessidades
Quando nós, adultos, educamos conscientemente, praticamos igual valor, ou seja, permitimos que todos os elementos do sistema, mãe, pai, filhos, alunos e professores (no caso das escolas), expressem, de viva voz, as emoções, desejos, opiniões e necessidades. Aprendemos assim a dialética, a questionar, de forma poderosa! E é assim que as meninas, futuras Mulheres, aprendem a dizer não para fora e sim para dentro. É assim que os meninos, futuros Homens, aprendem a respeitar e a serem respeitados. É assim, que todos aprendem a ser autênticos, assertivos, humanos!
Inteligência Emocional
Numa definição simples, diz-se que é a capacidade de identificar e gerir as próprias emoções e as emoções dos outros. E está, geralmente, associada à consciência emocional, à resolução de problemas e à gestão das emoções. Se as nossas meninas aprendem que, devem vestir o papel de pacificadoras, devem evitar conflitos seja a que preço for, devem obedecer, devem ouvir e calar… Quando aprendem que emoções, como raiva e tristeza, são inaceitáveis, tendem, naturalmente a evitar senti-las.
Se a tudo isto juntarem o exemplo de mães, avós e professoras com esses mesmos comportamentos, vão crescer privadas da liberdade essencial, que é direito de todos os seres humanos, expressar-se! Estão a ser privadas de desenvolverem as competências base e necessárias para reconhecerem e gerirem as suas emoções. Vão ver a sua auto-estima destruída ou muito fragilizada, presas fáceis na equação do bullying e violência doméstica, entre outros.
«She believed she could, so she did.»
Mais vale SER do que parecer
Vivemos num mundo de aparências, com redes sociais, anúncios, capas de revista… invadidos de “beleza e perfeição” produzida. Vemos meninas, no primeiro ciclo (e dizem as últimas investigações, que são sete em cada dez), preocupadas com a aparência dos seus cabelos, unhas, condição física, se estão gordas ou magras, não numa perspetiva de saúde, mas sim: “o que os outros vão pensar de e sobre mim”. Conclusão, as meninas são reduzidas à sua imagem estética, à sua aparência em vez da sua essência. Ter consciência disto, é o primeiro passo para voltar os holofotes para o SER, em vez do parecer! Reconhecer em vez de elogiar e assim, as meninas (e os meninos), começam cedo a sentir o que são e o que vieram fazer ao mundo.
Deixa as redomas para as loiças
A tua filha não é de porcelana, ok?! Então, não tem que crescer numa redoma! Permite que se aventure em projectos e brincadeiras que, tipicamente, só porque dá jeito à sociedade, são atribuídos aos rapazes. Eu adorava trepar às árvores e liderar o grupo das meninas “contra” os rapazes (na primária, porque a seguir, e até aos 16 anos, o colégio só tinha meninas). Podes ser o exemplo de uma mãe, professora audaz, que assume riscos, ser criativa, curiosa, de uma mãe, professora que expõe, com coragem, a sua vulnerabilidade. De uma mãe ou professora, para quem a opinião de outros conta, que acolhe feedbacks construtivos e que não personaliza os destrutivos, que sabe que o que os outros pensam, tem tudo a ver com eles, não é connosco. Paradoxal? Sim. Chama-se a isto Vida!
‘Oi’?!
“Ah, agora que namora há tanto tempo, está na hora de casar e constituir família, e que seja um casalinho!…” Como?? Só porque somos mulheres não faz de nós mães, não tem que fazer. Essa é uma escolha individual, que cabe a cada mulher tomar de forma consciente. E dizendo-te isto, recordo com especial carinho, uma mulher, tão inteligente que escolheu fazer o meu curso de Parentalidade com PNL & Generativa, precisamente para saber se devia ou não ceder às pressões do marido e da família, que exigiam bebés. Não! Não cedeu, seguiu o seu coração e levou recursos activos para viver e criar felicidade na sua relação, sem a vinda de bebés. E sim, isto aplica-se a “pilotar” fogões, aspiradores e ferros de engomar… Não consta que nós, mulheres, tenhamos nascido com esse gene específico.
Nunca
Quero terminar hoje, com algo que já partilhei antes contigo, que exploramos no curso de Parentalidade com PNL & Generativa – NUNCA obrigues uma criança (menina ou menino) a beijar ou a abraçar alguém contra a sua vontade. Se o fizeres, ela acredita que o terá de fazer ao longo de toda a vida e isto pode impossibilitá-la de defender-se em caso de tentativa de abuso, por exemplo. Educa sem palmadas, sem obrigares a cumprir ordens ou ela/ ele vai acreditar que alguém, mais forte do que o próprio tem direitos sobre si, que ela/ ele não é dono do seu corpo, nem da sua vontade. Além disso, um dia, essa criança pode ser o elemento mais forte e vai comportar-se como tal, assumindo o direito de não respeitar o próximo. Respeita os limites pessoais dos teus filhos! Liberta-te da crença de que a criança te diz “não” só para te testar e contrariar. Quando uma criança diz “não”, é a sério! Conecta-te e investiga.
Despeço-me com um convite para dançares e soltares o grito: GIRLS!!!