Diferença é igual a beleza na Parentalidade Generativa
Todas as pessoas são diferentes, esta diferença é sinónimo de beleza e é também o 5.º princípio da Parentalidade com PNL & Generativa (PG). Muitos de nós escutámos, quando crianças, que devíamos apreciar e respeitar as pessoas diferentes de nós. Segundo Frank Pucelik, co-criador da Programação Neurolinguística (PNL), “a maior parte das pessoas aprendeu que a diferença é algo negativo e em vez de respeitar e honrar a diferença, teme-a e julga-a.” Como? Assim:
– “Aquela pessoa tem um turbante na cabeça, é estranha!”
– “Aquele homem tem uma cor diferente e uma barba muito comprida, cuidado com ele!”
– “Aquela pessoa tem umas crenças muito estranhas sobre Deus, não tem nada a ver com as nossas, cuidado!”
– “Aquele miúdo atirou-se para o chão aos gritos, quando ouviu um carro, é um mal-criado!”
(…)
E esta crença, acerca da diferença, “é a origem de todas as guerras, de todos os conflitos humanos”, garante Pucelik. E prossegue recordando que “no momento em que etiquetamos de estranho, alguém que é diferente, então, passa a ser um alvo a eliminar!”. E esta “é a crença mais destrutiva da espécie humana!”
“Não devemos permitir que as percepções limitadas de outras pessoas nos definam”.
Virginia Satir
A Parentalidade com PNL & Generativa celebra a diferença
Precisamos da diferença para que exista Vida no Planeta!
E não, nem sempre é fácil aceitar algumas diferenças. Enquanto mãe de duas filhas, uma com rotulo de deficiente e outra não, sei o quão desafiante pode ser. E sei também que é possível ultrapassar! Não temos que concordar, basta que aceitemos e respeitemos que a diferença existe.
Virgínia Satir, a mãe da terapia familiar sistémica, modelada pela Programação neurolinguística, é uma das guias da Parentalidade com PNL & Generativa. Curiosamente foi Frank Pucelik quem dos três co-criadores da PNL, mais tempo passou a seu lado, a estudar o seu trabalho e a modelá-la. E Satir lembrava, vezes sem conta, que “em todo o mundo não há ninguém exactamente como eu, embora haja pessoas que tenham partes que se parecem comigo. Portanto, tudo que sai de mim é autenticamente meu, porque eu assim o escolhi”. Podes ler aqui o maravilhoso poema da auto-estima, de Satir.
Cada um de nós percorre um caminho e tem uma história pessoal. Assim, comparar-se não serve para nada: não estamos nunca em igualdade de condições. Apreciemos, pois, a autenticidade que levamos dentro de nós e que nos permite ser parte do todo.
Devemos ter todos as mesmas oportunidades, ser tratados de igual forma. Ainda assim, há pessoas que para ter a mesma oportunidade terão que se esforçar mais, precisamente por serem mais diferentes que os demais. E é aqui que entra na equação a igualdade – oferecer a todos as mesmas oportunidades e sobretudo, a equidade – ser justo conforme a situação. Ou seja, a equidade diferencia-se da igualdade por se aplicar de acordo com as necessidades de cada um, por ser inclusiva. E é essa que mais ressoa na Parentalidade com PNL & Generativa. É assim que as famílias generativas honram e celebram as diferenças, através da equidade!
Se ainda não conheces os restantes 9 princípios da Parentalidade com PNL & Generativa, convido-te a que leias os artigos sobre os 4 primeiros e sintas o impacto de cada um deles na tua vida:
1 – Mapa & Território;
2 – Respeito;
3 – Comunicação é manipulação;
4 – Resistência é poder.
Tem presente a tua liberdade de ser e fazer diferente! Relembro as cinco liberdades, também legado de Virgínia Satir, que trouxe para a PG.
Que possamos sempre viver autênticos, congruentes, livres de comparações e inclusivos!
Só assim o mundo avança!