Dez perguntas que podem mudar a tua vida
Acredito que os nossos filhos são enviados de Deus para nos reposicionarem nas nossas vidas, para nos despertarem para o essencial. Sei que vieram para nos ensinar e sei também que estas dez perguntas podem mudar a tua vida.
A relação mãe – filho, pai-filho é a relação mais importante de toda a tua existência! Aceita conscientemente este convite e abre o teu coração, vê o teu filho voar.
10 Perguntas para reflectires:
1. Queres mesmo que o teu filho seja uma versão ‘mini you’?
Não é porque o deste à luz ou concebeste que ele te pertence. Ele tem a sua própria essência, alma e missão neste Planeta, totalmente distintas das tuas. Assim como tu, o teu filho é um SER único que merece existir tal e qual como é! A aceitação do teu filho é o primeiro passo para a vossa conexão.
2. O que aconteceria se soltasses a necessidade de teres o teu filho a pedir-te constantemente aprovação?
Deixa de lado a necessidade de controlo e confia no teu filho, confia sobretudo em ti. Este é talvez o teu maior desafio.
3. Precisas mesmo que ele seja avaliado por um professor com nota “excelente”, para sentires orgulho dele e divulgares nas redes sociais?
Ele só precisa de sentir que o amas e o aceitas incondicionalmente, tal e qual como é, na sua autenticidade, sem julgamentos!
4. Acreditas mesmo que ao quereres protege-lo da dor o estás a apoiar?
Esta necessidade emerge apenas da tua ansiedade, dos teus medos. Aprende a vivenciar e a acolher cada emoção que sentes e aí sim, estás em condições de ser o exemplo que ele precisa para aprender a lidar com a dor e com a imperfeição natural do mundo.
5. Dói-te quando alguém da “rua” te rejeita?
É normal e vai acontecer ao longo de toda a vida. Não agradamos a gregos e a troianos e isso é sinal de congruência com os nossos valores. A única rejeição que podes evitar é a tua em relação ao teu filho. Essa, a existir, é profundamente tóxica e significa que te auto-rejeitas, sentimento que pode ditar o teu fim.
6. Uma crença social (convenientemente) instalada murmura que “não és suficientemente boa mãe”. Escolhes continuar a alimentá-la?
Está na hora de parares. Fazes sempre o melhor que podes e sabes a cada momento. Continua a trabalhar na tua melhor versão.
7. O teu filho não tem o último modelo de consola de jogos, de telemóvel, de prancha de surf..?
Boa! Parabéns! Ele só precisa do teu tempo, escuta activa, presença e atenção. O “luxo” (aquele que o dinheiro compra) é secundário. Começa a escutar-te a ti mesma/o, e depois estás pronta/o para escutares o teu filho.
8. E se parares de afirmar que tens que mudar toda a tua vida por causa do teu filho?
Só tens que mudar o momento presente! Só isso! É nele que vives! Além disso, nunca tem a ver com o teu filho, tem sempre a ver contigo, com os recursos que dispões a cada momento para lidar com o que a vida te oferece.
9. De quem são os limites aplicados no dia-a-dia da tua família?
Foram criados por todos os elementos da casa ou são regras que te foram impostas? São normas com as quais cresceste? Fazem-te sentido?
É que se não te fazem sentido o teu filho vai captar à légua e naturalmente desafiar-te. É um convite à introspecção e a reveres as tua intenções.
10. Sentes-te o ‘Holon’ parte do grande ‘Holon’?
Somos todos parte de algo maior e transcendente, o ‘Holon’.
Deixo-te um mantra para que te lembres sempre disso:
“Tu és o todo!
Tu és completa/o!
Tu és digna/o!
Quando vejo isto em ti, vejo também o mesmo em mim.”
Todo o tipo de interacção que tens com o teu filho é um reflexo da tua relação contigo mesma/o. A tua vida exterior é o reflexo do teu sistema de crenças interiores e cada acontecimento da tua vida é uma chamada para o patamar seguinte, para trabalhares em ti, na tua autenticidade.
Há dias, estive à conversa (na segunda parte do programa – 15:22) com a Sofia Relvas, precisamente sobre a magia de algumas destas questões.
E sabes uma coisa? Está sempre tudo certo, está sempre tudo bem.
Comentários
Que saudades… Obrigada por me recordares tudo isto… Continuo a procurar “saltar para fora da roda do hamster”!
Simplesmente profundo e verdadeiro. Por vezes, tão dificil de pôr em prática…Adorei.