O conceito de Parentalidade Generativa
Se já navegas nestes mares da parentalidade e educação, pode ser que já tenhas escutado, lido, sentido algo sobre o conceito de Parentalidade Generativa (PG) e eventualmente de como te pode servir, à tua família e comunidade. É provável que já tenhas lido o artigo onde te explico porque é que a PG é um manifesto à família. Apesar da Parentalidade Generativa (que começou por ser Parentalidade com PNL & Generativa) ser um conceito relativamente novo, emergiu em 2010, é simultaneamente muito antigo. Estamos na verdade, a redescobrir como é que ele funciona na era em que vivemos. Posso afirmar que é um conceito ancestral, onde a ciência e a espiritualidade caminham de mãos dadas, lado-a-lado, com as famílias, pelo bem maior.
As famílias generativas, pautam-se por serem congruentes e autênticas e viverem uma vida intencional, com uma direcção definida, não um destino. As mães e os pais generativos conhecem quem são na sua essência – em permanente evolução, como a natureza – e permitem que os filhos sejam e manifestem também quem aqui vieram ser. Assim, como conhecem quais são os seus padrões de pensamento e comunicação que se traduzem, necessariamente em comportamentos assertivos e resultados de excelência. A Parentalidade Generativa assenta na conexão, na qualidade dos estados de presença em nós, adultos, com o outro e com algo maior, e ainda na criação de relações harmoniosas e autênticas. Em vez de regras, a Parentalidade Generativa escolhe as crenças que nos servem. Na verdade, instala um poderoso sistema de valores e crenças poderosas que facilitam o são e responsável desenvolvimento de todos.
Não é sobre consertar uma criança ou criar a criança perfeita. Isso não existe, é um mito! A criança já é perfeita, tal e qual como é. O foco está na (re)educação dos pais, ou seja, na criança interior, que cada adulto carrega e que ainda quer ser vista, reconhecida, acolhida e curada. Assim como na aceitação da criança que temos à nossa frente, como um todo. A Parentalidade Generativa é por isso, um passo em frente na nossa evolução enquanto humanidade.
Os pais, ao viverem a sua melhor expressão, estão a ser exemplo para que os filhos façam o mesmo e estão também a dizer-lhes que estamos todos conectados, que o que acontece a um, acontece a todos. Os filhos sentem que são vistos, reconhecidos, que pertencem por serem quem são, sem defraudar falsas expectativas dos pais ou sociedade, acerca de quem deveriam as crianças ser. Tem sentido para ti?
Na Parentalidade Generativa os pais observam os filhos e os comportamentos dos filhos, com curiosidade, em consciência, sem julgamento, sabendo que o comportamento é apenas a parte visível de um vasto icebergue submerso e que ainda assim está a comunicar algo muito importante que quer ser visto em vez de corrigido! E em caso de dúvida, confiam no cérebro do coração, o único que conhece os sábios caminhos e no poder do agora (o único momento que temos e aquele onde está sempre tudo certo, está sempre tudo bem).
As memórias somáticas, emocionais, os padrões de comunicação e pensamento são essenciais na vivência da PG, porque são instalados nos primeiros sete anos de vida de uma criança e comandam toda a sua existência, até que deles tenha consciência.
O potencial da Parentalidade Generativa
Toda e qualquer interacção com a criança é apenas um reflexo da nossa relação connosco mesmos. À medida que as famílias se vão transformando, através da vivência da Parentalidade Generativa, outras percebem que é possível fazer o mesmo. E é assim que esta revolução silenciosa, como lhe chamo, ganha terreno. Os cérebros cardíaco, entérico e cognitivo de toda a família, ressentem-se, manifestando bem-estar emocional, físico e espiritual. O campo criativo funciona assim na perfeição. O futuro de cada família é co-criado a cada momento, no colectivo, em comunidade e cooperação e não em competição. E o mundo avança. Mesmo!
E claro, está acessível, também em formato de certificação internacional (em Lisboa e no Porto), a todos os que se comprometem em conhecer-se na sua totalidade e que querem ser o pai, a mãe, congruentes, que o seu filho precisa a cada momento.
Na base da PG está sobretudo a Programação Neurolinguística (PNL), com o foco na PNL de 3.ª geração (que obviamente integra a de 1.ª e 2ª), com os campos morfogenéticos, o coaching generativo, a consultoria generativa, os últimos avanços da neurociência, da física quântica e da epigenética.
Encontras na Parentalidade Generativa, a contribuição directa de Bruce Lipton, Gregg Braden, Dan. Siegel, Robert Dilts e JudithDeLozier, entre outros.
Como nos diz Bruce Lipton, your children genes reflect only their potential, not their destiny. It is up to you, to provide the environment that allows them to develop to their highest potential.
Como queres que o teu filho, neto, bisneto te recorde?
Como estás a ser disso exemplo?