Entrevista • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/category/entrevista/ Awakening People Tue, 12 Apr 2022 07:19:42 +0000 pt-PT hourly 1 https://www.ritaaleluia.com/wp-content/uploads/2020/11/cropped-favicon-2020-32x32.png Entrevista • Rita Aleluia https://www.ritaaleluia.com/category/entrevista/ 32 32 Parentalidade Generativa e as 8 crenças de Virgínia Satir https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-8-crencas-virginia-satir/ https://www.ritaaleluia.com/parentalidade-generativa-8-crencas-virginia-satir/#respond Tue, 12 Apr 2022 07:01:02 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9251 A qualidade da nossa vida depende da qualidade das nossas crenças. Por isso, neste episódio ESSENCIAL, a Rita Aleluia entrega não só as 8 crenças da mãe da terapia familiar sistémica - Virginia Satir, presentes na Parentalidade Generativa – como ainda, um conjunto de perguntas poderosas que nos conduzem à auto-reflexão, tomada de consciência e o que fazer com isso.

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Viva!

Quero agradecer a cada um de vós, pelo incrível apoio, amor, energia que colocam no ESSENCIAL. Obrigada a cada um de vós que regressa semanalmente. Eu sei que partilham os episódios com os vossos amigos. Adoro ler os vossos comentários, feedback. Adoro conhecer o que mais ressoou em cada episódio, descobrir onde ouvem o ESSENCIAL. Por isso agradeço, de coração, a curiosidade, o tempo que dedicam a escutar, reflectir, desaprender, aprender e transformar. Num processo continuo de reparentalidade, unidade e crescimento.

Acredito mesmo que o tempo que dedicam ao ESSENCIAL é um investimento em vocês próprios, no vosso futuro e no futuro das próximas gerações. Estou mesmo muito feliz por estar aqui convosco! Obrigada!

Um dos pilares da parentalidade generativa é o legado da mãe da terapia familiar sistémica. Virgínia Satir lembrava o quão importante é, que uma família entenda que estão a operar num sistema, onde cada qual tem uma contribuição única. Ou seja, existe uma visão positiva e optimista das pessoas. Porque todos os seres humanos possuem, dentro de si, competências e recursos que podem ser mobilizados na direcção da saúde, do crescimento e desenvolvimento humano e comunitário. A mudança é vista como uma oportunidade. É “um processo natural e constante através do qual os indivíduos se conhecem a si mesmos, realizam o seu potencial e vinculam-se aos demais”. E claro, eu partilho das suas oito crenças:

  1. As pessoas são milagres e dignas de amor. De uma vez por todas, os nossos filhos não veem a este mundo para satisfazer as nossas expetativas, necessidades ou sarar as nossas feridas emocionais!
  2. Cada pessoa é uma manifestação da sua força vital e foi-lhe dado o dom do espírito interno. Ou seja, os nossos filhos não são mini-me’s, eles têm uma assinatura única, tal como nós! E podemos colocar este filtro em todas as nossas relações: as pessoas vão surpreender-nos se as deixarmos!
  3. Mudar é possível. Estamos sempre a tempo de desaprender, voltar a aprender, agora com mais possibilidades. Com isso fazemos algo diferente e alcançamos resultados nunca antes experienciados! E esta forma de vida é absolutamente generativa! As perguntas (orientadoras) que coloco aqui são:
    • O que posso fazer agora?
    • Qual é a ação ou ações que posso colocar em prática e me aproximam da mudança, da transformação?
    • O que posso fazer que é a diferença que faz a diferença?
  1. Nós temos escolhas, sobretudo para responder aos eventos em vez de reagir aos mesmos. Quando saímos da nossa cabeça, que está cheia de histórias que nos contamos, recheadas de medo, ansiedade, insegurança. Histórias recheadas de distorções, omissões e generalizações – e reconectamos com o nosso cérebro cardíaco, o nosso coração e com o nosso cérebro entérico, o gut, começamos então, a gerar harmonia, coerência e passamos a ver escolhas e possibilidades onde antes não existiam. Perguntem-se:
    • O que é que mentalmente me assustava tanto e depois percebi, na prática, que afinal, era só uma narrativa distorcida que eu próprio alimentava?
    • Como é que posso desafiar essa crença?
  1. Quando recebemos novas informações ganhamos novas possibilidades.
  2. O problema não é sair do problema. É a maneira como lidamos com o problema. Aqui, gosto de lembrar que o que acontece na infância não fica na infância!
    • Agimos ou reagimos?
    • Desde que lugar?
  1. Podemos conectar-nos com base nas nossas semelhanças e crescer com base nas nossas diferenças. E esta em particular, diz-me muito, enquanto mãe de uma adolescente que tem o rotulo de deficiente. Posso assegurar-vos que é a pessoa com quem mais aprendo diariamente, já lá vão 15 anos;
  2. Por trás de cada comportamento há, na sua origem, uma intenção positiva, já falamos dela no 1.º episódio do ESSENCIAL. Por exemplo eu sei que nem todos vós fazem os exercícios que proponho a cada episódio. E está tudo bem. Estão a fazer o melhor que podem e sabem a cada momento. Há uma intenção positiva nesse comportamento, há garantidamente uma intenção protectora do mesmo, associada a necessidades que ainda querem ser vistas, acolhidas e transcendidas do passado. Tudo tem o seu tempo. Ou pode apenas ser um valor que pede para ser investigado, calibrado.

Quem já leu o meu último livro “Gurus de Palmo e Meio” sabe que acredito que os nossos filhos são mesmo os nossos melhores gurus. Veem através de nós, mas não são nossos! E é por isso que eu também digo que a relação pais – filhos, é mesmo a relação mais espiritual e generativa de todas as relações humanas! E eles também não nos desafiam, são sim espelhos de nós próprios. A pergunta é:

Como é que faço para me sentir desafiado pelo meu filho?!

Quero ainda deixar mais três questões:

Será que confiamos mesmo nas nossas crianças?

Elas podem experienciar tempo, presença e confiança dos adultos de referência?

Estaremos nós, adultos, a ser o exemplo do que queremos ver no mundo?

Já sabem que encontram este episódio transcrito no meu site: www.ritaaleluia.com. A inclusão é um valor importante.

Estou muito grata, genuinamente grata a cada um de vocês que aqui está!
Mal posso esperar por vos conhecer pessoalmente. Se me encontrarem na rua, venham ter comigo. Adoro conversar, conhecer novas histórias. E se sentirem que querem, (é importante para mim) coloquem um comentário, nos reviews de cada plataforma onde ouvem o ESSENCIAL: Spotify, Apple, Google, seja qual for. Faz uma grande diferença para o podcast eu eu gosto de vos ler.

O ESSENCIAL regressa na próxima terça-feira.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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O corpo diz o que as palavras não podem dizer https://www.ritaaleluia.com/corpo-diz-que-palavras-nao-podem-dizer/ https://www.ritaaleluia.com/corpo-diz-que-palavras-nao-podem-dizer/#respond Tue, 05 Apr 2022 09:08:23 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=9205 Antes de sermos verbo, somos corpo. Ele não mente! Guarda memórias e dá-nos sinais constantes que é preciso decifrar para navegar em harmonia na vida. Como nos relacionamos com ele? No episódio desta semana, a conversa ESSENCIAL entre a Dra Sandra Amado e Rita Aleluia.

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Viva! Bem-vindos ao primeiro podcast no mundo a utilizar as lentes da parentalidade generativa. Obrigada a cada um de vós que regressa semanalmente para escutar, reflectir, desaprender, aprender e transformar. Num processo continuo de reparentalidade, unidade e crescimento.

Adoro poder sentar-me com pessoas que trazem a sua voz única ao mundo, que são a diferença que faz a diferença. Pessoas centradas no coração, conectadas consigo próprias, com os demais e a caminhar no exemplo que querem ver no mundo. É uma bênção poder partilhar convosco a sapiência que elas nos trazem.

Como a nossa convidada de hoje. Ela é nada mais, nada menos que a Sandra Amado. Além de um ser humano incrível, é mulher e mãe de um guru que lhe faz jus, pois claro. Especialista na inteligência do corpo, na mente somática é ainda professora do ensino superior, na Escola Superior de Saúde, do Politécnico de Leiria, investigadora, entre outras coisas.

Bem-vinda ao ESSENCIAL, Sandra! Obrigada por entregares parte do teu precioso tempo para partilhares connosco esta mensagem tão essencial, tão urgente, sobre o corpo.

S.A – Obrigada Rita. Eu é que agradeço este convite surpreendente. É um gosto poder participar neste projecto que é entregue com tanto amore tão necessário, para todos nós, pais, mães, educadores e no fundo, seres humanos, que estamos aqui para nos tornamos seres melhores.

R.A – Obrigada, Sandra. Como sabes a vivência da parentalidade generativa integra a consciência e vivência do corpo, através da sintaxe somática. Para quem nos escuta e lê – no episódio transcrito no blogue do meu site, em www.ritaaleluia.com – e ainda não está familiarizado com esta linguagem, quero lembrar que nós somos energia e o corpo é um sistema de representação. A sintaxe somática revela-nos como é que os movimentos do corpo estão conectados com as nossas emoções e pensamentos – mostra-nos a forma como descodificamos as mensagens da mente inconsciente, submersas no corpo e as transformamos. Este trabalho tem eu diria que uma mãe e um pai: a nossa querida Judith DeLozier, a mãe da programação neurolinguística e o Dr. Peter Levine.

Mente e corpo são na verdade um só, já falamos disto no 1.º episódio, estão interconectados, são inseparáveis. Hoje, a neuro-fisiologia já o demonstra com evidências inegáveis e outras áreas da ciência, também.

O corpo é sábio. Codifica, descodifica, aprende, tem memória. Aliás, os princípios fundamentais da sintaxe somática são precisamente o facto de que:

  • o corpo fala uma linguagem que é tão refinada, sistemática e completa quanto a linguagem verbal;
  • está em comunicação constante com sua mente consciente, principalmente no que diz respeito a questões de saúde, bem-estar emocional e segurança;
  • é infinitamente sábio e inteligente;
  • armazena informações, conhecimento e memórias nos músculos e no tecido conjuntivo.

Sandra, o que partilhas sobre tudo isto?

S.A – Tudo o que tu disseste é extremamente importante e fico muito feliz de finalmente, poder-se falar de uma forma tão clara e explicita de algo que é tão natural em nós. Eu acrescentaria uma pessoa às pessoas que já referiste, que eu respeito e admiro imenso, o nosso neurocientista António Damásio, em particular um livro que ele lançou recentemente, o “Sentir e Saber“, que nos traz muito conhecimento, numa linguagem muito prática e descomplicada. Onde ele refere, efectivamente, que o princípio não foram as palavras. A nossa primeira linguagem não é de facto a palavra. A nossa primeira linguagem está muito mais relacionada com o movimento. E se formos um bocadinho à embriogénese, e percebermos que o nosso maior órgão é a pele e que logo a seguir vem o sistema nervoso central e que logo a seguir vem o coração, eu acho que o raciocínio é simples. Toda aquela interocepção, todo aquele sistema nervoso dos órgãos começam logo aí. Quando nascemos não sabemos falar, sabemos chorar e aí, se calhar, vem uma representação de dor e todo o nosso desenvolvimento deveria ser no sentido de nos conhecermos a nós próprios, começando pelo corpo.

R.A – Somos seres espirituais incorporados, não é?

S.A – Sim, sim!

R.A – Eu acredito nisso. Somos energia. Somos movimento.

S.A – Claro que somos! Somos, sim! Isso é inegável. Quando nos debruçamos sobre a origem da vida, vem de algum lado e essa faísca, essa energia que gera tudo o resto, essa foça, efectivamente depois ganha forma e essa forma é o nosso corpo. E portanto, devemos amá-lo, em primeiro lugar!

R.A – É um templo. É muito interessante pensar que quando somos bebés produzimos milhares de movimentos involuntários por minuto, à medida que crescemos vamos percebendo quais as funções dos membros, mãos, braços, pernas, também os movimentos, vamos tendo outro tipo de controlo e diminuindo os movimentos… Depois quando começamos a ser alfabetizados e em particular, quando entramos para uma escola, para o 1.º ciclo, onde nos são pedidas muitas horas de estar sentado, atentos às palavras, ao raciocínio lógico, parece-me que é o primeiro passo para a desconexão do corpo com a cabeça, da cabeça com o corpo e começamos a perder consciência do nosso corpo. Concordas?

S.A – Sim, sim concordo! E mais do que concordar, a ciência já nos traz essa sabedoria, também, essa evidência. Ainda bem que trazes esse assunto porque é algo que, desde que fui mãe fiquei mais desperta para ele, naturalmente, eles são os nossos gurus, trazem-nos sempre algo para o qual não estamos preparados, e de facto, essa fase em que entramos na escola é marcante que em algumas situações pode até ser traumatizante e devemos estar todos despertos e disponíveis. Também dizer que a minha visão e percepção sobre esse assunto está relacionada com um outro autor, Daniel H. Pink que lançou um livro muito interessante que é um manual sobre a nova inteligência. Se fizermos uma retrospectiva sobre o que foi o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos e inteligentes, estamos agora a entrar numa nova era, a da conceptualização e viemos de uma era industrial, de uma era de agricultura. Há todo um processo de mudança que acredito estar a acontecer, não no ritmo que gostaríamos, mas que essa mudança vai criar o espaço para esta nova inteligência, muito mais associada à criatividade, muito mais associada ao hemisfério direito, muito mais abstrata, que vejo interesse por parte dos profissionais das escolas, mas depois não existe todo um contexto social que esteja preparado. E acho que estas iniciativas são óptimas para conseguirmos, cada um de nós, no nosso pequeno mundo fazer a diferença.

R.A – Sim. Eu costumo dizer que é pessoa a pessoa, família a família, comunidade a comunidade e o mundo avança.

S.A – Tal e qual!

R.A – Em famílias e organizações que ainda não praticam parentalidade generativa, acontece muitas vezes, perante um acontecimento doloroso da vida, agir como se não fosse importante. Por exemplo, quando alguém que amamos morre, ou quando somos feridos ou violados na nossa integridade, podemos agir como se nada tivesse acontecido, porque as emoções que acompanham o verdadeiro reconhecimento da situação são muito dolorosas. Esta dissociação pode ser sentida como parte do corpo desconectada ou quase ausente. E é assim que se programam, inconscientemente, crianças para o stress e outras patologias. Por exemplo, de repente, aparece uma dor que se torna crónica e voilá, ela representa precisamente essa parte do corpo que foi dissociada. Conheço bem, por experiência própria. Sem entrar em pormenores posso partilhar qu não soube fazer o luto da partida da minha irmã, até há um tempo atrás. Ela era uma jovem de 19 anos, com muita energia vital, com vontade de ser e fazer a diferença no mundo, e a fazer de facto já muitas coisas, com imensos projectos e, de repente, há um diagnóstico e em 10 meses, há um sofrimento que é inconcebível para nós, enquanto seres humanos e ela parte. Nesse momento a minha preocupação foi estar “inteira” para acompanhar os meus pais que ficavam só comigo e sei hoje, e senti também na altura, que eles fizeram o mesmo. E não vivenciei o luto como deveria e já mais tarde, já com a vivência da programação neurolinguística generativa comecei a prestar atenção às sensações que se manifestavam no meu corpo, a interpretar o que poderiam ser ou não e ainda assim, a resistir. De um dia para o outro, quando estou relaxada, em férias, aparecem umas pintinhas brancas no corpo. Assustei-me porque no dia seguinte tinha mais e no terceiro dia, ainda mais. Marquei logo uma consulta e quando cheguei a Portugal foi quase sair do avião e ir para o dermatologista. Eu já tinha feito pesquisas no Google, ia mais ou menos preparada. O médico disse-me: “tenho uma má notícia para lhe dar. Claro que me conectei à história pessoal e senti medo. Mas ele, disse-me logo: “tem vitiligo”. Fiquei tranquila e o médico insistiu: “ouça, é uma doença auto-imune, é crónica e é para a vida, não tem cura!” A forma como às vezes, os profissionais da área da saúde informam um paciente faz diferença! E tu trabalhas isto todos os dias, treinas, ensinas profissionais de saúde. É verdade que eu não cuidei do meu corpo, não o escutei, amordacei-o. Mas também só soube o que era de facto uma doença auto-imune quando a consultei uma médica de medicina ortomolecular que me esclareceu: “atenção, não tens nenhuma doença, tens emoções não vivenciadas e um terreno fértil, um ambiente, que é propício a que quando estás em desarmonia, no teu corpo, então, pode manifestar-se em forma de doença auto-imune.” Sandra, como é que se treina um profissional da área da saúde para a epigenética, para a influência dos pensamentos, crenças, emoções?

S.A – É muito bom trazeres essa questão porque isso remete-me para o que hoje se chama ciência subjctiva, que ganha cada vez mais espaço e fico muito feliz com isso, e que dá origem a modelos de saúde nos quais deveremos assentar o conhecimento nos novos profissionais de saúde. Esses modelos dizem-nos que os cuidados devem ser centrados na pessoa e que na base da relação terapêutica estão as crenças da própria pessoa. Portanto, as crenças passam a estar consideradas no próprio modelo. A partir do momento em que esta questão é colocada no modelo explicativo só faz sentido termos cuidado com a linguagem com que falamos com a pessoa com a qual estamos a relacionar-nos, que pode ser uma pessoa com uma doença ou pode ser simplesmente uma pessoa que vem à procura de um conselho. O novo conceito de saúde que está muito relacionado com o bem-estar, à prevenção e ao empoderamento da pessoa para decidir aquilo que é melhor para si. Porque o que tu fizeste é o que todos nós fazemos, vamos ao dr. Google e acedemos a toda a informação disponível, e tu sabes melhor que eu que na era da informação temos de ter um sentido muito critico, e portanto, o treino destes profissionais assenta no modelo que hoje, já podemos falar como estou aqui a falar contigo, já não há um tabu: “ah não, porque aquilo já não é uma medicina aceite”, não, é aceite! É aceite! São modelos integrativos, holísticos! Sim, podemos falar sobre isso e devemos considerar isso de uma forma clara na formação académica dos futuros profissionais. Tu levantas uma questão relativamente ao luto e a episódios marcantes, ficam presos no corpo, porque há uma descarga emocional tão intensa e tão difícil de gerir e a nossa inteligência emocional é activada aí e o que se tem passado é que essa vertente da inteligência emocional não é tão cuidada, partilhada, reconhecida. Eu confesso que da minha experiência como mãe, foi o desafio que o meu filho me trouxe. Foi efectivamente olhar com carinho, aceitar as emoções e nas vivências mais traumatizantes encontrar os recursos ou arranjar forma de que eles se activem, para que essa conexão com o corpo, com as emoções e com a mente seja algo natural e preventivo. Esse aspecto tem um potencial de prevenção gigantesco.

R.A – O corpo é sábio! E ele não utiliza as palavras que nós utilizamos e quando ele se manifesta, tendemos a calá-lo com palavras que verbalizamos dentro da nossa cabeça.

S.A – Sim e que representam algo que é diferente da tua representação e da minha representação e, portanto, o corpo fala efectivamente connosco! Nós é que estamos a aprender qual é o código de linguagem que ele tem para nós, não é?! E aí, a PNL, confesso que foi muito importante para mim.

R.A – A PNL generativa que é sistémica, onde aplicamos a sintaxe somática, o S.C.O.R.E dançante, que foi precisamente introduzido pela Judith DeLozier, pelo Robert Dilts, pelo Tod Epstein. Porque na sintaxe somática, a atenção foca-se na estrutura, na forma como os padrões emocionais se refletem no funcionamento do corpo e em como, a partir do corpo, construímos um Eu saudável, este Eu total. Portanto, escutarmos a ‘voz não verbalizada’ do nosso corpo, aquilo que o Dr. Peter Levine chama de “unspoken voice” (é um livro cuja leitura recomendo), é permitir que o corpo faça precisamente o que precisa fazer, a cada momento. Ou seja, investigamos as sensações internas, com curiosidade, sem julgamento. O que é que te parece?

S.A – Sim, e eu diria que esse é o caminho da consciência!

R.A – Até porque o corpo é considerado a mente inconsciente. Quando o calamos perpetuamos dor, trauma…

S.A – Isso! É extremamente importante haver essa aprendizagem que, atenção, vai mudando! O nosso corpo aos cinco anos pode ter uma linguagem perante o medo que nós percepcionamos diferente aos 20 anos, 40 anos.

R.A – Se somos energia, energia é movimento e não é constante, “tem” mesmo de ser assim.

S.A – Tem, tem e é muito importante a primeira experiência que temos dessa relação que nos remete para a infância.

R.A – e, ou para o útero, ou para a concepção, ou para sete gerações… Trabalhamos muito com a questão geracional na parentalidade generativa, com o trauma geracional, com o inconsciente colectivo e manifesta-se sempre no corpo. O momento que atravessamos globalmente, esta guerra é uma coisa… eu que sou bisneta de um combatente da grande guerra mundial, filha de um combatente da guerra do ultramar, ambos veteranos, ambos regressaram vivos e traumatizados. E ainda que não haja manifestações violentas, nunca presenciei com o meu pai e ele com o avô, pelo contrário, são pessoas carinhosas e muito atentas, mas sim, há manifestações no meu corpo. Antes deste conflito começar o meu corpo gritava e eu só dizia ao meu marido “algo muito grave vai acontecer no mundo”. Ele escutava e respondia que poderia ser algo ainda relacionado com a pandemia, ao que eu respondia que não, que era algo muito grave, global que me deixava profundamente inquieta… E logo nos primeiros movimentos começo a perceber o que é que eventualmente pode ser. Havendo esta consciência facilmente podemos prever o que vai acontecer e, portanto, não me surpreendi quando a invasão aconteceu. Era previsível! O meu corpo tinha-me avisado! O corpo sabe o que a cabeça não consegue saber.

S.A – Sim, ele sente, claramente! O que acontece hoje em dia é que refugiamo-nos na “falta de tempo”. Não temos tempo para nos ouvirmos, não temos tempo para nos auscultarmos. O processo que tu trazes, valiosíssimo, aprende-se e é mesmo muito importante!

R.A – Quanto mais praticamos mais aprendemos! O que eu acho muito interessante e olhando para a minha filha mais nova, que teve a sorte de nascer de uma mãe que já tinha começado a criar a parentalidade generativa, coisa que a primeira não teve e as diferenças são evidentes, mas lá está, estamos sempre a tempo e acho que não provoquei grandes danos, observando a minha filha, percebo que é mesmo muito intuitivo e inato, ela diz-me “mãe estou muito energética”, é a expressão que ela usa e começa a saltar, e vai para a cima da cama saltar e depois diz-me que “já está quase” e continua. Eu só respondo que é o tempo que precisar de ser e está tudo bem. A seguir, vem ter comigo e é outra! Centrada, serena, muito presente. Eles são gurus! Ter esta consciência de que tem energia que não está a gerir e a criar homeostase e saber o que funciona e fazer… O que é que tu dizes aos pais?

S.A – Ouçam! Tudo o que eles dizem é verdade, tem sentido, muitas vezes nem nós mesmos percebemos a dimensão do que eles estão a dizer. Este escutar, é o escutar…

R.A – Sim, na parentalidade generativa dizemos que é mesmo escutar: ouço, escuto, estou presente, sem julgamento.

S.A – Na área da saúde também dizemos, é a escuta activa. E este é o primeiro exercício que todos nós, sejam ou não pais…

R.A – Definitivamente! É um exercício de reparentar! Por exemplo, a parentalidade generativa não é sobre as crianças. É sobre nós adultos, acolhermos, integrarmos e transcendermos a nossa criança interior. As nossas feridas, as nossas partes, chamem-lhe o que quiserem… Mas é sobre nós, agora, aqui e agora!

S.A – Tal e qual! Isso! O meu filhote disse-me recentemente que precisava de ajuda. Disse-me que quando entrava em campo, em jogo – ele joga basquete – quando sentia mais pressão, sentia que ia desmaiar, que parecia que deixava de ouvir. A minha primeira reacção foi de ouvir, escutar e perceber o que é que ele me estava a dizer. Logo de seguida disse-lhe para ele experimentar alguns dos exercícios que nós fazemos: palpar o corpo, sentir o corpo e se não se sentisse bem assim, bater com os pés no chão para que fosse uma sensação real, mais intensa e para experimentar. Foi a semana passada. O que é facto é que ele chegou a casa super feliz por tinha conseguido ultrapassar algo que já não era a primeira vez que ele sentia. Portanto, escuta é o 1.º passo e o 2.º passo é o de criar uma conexão com o que está a acontecer com os nossos filhos e ensiná-los a amar o seu corpo, a ouvir o seu corpo, a conhecer o seu corpo, porque não basta sabermos no livro onde é que estão os órgãos internos, não basta percebermos como é que é a respiração, temos que experiencar, todos os momentos são bons para experienciar.

R.A – isso é muito interessante e remete-me para o facto de que só podemos fazer isso se praticarmos em nós. Não me adianta de nada dizer às minhas filhas para escutarem o corpo, para o horarem se depois, eu mão, não for disso exemplo…. Quero mesmo pedir-te um conselho para quem nos escuta, porá saber como fazer isso, às vezes é muito desafiante, não estamos habituados, não somos educados assim… Por exemplo, eu tive que fazer trabalho em mim, com o melhor que os meus pais podiam e sabiam fazer, a questão do corpo nunca foi um tema em casa, nem mesmo falarmos sobre emoções. Nunca me disseram “não chores”, mas também não me incentivaram a que as expresse publicamente. E é natural, estamos em evolução, não é?!

S.A – Sim, falar de emoções e permitir o choro era algo de não se fazia. Regra geral, não… Em Portugal…

R.A – Em Portugal não, em Espanha não, em Itália também não. Aliás, é interessante, porque por onde eu tenho vindo a trabalhar no mundo, são poucos os países que o fazem. Mesmo nos países escandinavos. Eu tenho amigas e colegas suecas que tiveram esta experiência de vivenciar as emoções e tenho outras finlandesas, que nem por isso. Na Finlândia estão agora a braços com a questão do aumento do suicido na adolescência e jovens adultos. E neste momento, estão a chegar à conclusão de que criaram as condições óptimas para que corresse tudo bem, as emoções experienciadas eram sempre muito boas, até que chega a adolescência e a revolução hormonal e não sabem lidar com isso. Começam a surgir as primeiras emoções degenerativas e não sabem lidar com isto. É por isso que quero muito que nos digas, aos pais deste mundo, professores, a todos, que temos uma criança aqui dentro: como é que fazemos isto?

S.A – Reconhecer fisicamente e emocionalmente o nosso interior e é verdadeiramente o nosso interior, porque existem sensores interiores e as emoções refletem de facto, os nossos sentimentos. A emoção, depois os sentimentos e temos mesmo que os reconhecer. Reconhecer o nosso corpo, por exemplo tomar banho pode ser algo mais consciente, sentir o nosso corpo, o aplicar o creme, de forma mais consciente. Quando estamos connosco, estamos verdadeiramente connosco, com o nosso templo. As emoções e os sentimentos, eu aconselho a escrevermos, a fazermos journaling, no fim do dia escrever qual foi a emoção e o sentimento mais dominante.

R.A – Vai ao encontro do 2.º episódio. Se ainda não escutaram esse episódio do ESSENCIAL, podem fazê-lo e aprender mais sobre emoções generativas e degenerativas. Nesse episódio entrego-vos um exercício poderoso para mapear as nossas emoções. Um exercício que nos mostra em que emoções passamos mais tempo e nos permite escolher, em consciência e direcionar a atenção, para quais as emoções onde queremos viver presentes. E no 3.º episódio encontram uma meditação breve para conectar com o coração, com emoções generativas, com a intenção de gerar bem-estar físico, emocional e espiritual. Experimentem. Só assim sabem se funciona e como funciona.

S.A – Perfeito! Porque esse jounaling de facto, depois tem um outro impacto quando é trabalhado da forma que estás a dizer, de uma forma consciente, conectas o nosso coração com o nosso grande cérebro que mapeia tudo, não é?

R.A – Não sei se ele é assim tão grande… é em termos de tamanho e dos trabalhos em que nos mete…

S.A – Pois mete! De facto, o coração em termos de nervos, de enervação não fica atrás, antes pelo contrário.

R.A – Pois não. É pequenino, mas é o gerador biomagético mais poderoso do corpo humano, que conecta com o campo electromagnético da Terra. Isto diz tudo! Estavas a falar em reconhecermos, honrarmos… e isso remete-me para a questão mais feminina de crescermos a ouvir “tira a mão daí, aí não se mexe, isso não se mostra, ai que horror”… E aqui estou mesmo a falar das nossas partes mais íntimas. Mesmo a nível sexual, como é que podemos esperar que alguém consiga satisfazer uma necessidade sexual que temos se nem nós próprios sabemos como é que isso acontece connosco, como é que é esse movimento, como é que o activamos, como é que o experienciamos, como é que o expandimos até ao outro…

S.A – E isso remete-nos para a fase em que conhecemos o prazer e que é uma fase tão importante. Conhecemos o que está associado à dor, é algo que é natural, o parto que já não é tanto, mas ainda é de dor… e nessa fase assumimos verdadeiramente a parte do prazer e é verdadeiramente importante descobrimo-nos nessas emoções generativas que depois estão associadas ao prazer.

R.A – Que deveriam ser generativas, porque de facto, é um nível de conexão incrível entre dois corpos, entre dois espíritos. E muitas vezes torna-se numa relação degenerativa sem necessidade e porque não temos esta consciência do corpo.

S.A – O toque é muito importante, o auto-toque.

R.A – E para que isso aconteça temos de estar libertos de muita carga emocional presa no corpo, de muito trauma…

S.A – E para isso temos de reconhecer, temos de fazer o reconhecimento desta linguagem corporal. A dor na cervical ou na lombar, ou num pé ou num ombro, por vezes, na grande maioria das vezes está nalguma emoção que nós não acolhemos, que não reconhecemos, que se perpetua e que ganha uma dimensão mais crónica. A dor crónica chega a ter representação no nosso cérebro, atrofia a massa cinzenta, está documentado e vale mesmo a pena ver outras alternativas às respostas bio. “É uma inflamação”, sim, mas a inflamação vem de onde? Por vezes vem de um medo.

R.A – A inflamação é um sintoma e aqui voltamos ao S.C.O.R.E. da programação neurolinguística generativa, é um sintoma!

S.A – E às vezes, está num passado bem longínquo, como já o disseste e vale a pena exploramos e conhecermo-nos: auto-conhecimento! O reconhecer é central, o escutar é importantíssimo. Quando falo em auto-conhecimento falo em formação. É um querer conhecermo-nos, ter conhecimento, ir à procura das ferramentas, não ter vergonha de dizer que aos 40 anos está a aprender a descodificar e a perceber o que quer dizer… Não ter problemas com isso!

R.A – Nós na NLP University, na California, temos alunos com 80 anos. Imagina eu, com 45, a dar aulas a pessoas de 80?! As turmas são muito transversais. Há três anos tivemos uma aluna com 16 anos, um senhor com 80, uma senhora com 77… E é tão bonito. A perspectiva que têm da vida, a consciência… As descobertas que fazem agora… lá está, através do corpo, de dançar este movimento que nos habita e é tão belo, é libertar.

S.A – Até o ensino dos próprios valores às nossas crianças pode começar com o exercício do próprio corpo. A liberdade de poder andar descalça, a liberdade de poder andar com pouca roupa em casa, a liberdade experiencia-se também dessa forma. O respeito pelo seu próprio copo. Pode-se ensinar os próprios valores através desta relação com o corpo. A honestidade porque estás a ser honesta com o que estás a sentir e para isso tens de fazer o exercício de reconhecer.

R.A – O cuidar, esta emoção generativa tão bonita, a compaixão, e às vezes, tantas, maltratamos o corpo. Está tudo bem. Como é que eu fiz para não fazer diferente? E investigamos… Sandra, sei que esta é só a primeira de muitas conversas que vamos ter e agora peço-te que partilhes connosco um exercício para reconectarmos com o nosso corpo, a nossa casa. Aceitas o desafio?

S.A – Aceito, pois!

R.A – Vamos lá!

S.A – Convido-vos a fazerem o exercício de olhos abertos ou fechados, associado `s meditação, mas não tem necessariamente de ser meditação.

Respiramos fundo, três vezes. Permitindo que o ar entre, esta energia da vida, e deitar fora, expirar, expelindo tudo o que é tensões e emoções que estejam no nosso corpo. Vamos sentir o corpo. Colocando-nos numa posição confortável, vamos perceber se há pontos de tensão começando pelos ombros, o tronco, os braços, as pernas, os pés, vamos sentir…

Vamos respirar fundo e se houver algum ponto de tensão, observamos, acolhemos, reconhecemos… respirar fundo e quando expiramos libertamos essa tensão que existe, permitimos que ela já não esteja em nós, com carinho, respiramos fundo, isso…

Agora visualizamos uma chuva de luz branca, que nos banha completamente o corpo, passando pela cabeça, pelo pescoço, pelos ombros, os braços, o tronco, uma luz brilhante, branquinha… passa pelas pernas, vai até aos pés e que leva todo o resto da tensão que possa existir ainda. Permitimos que o corpo relaxe, que fique leve, isso mesmo… E agora, permitimos que entre uma luz pelo centro da cabeça que vai até à nossa coluna dorsal, que vai até ao sacro e se conecta com a terra, a nossa linha vertical e que é reforçada com as nossas raízes nos pés que vão descer pela Terra. Observamos que tudo está em harmonia. Já não há tensões, sentimos o nosso coração a bater, sentimos a nossa respiração, podemos colocar a mão no peito, isso… sentimos o calor, sentimos leveza e no nosso tempo, podemos regressar, abrir os olhos e olhar…

R.A – Tão bom!

S.A – É simples! Não tem de ser complicado!

R.A – Marcamos um segundo encontro para falar mais especificamente sobre como é que famílias e escolas podem trabalhar com as crianças a mente somática, este movimento que nos habita?!

S.A – Sim! Pode ser!

R.A – Sandra, muito, muito obrigada por seres e pelo tanto que nos entregas, diariamente. Estou muito feliz com esta nossa conversa ESSENCIAL! Com o deixar esta sementinha sobre a mente somática, sobre o corpo, porque o corpo não mente.

S.A – Não mente!

R.A – Que possamos todos ganhar consciência de que o passado vive em nós, inscrito no nosso corpo. Ganhar consciência e saber o que fazer com ela. Ou seja, a conectarmo-nos com as nossas memórias perceptivas, a memória que acontece no nosso corpo, com as sensações expressas pelo corpo e aprendermos a auto-regular-nos. Até lá, não conseguiremos sentir segurança, o corpo vai continuar a manifestar o que ainda quer ser acolhido, integrado, curado e continuaremos a percepcionar dificuldade nas nossas relações. Connosco, com os nossos filhos, com todos.

Os nossos filhos não vão sempre lembrar-se do que lhes dissemos. Mas vão para sempre lembrar-se de como os fizemos sentir. 

Encontramo-nos na próxima terça-feira, para entregar mais daquilo que acredito ser partilha de valor. Obrigada pela presença, pela abertura e curiosidade.

Escutem, leiam, pratiquem e se sentiram que valeu a pena, partilhem com mais pessoas.

Juntos co-criamos o essencial, um admirável e intencional mundo novo!

De coração!

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NLP University, a excelência na PNL, também presente em Portugal https://www.ritaaleluia.com/nlp-university-excelencia-pnl-tambem-presente-portugal/ https://www.ritaaleluia.com/nlp-university-excelencia-pnl-tambem-presente-portugal/#respond Thu, 13 Feb 2020 10:45:23 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5297 A NLP University California, com sede no berço da PNL, na UCSC, nasceu há 30 anos, tendo sido trazida para Portugal, por Rita Aleluia, em 2019. A história completa, numa conversa com Robert Dilts, co-fundador da NLP U.

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A NLP University California (com sede na UCSC, berço da Programação Neurolinguística), foi fundada por Tod Epstein e Robert Dilts, em 1991, juntando-se ao grupo, pouco depois, Judith DeLozier, tendo sido implementada em Portugal, em 2019, por Rita Aleluia.

Presente na PNL desde os seus primeiros passos, Tod contribuiu para o campo com uma excelência e compromissos ímpares. Um dos seus maiores contributos deu-se ao nível das Submodalidades. Já com Robert e Judith, co-criaram outras práticas da PNL, sobretudo da PNL sistémica.

“Criamos o ambiente onde é possível colocar a PNL, não só nos músculos, como também no coração, no espírito e na alma.”
Robert Dilts

A intenção da NLP University (NLP U) é a de criar uma comunidade global de profissionais, na área da Programação Neurolinguística (PNL), que coloque nos músculos e no coração a essência da PNL. É a única forma destes profissionais a passarem, na sua plenitude, aos alunos e demais pessoas com as quais se relacionam. O facto de ter sido constituída como uma universidade tem a ver com os valores éticos, de responsabilidade e excelência. Como diz Robert, “é a base de uma educação de qualidade”. “Nunca quisemos criar, nem ser mais um instituto de PNL, mas sim, criar uma comunidade multi-cultural de aprendizagem e partilha”, garante Dilts.

“Criamos a NLP U, utilizando a PNL!”

Rita Aleluia com Judith DeLozier com Robert Dilts

A inteligência colectiva está presente desde a sua origem, “a NLP University foi criada desde o ‘nós’. O Tod e eu, juntamo-nos, colocamos uma série de flip charts à nossa volta e identificamos qual a visão, a missão, ambição, estratégia… O nosso objectivo foi criar a NLP U, utilizando a PNL!”, recorda Robert.

Utilizando a mão como metáfora, Robert lembra que cada dedo representa uma área de aplicação da PNL. Hoje, o campo ampliou-se de tal forma, que duas mãos são insuficientes para mencionar onde está a PNL a ser aplicada com excelência. Uma coisa é certa, em cada criação, a criatividade e o ‘whole’ continuam a ser a diferença que faz a diferença. Que maravilha!

NLP University, a diferença que faz a diferença

“Na NLP U, a aprendizagem não é só ao nível do comportamento, ou da mente cognitiva, é uma aprendizagem que se faz ao nível dos valores, das crenças, ao nível da identidade, aprendizagem ao nível da missão”

É aqui, à NLP University, na UCSC, que chegam alunos e profissionais de todos os continentes e nacionalidades, criando uma comunidade global incrível. Durante, no mínimo 15 dias, vivem juntos, estudam, criam, partilham, luz e sombras da PNL. “Não é só o que acontece nas salas de aula, é antes, como criamos uma cultura que suporta uma aprendizagem a todos os níveis”, destaca Robert. “Na NLP U, a aprendizagem não é só ao nível do comportamento, ou da mente cognitiva, é uma aprendizagem que se faz ao nível dos valores, das crenças, ao nível da identidade, aprendizagem ao nível da missão”, ressalta.

Grupo de pessoas com Rita Aleluia, a responsável por trazer a NLP University para Portugal

E sim, a experiência é absolutamente única e enriquecedora, mesmo que aconteça apenas uma vez, fica instalada para a vida. Além das aulas, outras actividades são colocadas em horários extra, dando a oportunidade a todos, de expandir mapas, de serem criados projectos internacionais, parcerias estratégicas que vão além do eu e só são possíveis quando o ‘nós’ se encontra e coopera, em prol de algo maior. É assim que se cria um ‘field’ consciente e generativo. E é comum contar com a presença, tanto do Robert, quanto da Judith, e ainda de diversos Master Trainers internacionais, como por exemplo, Ian McDermott, Suzi Smith, Judith Lowe, Robbie Steinhouse, entre tantos outros, onde, também eu, tenho a bênção de estar incluída, levando sobretudo a Parentalidade Generativa.

Robert evidencia algo que eu sinto tantas vezes, “duas pessoas que tenham estudado na NLP University, mesmo que não tenham frequentado a mesma sala de aula, e até pode ser que sejam de países e culturas totalmente diferentes, quando se encontram, tudo ressoa em ambas.” Como dizemos, é uma família.

Os afiliados da NLP University

Não escolhemos facilmente os nossos afiliados! É um desafio.”, avança Robert Dilts. E prossegue, “um afiliado da NLP University, é aquele que garante que todos os cursos que facilita têm exactamente a mesma qualidade dos cursos que são facilitados na NLP University, na UCSC”, porque “para nós, não é sobre vender uma certificação, é sim, reproduzir os atributos especiais e únicos da NLP University!

Sê muito bem-vindo a esta comunidade global!

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A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal https://www.ritaaleluia.com/saude-mental-criancas-nunca-esteve-tao-mal/ https://www.ritaaleluia.com/saude-mental-criancas-nunca-esteve-tao-mal/#respond Fri, 01 Nov 2019 10:11:00 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=5047 Dr. Daniel Siegel em entrevista exclusiva a Rita Aleluia. Parentalidade, Mindfulness e Programação Neurolingística (PNL), em destaque, numa conversa informal, onde ciência e espiritualidade estão sempre presentes.

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Daniel J. Siegel é professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, de Los Angeles (UCLA), onde fundou e é codirector do Mindful Awareness Research Center, e do Mindsight Institute. Formado na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, o Prof. Dr. Siegel é autor de vários bestsellers, alguns do New York Times. Disciplina Sem DramasBrainstormThe Whole-Brain Child, Aware e de obras académicas como The Mindful Brain ou The Developing Mind, Showing Up, prestes a ser publicado, são exemplos.

Enquanto cientista que é, Siegel teve a oportunidade de partilhar pessoalmente, a conclusão de alguns dos seus estudos com personalidades como Dalai Lama, Papa João Paulo II, na Google University, na Goldie Hawn Foundation e no TEDx.

Escolheu Portugal para destino de férias, com a esposa Caroline Welch e amigos em comum. Encontrámo-nos na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, onde Siegel facilitou uma aula aberta, a convite da Professora Marcela Matos – do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo Comportamental (Cineicc) – sobre como “Cultivar Presença e Estados de Consciência” na nossa vida. Falámos, sobretudo, de neurociência, parentalidade e mindfulness, prática de atenção plena que aprendeu com o seu amigo e colega Jon Kabat- Zinn, doutorado em microbiologia e Professor na Universidade de Massachusetts Medical Center (MIT).

O psiquiatra que acredita na epigenética, garante que vivemos tempos particularmente preocupantes, não só em termos de alterações climáticas, mas muitíssimo em termos de saúde mental, “seja individualmente, em grupo, a saúde mental das famílias, das escolas, organizações, governos”. Lembra por isso que “é urgente que se faça uma reflexão profunda acerca do percurso que temos vindo a percorrer e como deve ser alterado”. Com a humildade que o caracteriza, confessa que tem sido convidado para participar activamente em conferências de renome, sobre as alterações climáticas e que, se à primeira vista parece não ser a sua área, de repente está a contribuir, sobretudo depois de escutar que “tudo o que temos feito falha, Doutor Siegel, ajude-nos por favor, nós já aconselhámos as pessoas e não funcionou, já as assustámos e parece não terem medo, já não sabemos o que fazer mais!”. Siegel sente cada palavra, cada gesto, o campo e com um “optimismo realista”, como lhe chama, responde que “a única coisa a fazer é transformar profundamente a partir da visão de que todo este caos é uma oportunidade para que algo novo e melhor emerja.” Como? “Através da conexão! Promovendo a integração das diferenças.” O que é necessário saber acerca de um processo de mudança? “Que só acontece quando se opera ao nível do inconsciente!”, remata.

O Professor diz-nos que a vida deve ser vivida no presente e intencionalmente, com paciência e resiliência. Defende ainda, que “não conseguimos exercer a parentalidade com eficiência se o fizermos a partir do estado reactivo”. Não só não acredita em castigos, como alerta que os mesmos são uma violência e contraproducentes. Os castigos promovem a desconexão e, para Daniel Siegel, educar significar, conectar. “Só assim as crianças crescem empáticas, resilientes e cooperantes”, diz. Reforça também a teoria de que mente e corpo são um só e são também muito mais do que isso. Garante que “as crianças que enfrentam o mundo apenas com um ‘cérebro’ ficam dependentes da sua sorte e dos seus sentimentos. Ficam presas às suas emoções, incapazes de as alterar, queixando-se da sua realidade em vez de encontrarem formas saudáveis de lidar com ela. Ficam obsessivamente preocupadas, por enfrentarem algo novo ou cometerem um erro, em vez de tomarem decisões com abertura de espírito e curiosidade.”

Rita Aleluia: Arrisco começar esta nossa entrevista com um tema quente, que tem gerado muita controvérsia tanto no meio científico, quanto no meio do desenvolvimento pessoal, e que me parece ser essencial esclarecer. Qual é afinal, a diferença entre mente e cérebro?

Daniel Siegel: Se perguntarmos a muitas pessoas da neurociência, do campo da psicologia ou até da biologia, incluindo a medicina, eles dirão que a mente, tal como afirmou Hipócrates, é um comportamento. E, enquanto palavra, mente é um sinónimo de actividade cerebral, é uma escolha que a pessoa faz. Acredito que existem consequências sérias dessa forma de pensar. Portanto, no trabalho que eu faço, a forma como utilizo a palavra mente, está relacionada com a experiência subjectiva. O inconsciente, o processamento de informação, vê a mente como uma forma de incorporar o processo relacional que emerge do fluxo de energia, bem como o regresso e regulação do mesmo fluxo. A origem desse mesmo fluxo não emerge apenas do cérebro sozinho, assim como o impacto que gera na mente. Logo, deste ponto de vista, a mente é a experiência subjectiva, é consciência, é um processo de informação que emerge em forma de energia que pode ser simbólica, e é também um quarto processo, fruto de sistemas complexos que é a auto-organização que regula este fluxo de energia. Alguns neurocientistas concordam, como António Damásio e outros discordam totalmente. Como dizes, existe mesmo muita controvérsia à volta deste tema e há razões que vão além dos argumentos intelectuais, há aqui questões que colocam seriamente em causa 2500 anos de práticas médicas, e eu estou à vontade para dizer isto porque sou também físico. Afirmar-se que que a mente é apenas o que o cérebro produz, tem levado a que as sociedades modernas vivam na ilusão de que o “eu” vem apenas da mente e que está separado de todo o resto e já sabemos que essa forma de pensar está a conduzir à destruição da vida no Planeta.

Dr. Dan Siegel

A ciência também já demonstrou existirem uma mente cognitiva, uma mente cardíaca, uma mente somática, que estão interconectadas. Mais recentemente fala-se numa quarta mente, a mente de campo. Se nos lembrarmos que somos sub-sistemas de um sistema maior, ao qual a ciência chama “holon”, tudo isto faz sentido para si?

Quando vemos a mente como um processo emergente de energia e que essa mesma energia não encontra fronteiras na nossa pele, por exemplo, percebemos que o sistema do qual emerge a mente e a influencia é muito mais amplo do que todo o corpo. Alguns cientistas estudam o fenómeno em termos culturais, e falam de campos sociais, campos culturais e não lhe chamam necessariamente uma mente relacional. Tenho colegas do campo da neurociência social, que insistem em acreditar que a mente é só o cérebro. E que assim como o cérebro é sensível à luz, é também sensível aos sinais sociais. Estes cientistas não veem nenhum campo de energia ou de outra fonte e consideram que isso não é um pensamento científico. Eu não concordo com eles. O meu campo de trabalho, neurobiologia não é o mesmo que neurociência social, embora nem todos os neurobiólogos pensem da mesma forma que eu.

“É uma realidade triste e muito desafiante. A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal.”

Qual é a sua percepção das famílias do século XXI, globalmente falando?

É algo muito doloroso de dizer, mas o que eu posso garantir é que, por exemplo, nos Estados Unidos as coisas não vão mesmo nada bem. Há cada vez mais depressões, ansiedade, suicídios, desespero. É uma realidade triste e muito desafiante. A saúde mental das crianças nunca esteve tão mal e não acontece só às crianças, acontece também aos adultos. Vejo acontecer com muitos colegas que são físicos. Uma situação que é, infelizmente, transversal a muitos outros países, não é um fenómeno exclusivo dos Estados Unidos.

“Temos que aprender e perceber que a relação com o próximo e com a natureza é o que nós somos.”

Como é possível transformar este padrão? Porque parece um padrão universal, certo?

Sim, é. Acredito que parte deste padrão de desespero que as pessoas estão a viver, está relacionado precisamente com o facto de verem a mente apenas como parte do cérebro e o “eu” parece viver apenas na cabeça, separado de algo muito maior. Temos que aprender e perceber que a relação com o próximo e com a natureza é o que nós somos. Temos também uma relação com o nosso corpo. Assim como temos relação com os nossos vizinhos, com pessoas que conhecemos menos bem, com as plantas, com os animais, as comunidades, a natureza e vai mais longe, porque somos parte de todo o Universo. Mas, por agora, a Terra é grande o suficiente, podemos focar-nos em lidar com tudo isto, neste momento, aqui, no Planeta (risos). A nossa relação pessoal com quem somos, pode tirar-nos da desconexão e do desespero, assim como do sentimento de não pertença. Eu acredito que a crença no “eu” separado do todo é a causa da desconexão e sentimento de não pertença, que por sua vez é a fonte de toda a incrível da depressão, ansiedade e suicido a que assistimos.

Enquanto pai que também é, estou curiosa para conhecer quais sãos os seus principais valores e crenças, que permitem que caminhe conscientemente ao lado dos seus dois filhos.

(Esboça um sorriso de amor maior antes de responder). Os meus filhos têm agora 25 e 30 anos, estão ambos a fazer coisas que emergem do sentimento de quem eles são na verdade, com a sensibilidade de que estão a cumprir os seus propósitos no mundo. Estou muito orgulho de cada um deles, à sua maneira, da forma como se conectaram com o meio ao seu redor, influenciando positivamente o mundo. São, de tantas formas, os meus professores. A minha mulher, Caroline, e eu, permitimos que cada um deles aprendesse a conhecer-se, através da nossa relação com eles e percebessem assim, que nas relações podemos emergir. Cresceram sempre com este sentimento de consciência interior, em relações que promovem conexão e que permitem a expansão de todos. Estes foram os nossos princípios fundamentais.

Esse é o segredo, permitir que as crianças sejam elas próprias?

(Sorri assertivo) No fundo é auxiliar as crianças a perceberem quem são, e quem podem vir a ser. Estando presentes para que elas sejam capazes de ultrapassar as desilusões e os fracassos, levando-as a escolherem uma vida plena de relacionamentos e com significado.

Como vê o impacto da nossa linguagem, das palavras que usamos, da forma como comunicamos verbalmente, na educação e vida das nossas crianças?

A mente humana tem uma sequência interessante. Presume que existem divisões no mundo às quais chama categorias, e constrói nesse processo não consciente, uma série de conceitos que nos levam a acreditar serem verdades e na parte submersa do icebergue, os nossos símbolos, as nossas palavras, tais como chamar um filho pelo nome. O risco disso parece inofensivo, mas se deixarmos a criança viver como se toda a sua identidade estiver nesse corpo, de alguma forma estamos a ensinar-lhe uma mentira. Porque ela está conectada com outras pessoas e interconectada com toda a natureza. Portanto, quem ela é, não é aquele nome singular, mas é mais como um verbo no plural. Há uma tentativa mundial, cultural, de nos fazer crer que somos apenas um nome. Às vezes, até as palavras positivas, podem, de forma não intencional criar problemas a uma criança. Uma criança que recebe palavras positivas que lhe dizem, por exemplo, “és tão inteligente, és tão bonito, és um jogador incrível” … embora pareçam palavras inócuas, são na verdade, a fonte de criação, na criança, de um sentimento de recompensa pelas suas conquistas em vez de um olhar atento ao seu esforço. Portanto, uma criança que cresce a ouvir palavras positivas por aquilo que produz, em vez de um reforço àquilo que é mesmo importante, com significado para ela, vê o seu sistema de valores e a estratégia que utiliza para tomar decisões, basear-se em recompensas. Em vez de produzirem estados positivos, as palavras que sempre ouviu criam o oposto, estados negativos e colocam-na numa prisão.

Quando uma criança mostra um desenho a um adulto e pede a sua opinião, muitos pais e educadores tendem a dizer-lhe que “é lindo, é maravilhoso”, mesmo quando veem apenas rabiscos…

Sim, dizem que é um Picasso! (Risos)

Podemos optar por perguntar à criança como fez para escolher as cores que utilizou, qual o significado do desenho, a intenção…. Criando espaço para que possa comunicar verbalmente a sua criatividade, possa exprimir emoções, desejos e necessidades?

Exactamente, Rita! Há que reconhecer a experiência da criança, não o produto dessa experiência. E então, ajudá-la a explorar essa experiência, tal e qual como mencionaste. “Usaste encarnado, aqui, que cor tão interessante para uma árvore!” “E o azul aqui, uau, que curioso, o que sentiste quando usaste esta cor? Deve ser fascinante!” Sem fazer perguntas que a leve a duvidar dela mesma, mas mostrando interesse nas suas escolhas e experiências internas. Chamamos a isso ‘mindsight’, visão mental, que é uma forma de descrever a capacidade humana de perceber a mente, a minha e a do outro. É uma lente poderosa através da qual podemos entender a nossa vida interior com mais clareza, integrar o cérebro e melhorar o nosso relacionamento com os outros.

E de criança a adolescente é um voo tão rápido. A adolescência ainda é um “bicho papão” em muitas sociedades. Esta é uma visão redutora deste marco importante da vida humana…

É urgente mudar a maneira de olhar para a adolescência. Ela não é um período de loucura ou de imaturidade. É sim, a essência de quem deveremos ser, do que somos capazes e em que nos tornamos humanos de maneira plena.

“A nossa sobrevivência individual e social depende da coragem dos mais novos.”

Sabemos que não somos os nossos comportamentos e que estes são sempre o melhor que podemos ter naquele momento. Ainda assim, quando falamos da adolescência, parece que este é um pressuposto que cai por terra…

Todos os comportamentos originados pelas mudanças cerebrais, como a impulsividade, a rebeldia, são necessários para que os jovens se libertem do seu círculo familiar e conheçam o mundo. É desta forma que conquistam a coragem necessária para mudar, partir e procurar inovação. Até porque, o lar é confortável e é previsível, já o mundo está cheio de ratoeiras e de surpresas. Há uma visão evolutiva que garante que, se os jovens não saíssem de casa e se não se separassem do seu grupo originário, a nossa espécie teria uma grande probabilidade de se reproduzir entre si, o que seria geneticamente nocivo para as gerações vindouras. A nossa sobrevivência individual e social depende da coragem dos mais novos.

“É importante utilizar práticas conscientes que nos permitam libertar a mente das expectativas.”

Que conselho quer deixar aos pais, em geral?

É apenas um e muito simples: ‘showing up’ (aparecer)! Estarem presentes! Se reduzirmos numa frase, as muitas pesquisas sobre as melhores propostas parentais, surge: presença parental! Temos uma série de filtros que tornam difícil este ‘show up’, aparecer, tais como crenças acerca de como devem ser os filhos, passar demasiado tempo em frente a ecrãs digitais, ocupar-se com o que não é essencial… É fundamental utilizar práticas conscientes que nos permitam libertar a mente das expectativas.

“Mindfulness, Heartfulness e Kindfulness significam exactamente a mesma coisa.”

Nessas práticas conscientes, e de acordo com o seu trabalho mais recente, descrito no delicioso livro “Aware”, inclui-se também o Mindfulness, a atenção plena. Noto que tem surgido no mercado global, nos últimos tempos, além do nome Mindfulness, o nome Heartfulness e Kindfulness. Estamos a falar da mesma coisa, ou nem por isso?

Mindfulness, Heratfulness e Kindfulness são apenas palavas. Então, o ideal é perguntar a quem usa cada uma dessas palavras, o que quer dizer quando a aplica. Digo isto porque, uma vez, numa reunião de líderes mundiais na investigação de Mindfulness, numa altura em que eu estava precisamente a investigar o que significava cada um desses termos, para colocar nesse meu livro (Aware), vi acontecer algo muito interessante. Propus aos investigadores que utilizássemos apenas uma palavra para designar tudo. Metade concordou, a outra pessoa respondeu efusivamente “nem pensar!”. Então, perguntei: “O que significa Mindfulness para ti?” e um respondeu: “Para mim, significa treinar o foco na atenção e voltares a ti quando te distrais. Assim amplias a consciência e não és apanhado por algo que possa desconcentrar-te.” Já no caso do Heartfulness e do Kindfulness, falamos de contruir uma intenção e atitude generosas, falamos de compaixão, de amor. E, portanto, a outra metade dos investigadores, discordava da primeira e garantia que é preciso ensinar as pessoas a serem generosas, amorosas, a exercerem a compaixão. Esse grupo defende que Mindfulness inclui essas qualidades. Algo que o primeiro grupo discorda. Ainda assim, alguns elementos desse primeiro grupo, lembram que o facto de ser consciente já inclui ser generoso e amoroso. E na verdade, se observarmos a designação asiática para Mindfulness e Heartfulness, são idênticas. Porque muitas destas práticas emergem da Índia, Sul da Ásia, China e Japão. Aliás, na China, demonstram categorigamente que Mindfulness e Heartfulness significam exactamente a mesma coisa. Kindfulness é apenas uma palavra, em inglês, que nós inventamos que quer dizer o mesmo. Pessoalmente, não vejo diferença alguma entre as três palavras.

Esta entrevista foi originalmente publicada na Revista D7, do Diário de Notícias M

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Programação Neurolinguística, ciência e espiritualidade com Bruce Lipton e Gregg Braden https://www.ritaaleluia.com/pnl-ciencia-espiritualidade-bruce-lipton-gregg-braden/ https://www.ritaaleluia.com/pnl-ciencia-espiritualidade-bruce-lipton-gregg-braden/#respond Wed, 25 Sep 2019 04:34:03 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4904 Bruce Lipton e Gregg Braden, em entrevista a Rita Aleluia, em Roma. PNL, ciência e espiritualidade, podem salvar o Planeta e a Humanidade. O poder está no coração de cada ser humano e nas famílias.

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Um novo mundo emerge diante dos nossos olhos, enquanto o mundo insustentável do passado luta para subsistir, e aqui, a Programação Neurolinguística (PNL), a ciência e a espiritualidade caminham de mãos dadas sendo a diferença que faz a diferença, como nos garantem os dois cientistas mais influentes da actualidade, Bruce Lipton e Gregg Braden.

Por Rita Aleluia

Bruce Lipton e Gregg Braden, os dois cientistas mais influentes do mundo na área da biologia e da espiritualidade, são amados ou odiados, não encontram o meio termo, sobretudo na comunidade científica. O trabalho que ambos desenvolvem associa corpo e consciência, indivíduo e universo, e mudou radicalmente a forma como milhões de pessoas veem o mundo, elevando o nível de consciência humana global. Convidados pelas Nações Unidas para revelarem aquilo a que chamam a Nova Ciência, acreditam que podemos salvar o Planeta se criarmos comunidades conscientes. Afinal, “temos todo o potencial dentro em nós” e somos muito mais do que aquilo que acreditamos ser, asseguram. Dois cientistas que se unem para espalhar a poderosa mensagem do amor, com ética e profissionalismo, recordando que, por ser uma mensagem com base científica, está em evolução e que o que apresentam hoje como verdade, amanhã poder ter recebido um avanço.

Lipton, é uma autoridade mundial no campo da relação entre biologia e comportamento. Doutorado em biologia, defende que não é a genética que determina a nossa condição, mas sim, as nossas crenças e os factores ambientais associados. O cientista é o autor do best seller “A Biologia das Crenças”, livro que venceu o prémio de “melhor livro de ciências” nos Estados Unidos. As suas pesquisas são de enorme contributo para o desenvolvimento da Epigenética. Lipton que é também conferencista mundial, desafia a que cada pessoa se torne o comandante do seu destino, em vez da vítima dos seus próprios programas e explica, passo-a-passo como fazer para lá chegar.

Gregg Braden, por cinco vezes autor best seller do New York Times, os seus 12 livros estão publicados em mais de 40 idiomas. É conhecido internacionalmente por fazer a ponte entre a ciência, a espiritualidade e o potencial humano. O Watkins Journal do Reino Unido, coloca Gregg, pelo 5º ano consecutivo, entre as 100 “pessoas vivas espiritualmente mais influentes do mundo”. É candidato ao prestigiado Prémio Templeton 2019 criado para homenagear “indivíduos de destaque que dedicaram os seus talentos a expandir a nossa visão do propósito humano e da realidade suprema”.

Rita Aleluia em entrevista a Bruce Lipton e Gregg Braden, no evento Life Strategies, em Roma

Ambos os cientistas defendem uma lei básica da física, da energia e da ressonância, o que colocamos fora, regressa para nós. Comportamento gera comportamento. Somos amplamente influenciados pelo ambiente, o mesmo que só conhece caos ou coerência. “Cada ser humano é uma parte de Deus. Tu és um criador! E a física quântica demonstra-o. O amor é a chave”, revela-nos Bruce Lipton. Além disso, “quanto melhor nos conhecemos, menos medo sentimos das mudanças, menos medo sentimos do outro, menos medo sentimos do nosso poder pessoal”, remata Gregg Braden.

“Estamos perante a extinção eminente da humanidade.”
Bruce Lipton

Encontramo-nos em Roma, durante um seminário organizado pela Life Strategies. Bem-dispostos ao longo de toda a nossa entrevista, deixam alertas sérios e a fórmula para criar um novo mundo. Bruce Lipton recorre a um ditado antigo, citado tantas vezes por Einstein, para lembrar que “conhecimento é poder, e a ausência de conhecimento é ausência de poder. O conhecimento que tem vindo a ser transmitido não está correcto. Causa separação. E toda a história da Evolução é acerca de Comunidade. Portanto, neste ponto, estamos a avançar no sentido oposto ao da Evolução. Como podemos observar diariamente, os sistemas estão em modo de quebra, no Reino Unido, nos Estados Unidos, por todo o lado. A única razão para que isso esteja a acontecer é pelo facto de estarmos a perante a extinção eminente da humanidade. E somos nós que estamos a criar essa destruição pelo facto de não sabermos quem somos, e quão poderosos somos, e o que representamos. Se quisermos salvar-nos, primeiro temos que salvar o Planeta e é importante que reconheçamos que vamos na direcção errada. Afinal, somos nós quem está a destruir o Planeta e nós somos parte da natureza. Quando nos separamos da mesma, então estamos a criar o início do problema. Somos natureza! Temos regras como a natureza e temos que as seguir! Quando a natureza é destruída, os seres humanos são destruídos, precisamente, porque somos natureza! Estamos perante um grave problema planetário. A Teoria de Darwin contribuiu e muito para esta situação, porque o foco está na competição, na luta homem-homem, pelo poder. Esta é a teoria errada da evolução. O problema foi criado pela Teoria de Darwin. A nova teoria, vai mais ao encontro de Lamarck, o francês, mais correcto que o inglês, Darwin”, diz com uma gargalhada. E continua, “a relevância de tudo isto tem a ver com o facto de que, não são os genes que nos dão poder, é a consciência que nos dá poder. Eles (a maioria da comunidade científica) querem consertar os genes, mas mais importante do que isso, é ampliar a consciência. E é isso que o Gregg e eu andamos a fazer pelo mundo, a elevar consciências, a dizer que o futuro está na harmonia e nas comunidades. O que procuramos fazer agora é quebrar a estrutura, precisamos de construir uma nova. Mas não pode ser edificada nas fundações da competição, da violência. Precisamos que os governos venham abaixo e está a começar a acontecer. O governo norte-americano está a cair, o governo britânico também, até na Alemanha com a asa direita e a asa esquerda, estão a cair. E isso é um bom sinal! Porque não se pode construir com base numa má fundação. Portanto, primeira coisa a fazer, quebrar o sistema, a seguir construir uma fundação melhor.”

Rita Aleluia com Bruce Lipton e Gregg Braden

Rita Aleluia (RA) – As pessoas, em geral, andam ansiosas e receosas, captam a informação na inteligência colectiva do campo universal, certo? Isso torna o ser humano menos inteligente?

Gregg Braden responde na linha de pensamento do colega e amigo, a quem chama irmão – “é um jogo muito perigoso, o que tem vindo a ser jogado a nível global, porque tem condicionado a forma como as pessoas pensam acerca de si mesmas. E aqui, os meios de comunicação social têm jogado amplamente este jogo! As pessoas estão a ser polarizadas e divididas, o que lhes retira poder pessoal. A maioria dos meios de comunicação estão a focar nos problemas que nem sequer existem, na verdade. E é assim que criam os problemas. Pretos contra brancos, homens contra mulheres, cristãos contra muçulmanos, ricos contra pobres… As pessoas não estão a perceber que fazem parte deste jogo, que estão a sucumbir à propaganda e acreditam em tudo o que lhes é dito. E enquanto nos reduzirmos a continuar a combater uns contra os outros, não funciona. Não podemos impor a paz, ela não vai funcionar, porque ela não vem de dentro de cada ser humano. Podes colocar em vigor uma lei que diga que é ilegal protestar, que é ilegal fazer mal ao próximo, mas o sentimento de fazer mal e de protesto vai permanecer vivo dentro de quem o quer fazer.” O cientista chama a atenção para o facto de a história ser cíclica, “não é linear” o que nos permite retirar grandes aprendizagens e escolher agir de forma distinta do que foi feito no passado. “Vivemos um ciclo onde as novas ideias são bem-vindas – desde que sejam verdadeiras, bem estruturadas, com bases sólidas, não teorias – porque vivemos num ciclo de caos e as pessoas querem mudança”, diz.

RA – É então, uma questão causada pelos humanos e que pode ser igualmente resolvida pelos mesmos, Gregg?

Gregg Braden – Ah, é aí que a ciência entra em cena, de uma forma super interessante! (os seus olhos azuis ganham tamanho e ainda mais brilho). Sou licenciado em geologia, sou um cientista, procuro ciclos no tempo e observo a nossa relação com o Planeta a um nível celular. O que sabemos é que estamos a viver um período raro de ciclos em conversão, que estão a criar mudança, que por sua vez cria resistência! Ciclos em três áreas distintas: no clima, na economia, conflitos humanos. Todos eles seguem um ritmo natural. Estamos nesse ciclo. Esta é a causa pela qual as pessoas sentem disrupção.”

Gregg Braden no evento Life Strategies, em Roma
© Life Strategies

RA – Se somos criadores, como podemos agir?

Gregg Braden – “A ciência também demonstra que o campo magnético da Terra é um poderoso agente, catalisador em termos de como funcionamos todos em conjunto. A chave é a criação de comunidades! A ciência revela que, quando o campo magnético da Terra está alto, os humanos estão mais cooperantes, menos agressivos e que quando o campo magnético está baixo, acontece precisamente o oposto, tornamo-nos menos cooperantes e muito mais agressivos. Esta informação é crucial, porque o campo magnético planetário está em declínio e nós vivemos neste ambiente. Ora sabendo isto, estando conscientes, podemos escolher não permanecer, nem irmos por arrasto para o fundo.”

“O nosso coração é o gerador biomagnético mais poderoso que temos no corpo e está directamente ligado ao campo magnético da Terra!”
Gregg Braden

RA – Como podemos inverter este ciclo de catástrofe?

Gregg Braden – A ciência demonstra também, que o nosso coração é o gerador biomagnético mais poderoso que temos no corpo e está directamente ligado ao campo magnético da Terra! Quando nos juntamos, seja com indivíduos ou em comunidades maiores, e praticamos o exercício de alinhamento do coração com o cérebro cognitivo, como nos explica o HeartMath Institute, no Norte da Califórnia, influenciamos de imediato o campo magnético do Planeta. Podemos criar intencionalmente um campo magnético elevado, se vivermos com base no nosso coração, através de processos de alinhamento da mente cardíaca e cognitiva. Esses campos magnéticos elevados, são seguramente mais cooperantes, mais capazes de resolverem os desafios e problemas que surjam. É aqui que a ciência e a espiritualidade caminham juntas, de uma forma tão bonita. As tradições ancestrais de muitos povos à volta do mundo, sempre falaram desta forma de vida com base no coração, mas não conheciam a ciência.

RA – O que a ciência nos diz é que ao aumentarmos os níveis de consciência, aumentamos o poder do campo magnético da Terra, é isso?

Gregg Braden – Sim. A ciência diz que quando o nosso foco está e emerge do nosso coração, aumentamos a nossa consciência enquanto seres humanos, colectivamente e isso estabiliza e aumenta o campo magnético da Terra.

RA – Quais são as evidências científicas disso?

Gregg Braden – No dia 11 de Setembro de 2001. No dia a seguir à tragédia que vitimou milhares de pessoas nos EUA, com o ataque às Torres Gémeas, ao Pentágono, na Pensilvânia, o campo magnético o Planeta estava muito alto. A ciência acredita que a causa está nos milhões de corações, de pessoas que em todo o mundo, saíram das suas cabeças e sentiram emoções vindas dos seus corações. Algumas sentiram medo, outras preocupação, houve quem sentisse tristeza… Mas, em qualquer dos casos, foram emoções com base na energia do coração. Nesse mesmo dia, o satélite mostra claramente que o campo magnético sofreu um pico. Foi quando os cientistas decidiram investigar na história e descobriram que não era a primeira vez que acontecia. Quando a Princesa Diana faleceu aconteceu o mesmo, assim como em eventos desportivos de massas. Milhões de pessoas focadas, em simultâneo no mesmo acontecimento e o campo magnético da Terra dispara. Portanto, quando criamos comunidades e forma de vida, com base no nosso coração, estamos não só a ajudar-nos individualmente, como a contribuir colectivamente para aumentar a potência do campo magnético, criando um ambiente harmonioso, um mundo melhor.

“70% dos programas instalados na infância, retiram o poder pessoal às crianças.”
Bruce Lipton

RA – E qual a influência da Nova Ciência nas nossas famílias e forma de educar, na parentalidade, especificamente?

Bruce Lipton – Muito interessante! A primeira coisa que temos que compreender é que antes de uma criança estar consciente ela tem que ter um programa. É mais ou menos como um computador, eu posso ligar o computador, mas se não tiver um programa instalado, nada acontece. Portanto, o cérebro é como o computador e os pais programam-no e fazem-no nos primeiros sete anos da vida de uma criança! Depois, 95% da vida dessa pessoa, emerge desses programas. Logo, se os programas instalados não lhe dão poder, se lhe retiram poder, o resto da sua vida vai ser mesmo muito pobre. E 70% dos programas instalados na infância, retiram o poder pessoal! O poder da auto-cura, o poder de controlar a vida e as suas experiências. Perdemos essa capacidade porque nos instalam programas negativos e como eu disse, reafirmo, 70% dos programas são negativos! Se os pais tiverem esta consciência, se tiverem a consciência de que as palavras que dizem aos filhos determina o seu futuro, podem então, criar crianças mais poderosas, inteligentes, saudáveis, crianças que nos ajudem a evoluir! Temos que sair das nossas limitações! Fomos programados para sermos vítimas e isso significa menos poder! Temos que dar o poder às nossas crianças, é assim que criamos um futuro melhor!” Gregg Braden, acena com a cabeça concordando, e agarra a deixa para continuar: “há infinitas possibilidades de resposta a esta questão. A melhor ciência dos séculos 20 e 21, diz-nos, e as mais recentes descobertas revelam que a natureza assenta no modelo de cooperação e não de competição, como erradamente nos ensinaram. A maior de nós, e a nossa geração, crescemos com a fórmula da competição para sermos bem-sucedidos. Nos Estados Unidos utilizamos uma expressão menos bonita para ilustrar esta realidade – mundo de cão. As crianças, ainda pequeninas, quando vivem perfeitamente inconscientes, começam a olhar para os pares como seus adversários e a sentirem-se superiores a outros. Portanto, o que se faz é ensinar as crianças a viverem num mundo competitivo, quando deveria ser o oposto e ensina-las a viver num mundo onde a natureza é nossa amiga, não nossa inimiga, uma natureza da qual somos parte em vez de ensinar-lhes que vivem separadas do mundo que as rodeia. Desta forma, as crianças começariam a pensar e conseguir resolver as questões de outra forma. E a ciência continua a revelar descobertas incríveis como a de que na tecnologia da linguística e da neuro-linguística, as palavras que usamos, determinam como os neurónios se conectam, como é que pensamos e ainda mais revolucionário, do que somos capazes de pensar! Benjamin Whorf, um linguista do início dos anos 20, do século passado, investigou as línguas indígenas e descobriu que, ao usarem palavras de união, como por exemplo – esperança – os seus corpos apresentavam-se mais saudáveis. Estas pessoas sentiam-se parte do jardim, parte do mundo natural, não estavam no mundo para o explorarem e dominarem. Estas duas práticas, que a ciência já comprou, podem ser importadas para a parentalidade, porque este é o pensamento que nos conduz ao sucesso enquanto humanidade e novo mundo, que está agora a emergir.”

“A comida retira-nos anos de vida! Nós morremos por causa da quantidade de comida que ingerimos!”
Bruce Lipton

Bruce Lipton no evento Life Strategies, em Roma
© Life Strategies

E como a conversa é como as cerejas, acabámos a falar, precisamente sobre o impacto da alimentação, nas nossas vidas. Bruce Lipton é perentório e garante que uma das coisas mais importantes que devemos compreender acerca da comida, é que quando a ingerimos, “não tem a ver com o nosso corpo, porque o sistema digestivo é um tubo e daí não sai nada para o corpo. Mas sabemos que é a nossa consciência que determina o que retiramos da comida que ingerimos. Ou seja, podes comer “comida de plástico”, e se a tua consciência for suficientemente forte, nada disso te faz mal à saúde, ou podes comer a comida mais saudável, como por exemplo, quando alguém tem cancro é recomendada uma dieta especial, mas isso pode não ajudar este paciente, se na sua mente não quiser curar o cancro, não vai ser essa dieta a fazer a diferença. No Sul dos Estados Unidos, existem comunidades religiosas que usam rituais de prova, assim lhes chamam, autoproclamam-se ecstasy’s religiosos. A intenção é provar quão poderoso é Deus. Alguns destes líderes religiosos brincam com cobras venenosas, e são mordidos pelas mesmas, e sabes? Não lhes acontece rigorosamente nada! Outros ingerem veneno, com a crença de que – Deus protege-me – e não são afectados pelo veneno! Portanto, o que nos afecta está no que pensamos acerca do assunto, está na nossa consciência. Algo igualmente importante, é o facto de que acreditamos que precisamos de comer para repor a nossa energia. É uma espécie de equação (errada) – eu como, faço a digestão – reponho a energia – Falso! Apenas 10% da nossa energia provém dos alimentos que ingerimos, 90% vem do meio ambiente, e do download dos nossos programas. Na pele, temos um pigmento, a melanina, que é um cristal que capta a energia do meio ambiente e a transforma em energia biológica. É por isso que as pessoas como os breaderian não ingerem comida e ainda assim, têm a mesma energia que as restantes populações. Isto significa que a ideia que temos acerca da comida, é também um problema, já que conduz à destruição do Planeta, como a destruição da floresta Amazónica, com o objectivo de produzir maiores quantidades de alimentos. E partilho uma verdade muito simples – a comida retira-nos anos de vida! Nós morremos por causa da quantidade de comida que ingerimos! A digestão provoca combustão, e quando queimamos a comida, neste processo, retiramos energia, mas sobretudo toxinas e radicais livres e são eles que destroem as células do cérebro. O resultado de inúmeros estudos demonstra que pelo facto de ingerir menos quantidade de comida um animal aumenta para o dobro a sua esperança média de vida.”

Bruce resume dizendo que “se alterarmos a mente (as nossas crenças), alteramos a química (do corpo)”. Afinal, segundo o mesmo, a função da mente é a de transformar a crença em realidade. Ainda a propósito deste tema específico, Gregg Braden adiciona que “a energia é informação. O mestre Jesus, não enquanto figura religiosa, mas enquanto professor e yogi, hoje sabemos que Jesus era também praticante de yoga, quando os seus discípulos lhe perguntavam, há mais de dois mil anos, o que deveriam comer, a resposta era muito clara – aquilo que dá vida à comida, vai também dar vida ao teu corpo, e o que tira vida à comida, vai também retirar a vida do teu corpo – Logo, se comemos algo que está morto, não existem nutrientes nesse corpo. Utilizamos o micro-ondas para aquecer a comida, cozinhamos a altas temperaturas… os químicos permanecem lá, mas a essência nutricional desaparece. Se a comida vier da Terra, da horta, essa sim, é provavelmente a melhor e mais saudável que podemos e devemos consumir. Há um aspecto relacionado com os filtros da consciência e do qual ninguém fala: como é que nos sentimos acerca da comida que está a entrar no nosso corpo? Colocam-me muitas vezes a questão relativamente às plantas medicinais. Podem estas plantas auxiliar-nos a alcançarmos novos estados de consciência? Sim, podem. Se é necessário? Não! Os tibetanos, por exemplo, nunca utilizam químicos e alcançam níveis de consciência e estados cerebrais que podem ser quantificados, e que são impressionantes e inalcançáveis sequer com químicos. Eles chamam-lhes novos estados do cérebro e vão do gamma, ao híper gamma, em ciclos de ciclos.”

Antes de encerramos a entrevista, Bruce e Gregg, lembram, praticamente em uníssono que “estamos todos conectados, viemos todos da mesma fonte, somos parte dela, ela é parte de nós, tornamo-nos um, somos parte da mesma estrutura, a humanidade”.

*entrevista original publicada na edição de 22 de Setembro de 2019, na Revista D7, do Diário de Notícias M

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Vim para essa Vida com o compromisso de espalhar a Consciência da PNL pelo Mundo https://www.ritaaleluia.com/vim-vida-com-compromisso-espalhar-consciencia-pnl-pelo-mundo/ https://www.ritaaleluia.com/vim-vida-com-compromisso-espalhar-consciencia-pnl-pelo-mundo/#respond Tue, 04 Jun 2019 10:17:47 +0000 https://www.ritaaleluia.com/?p=4577 Deborah Elpman é considerada a mãe da PNL, no Brasil. Palavras de Robert Dilts, que a trata por “irmã brasileira”. Afiliada da NLP University, a psicóloga, autora e Master Trainer diz que “vim para essa Vida com o compromisso de espalhar a Consciência da PNL pelo Mundo.”

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Olhar humano, de um generoso azul cristalino que trespassa a alma. É assim o olhar daquela a quem Robert Dilts chama da “mãe da PNL”, no Brasil. Encontramo-nos pessoalmente, pela primeira vez, na University California SC quando frequentámos a nossa certificação em Success Factor Modeling III – Conscious Leadership and Resilience. Deborah Epelman é simultaneamente carinhosa e assertiva e é considerada uma das Master-Trainers de PNL, de topo, da NLP University.

Acarinhada por muitos dos co-autores mundiais da PNL, Deborah é psicóloga licenciada pela OSEC (atual UNISA). Estuda e trabalha com comportamento e desenvolvimento humano há mais de 30 anos. Fundou a PAHC – Sociedade Brasileira de Programação em Autoconhecimento e Comunicação e desde há mais de 20 anos que certifica profissionais neste sector, ao nível organizacional e escolar.

De sorriso fácil, a autora do livro “Mude Sua Vida com PNL”, coordenadora dos livros “Ferramentas da PNL” – livro comemorativo dos 25 Anos da PAHC, escrito por si em co-autoria com 25 ex-alunos; “PNL & Coaching” e “PNL para Professores”, é ainda co-autora do livro “PNL nas Organizações” e “Ser Mais com PNL”.

É palestrante internacional, sendo presença assídua no Congresso Latino-Americano de PNL. Membro das Comunidades: GTC – Global NLP Training and Consulting Community, NLP World Health Community; NLP Leadership Project Community; NLP Millennium Project World Community e NLP Community.

Foi a primeira Trainer certificada no mundo, a facilitar o seminário “The Money Clinic™”, que prossegue desde 2000. É certificada nos três níveis de Success Factor Modeling (SFM™). NLPU Authorized Copyright User e NLPU Affiliate Practitioner e Master-Practitioner Certification. Já formou mais de 80 turmas de Practitioner, 50 turmas de Master-Practitioner e 10 turmas de Trainers Training, em diversos Estados brasileiros.

Na minha memória fica registado pela eternidade, o seu terno abraço, apoio, carinho e companhia, na noite em que recebi o NLP Awards. Jantamos na mesma mesa, lado-a-lado com Judith DeLozier, Judith Lowe, Nick Le Force, entre outras pessoas tão bonitas e especiais da PNL. Sou uma privilegiada. Ter duas mães (ao vivo e a cores) inspiradoras, a apoiarem-me nesta noite mágica, é ter, definitivamente, todo um Universo a conspirar a favor.

Deborah Epelman a receber certificado da mãos de Robert Dilts

Deborah, qual é a tua Visão?

A minha visão é de um mundo Amoroso, onde os Seres Humanos finalmente viverão Sendo Luz, que é o que Somos, onde haja respeito, harmonia, gratidão e amizade entre as pessoas, e dessa forma, Viveremos com Saúde, em Paz e Fraternidade no Planeta!

“Viver em fraternidade e ter a maravilhosa sensação de Ser em conjunto com Todos os Seres.”

Qual é a tua intenção?

A minha intenção é Viver nesse Planeta da minha Visão. Poder, de verdade, viver em fraternidade e ter a maravilhosa sensação de Ser em conjunto com Todos os Seres, tudo que venho “fazendo com minha Vida” é com essa Intenção.

“Vim para essa Vida com o compromisso de espalhar a Consciência da PNL pelo Mundo!!”

Ainda me lembro do dia em que o Robert Dilts te apresentou como “a sua irmã brasileira e a mãe da PNL no Brasil”. Como te sentes ao assumires essa responsabilidade e como tem sido o teu percurso até aos dias de hoje?

Para mim é meio estranho chamarem-me de “ícone” ou “mãe da PNL” do Brasil, pois em toda a minha Vida o que faço é trabalhar com o que me apaixona, a PNL, dando o melhor de mim e colocando o máximo de Presença e Amor em cada passo que vou dando… apesar de, é claro, gostar muito do reconhecimento que esses nomes me trazem!!

Eu conheci a PNL em 1984, um ano depois de me formar em Psicologia e nesse primeiro curso básico já me apaixonei por todas as respostas que estava recebendo e que não havia recebido em cinco anos de faculdade. O primeiro Practitioner no Brasil foi em 1986 e por questões financeiras, só fiz o meu em 1989, quando comecei a atender individualmente. Fiz o Master Practitioner também em 1989 e, em 1990 fundei o Instituto PAHC – Programação em Autoconhecimento e Comunicação para facilitar cursos e workshops básicos. Finalmente em 1993 consegui viajar até Santa Cruz (University California SC) e fazer o meu Trainer’s Training na NLP University, com Robert Dilts e Todd Epstein. A Judith DeLozier estava em Bali nesse ano, só a conheci em 1997, quando participei no Projeto de Liderança. Desde então, venho formando pessoas. Já tenho “bisnetos” no mercado = os filhos são as pessoas que se formaram comigo, que abriram os seus Institutos e formaram alunos, que são os netos, que por sua vez, abriram os seus Institutos e estão formando pessoas, meus bisnetos!! Isso faz com que eu entenda por que me chamam “mãe da PNL” 🙂

Depois de conhecer o Dilts, a Judith, o Todd, o Grinder, a Suzi, o Tim, o Gilligan e muitos outros, a minha ligação com o Campo foi ficando ainda mais forte pela relação íntima que fui descobrindo com os criadores da coisa toda!! Já fui à NLPU oito vezes, tenho acompanhado a Evolução da Metodologia de perto e considero isso um grande Presente e Privilégio. Para mim, eu já vim para essa Vida com o compromisso de espalhar a Consciência da PNL pelo Mundo!!

“Quanto mais Integridade a pessoa tiver, mais saudável o seu corpo ficará!”

Deborah Epelman com Rita Aleluia, Judith DeLozier e outros.

Qual ou quais as tuas áreas queridas, neste campo?

As minhas áreas mais queridas no Campo da PNL Sistémica são as de Saúde e Presença, pois para mim a PNL Sistémica é uma ferramenta para a Evolução Humana! Quanto mais Integridade a pessoa tiver, mais saudável o seu corpo ficará!

“Se todos usassem a PNL em si mesmos e compartilhassem o que aprenderam com a mesma nomenclatura, nosso Campo já estaria muito mais ‘fertilizado’.”

Como vês a evolução da PNL no Brasil e no mundo?

Na minha opinião o que tem de mais urgente para acontecer em nosso Campo é pararmos totalmente de nos sentir “concorrentes” para formarmos, finalmente uma Associação Internacional que nos leve a ter mais credibilidade. Pelo menos, aqui no Brasil, cada um quer mudar uma palavra para dizer que “fez” diferença. Penso que se todos usassem a PNL em si mesmos e compartilhassem o que aprenderam com a mesma nomenclatura, nosso Campo já estaria muito mais ‘fertilizado’…

Deborah é definitivamente, uma alma generosa, a quem chamamos luz e que guardamos dentro. Daquelas pessoas inspiração, que sabemos serem a diferença que faz a diferença. Obrigada por tanto.

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O segredo das famílias mais felizes na Terra https://www.ritaaleluia.com/segredo-familias-mais-felizes-terra/ https://www.ritaaleluia.com/segredo-familias-mais-felizes-terra/#respond Wed, 21 Feb 2018 10:01:25 +0000 http://www.ritaaleluia.com/?p=2418 Esta semana entrevistei Isabella Arendt, uma das responsáveis pelo Instituto de Pesquisa sobre a Felicidade, na Dinamarca. Isabella conta que educar os filhos na Dinamarca é torná-los independentes e criar adultos responsáveis. É uma cultura em que as crianças aprendem a entender a mensagem e assumir a responsabilidade, em vez de terem castigos físicos. Isabella lembra que, no fundo, somos responsáveis pela felicidade das pessoas à nossa volta, e devemos ser livres de fazer as nossas próprias escolhas na vida.

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Isabella Arendt trabalha como analista no Instituto de Pesquisa sobre a Felicidade, na Dinamarca. Este Instituto mede a qualidade de vida, examinando diferentes dimensões, como a dimensão cognitiva, afetiva e eudemónica. Isabella está a fazer um Mestrado em Ciência Política na Universidade de Copenhaga. Escreveu a sua tese de Licenciatura sobre as políticas de família na Dinamarca. Intervém na política dinamarquesa e tem um interesse pessoal sobre políticas de família e no equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, com o objetivo de tornar crianças e adultos mais felizes, descobrindo padrões comuns nas pessoas felizes e aplicando-os para aumentar a felicidade global.

«Muitas vezes vemos as crianças a assumir responsabilidades desde muito novas e são convidadas a participar. São educadas para terem consciência da sua responsabilidade de contribuir para a sociedade e para cuidar dos outros.»

Que aspetos fazem a diferença nas famílias dinamarquesas?
Para as famílias dinamarquesas, é normal que ambos os pais trabalhem e é muito comum que todas as crianças estejam em jardins de infância. Muitas vezes dentro da oferta pública. Também é comum viverem juntos em família, ter irmãos e avós que vivem mais longe, espalhados pelo país. Educar os filhos na Dinamarca é torná-los independentes e criar adultos responsáveis. Muitas vezes vemos as crianças a assumir responsabilidades desde muito novas e são convidadas a participar. São educadas para terem consciência da sua responsabilidade de contribuir para a sociedade e para cuidar dos outros.

Isabella Arendt, Copenhaga
Isabella Arendt | © Mikael Arendt Laursen

Existe alguma “fórmula” no subconsciente coletivo dinamarquês para que as famílias vivam em harmonia?
Muitas famílias querem viver em harmonia. Mas a taxa de divórcio na Dinamarca é também muito elevada. Por isso acredito que muitos dinamarqueses desejam poder procurar sempre aquilo que acham melhor para si. E por vezes isso não significa manter a família junta. Os dinamarqueses prezam a sua liberdade como um valor igualmente importante.

«Na Dinamarca temos uma cultura em que as crianças aprendem a entender a mensagem e assumir a responsabilidade, em vez de terem castigos físicos.»

Em muitos países europeus, gritar, dar uma palmada e castigar as crianças são comportamentos socialmente aceites e defendidos. O que pensa destas práticas?
Na Dinamarca, a lei proíbe bater em crianças ou magoá-las seja como for. E na Dinamarca temos uma cultura em que as crianças aprendem a entender a mensagem e assumir a responsabilidade, em vez de terem castigos físicos.

Barcos e prédios de arquitectura típica em Nyhavn, Copenhaga.
© Agostinho Mendes

Como é que acha que podemos educar para a felicidade?
Primeiro devemos ter consciência da nossa própria felicidade. Somos responsáveis pela nossa própria felicidade – e somos responsáveis pela felicidade das pessoas à nossa volta. Depois, podemos educar informando as pessoas sobre o que leva à felicidade. Isso significa, por exemplo, que as relações sociais e uma boa saúde são mais importantes do que um aumento dos rendimentos. No Instituto tentemos educar e informar as pessoas. E esperamos chegar a muitas pessoas todos os anos e fazê-las trabalhar na criação da felicidade.

«Somos responsáveis pela nossa própria felicidade – e somos responsáveis pela felicidade das pessoas à nossa volta.»

Como é que podemos libertar uma mãe do peso de uma família?
Achamos que as mães costumam ser felizes nas suas famílias, mas também vemos que existe uma coisa chamada “vazio parental”, em que os pais sentem uma diminuição da felicidade quando têm filhos, mas depois um aumento quando têm netos. Achamos que isto se deve às preocupações que surgem quando temos filhos. Isto pode ser evitado com boas políticas de família, como se faz nos países como a Dinamarca, a Suécia e a Holanda. Aqui o vazio é menor, porque os pais não têm de se preocupar com escolas ou hospitais para os seus filhos. Existem bons apoios para as crianças e muitas maneiras de ser família, que facilitam que cada um encontre a forma que melhor se adapta à sua própria família.

Criança no colo da mãe no meio de um campo de trigo verde.
© Rita Aleluia

Bondade, confiança, empatia, igual valor… estes elementos são a chave para uma família feliz?
Sim, acreditamos que laços sociais fortes e saudáveis são importantes. E os valores que refere são positivos na criação de fortes laços sociais, bem como a liberdade para fazermos as nossas próprias escolhas na vida.

O que falta fazer para termos um mundo em que as famílias vivam em harmonia, e em que prevaleça o igual valor e a responsabilidade?
Acreditamos que ter boas políticas de família e uma consciência política para cuidar das necessidades das famílias e das crianças são passos importantes para alcançar esse objetivo.

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