10 crenças que criam um Natal perfeito em família
Engraçado ver que muitas famílias, quando escutam a palavra Natal, são invadidas por uma sensação acolhedora. Criam nas suas cabeças uma imagem de felicidade e gratidão. Outras não. Por variadíssimos motivos, nem todos se sentirão alegres e gratos nesta quadra. Somos energia e ela é movimento. Os nossos estados emocionais e físicos têm ritmos e histórias pessoais diferentes. Só que estes estados emocionais vão além de nós e o outro sente, mesmo que não verbalizemos.
Gosto muito de aplicar nesta quadra, a Trégua de Natal. Assim, transformo alguma crença limitadora que ainda me habite, em infinitas possibilidades que estendo ao ano inteiro. Se não se lembram o que é a Trégua de Natal, este artigo de opinião, da autoria de Matias Melim, explica com muita clareza. Nestes dias também me afasto consideravelmente, ou totalmente, das redes sociais. Gosto muito de sentir a minha presença em mim, sem ruídos externos além dos que intencionalmente escolho, para facilmente conectar com as minhas filhas e restante família. Desde um lugar de abundância e mais plenitude.
Para ajudar a (re)conectar com o essencial de cada um e criar um Natal mais harmonioso (perfeito nas suas imperfeições), trago 10 crenças da Parentalidade Generativa (generative parenting®):
- Os nossos filhos são quem são, não quem um dia imaginámos ou ouvimos dizer que deveriam ser. Esta crença já nos liberta de expectativas e ilusões e abre espaço para que as crianças possam manifestar quem são, em autenticidade e congruência;
- Os nossos filhos têm um espírito e essência únicos! Merecem ser honrados e celebrados! Não são versões de mini me;
- Querem ser aceites e pedem conexão! Não pedem correcção e julgamento (que acontece quando existe aprovação);
- Podemos deixar partir o medo e a necessidade de controlo. Elas são manifestações de uma criança interior a precisar de cuidado: a nossa;
- Os nossos filhos não precisam de conserto! São seres inteiros e perfeitos nas suas imperfeições;
- Não somos o nosso comportamento, os nossos filhos também não. O comportamento é sempre o melhor que podemos e sabemos ter a cada momento, tem uma intenção positiva e pode esconder uma necessidade que quer ser vista, acolhida e transcendida;
- É natural que os nossos filhos falhem. E isso não tem nada a ver connosco. É parte do seu próprio caminho. O nosso papel de pais é sermos guias e porto-seguro;
- Não é sobre competição, é sobre cooperação e esta emerge quando há conexão;
- Não existe parentalidade perfeita, porque não existem filhos ou pais perfeitos. Quando as famílias vivem a sua verdade, única, encontram a sua forma parental. A cada momento, a cada contexto;
- Relações saudáveis exigem presença e aceitação, pedem amor incondicional!
O centro do teu coração é onde a vida começa. O lugar mais belo da Terra.
Rumi
Agora, com as possibilidades que estas crenças geram, praticando coerência cardíaca, por palavras mais simplificadas, verdadeiramente desde o nosso coração, definimos uma intenção generativa acerca de como queremos viver e manifestar este Natal.
A primeira grande diferença para mim, na verdadeira celebração do Natal, foi realmente transformar estas crenças em práticas.
Em forma de mimo de Natal, proponho a leitura de dois artigos extra. Um deles da autoria da consultora sénior em PG, Patrícia Figueira. Ambos publicados no blogue da Generative Parenting (parentalidade generativa), da Aldeia Generativa (a comunidade global de famílias e profissionais generativos). Estas leituras ajudam-nos a criar mais serenidade, compaixão, disponibilidade, para nós, para os nossos filhos e para todos!
O que é e como funciona a coerência coração – cabeça, na parentalidade
Pais e filhos, a relação mais espiritual e generativa de todas
Desejo um santo e luminoso Natal! Que no final, nos sintamos gratos por termos ousado amar. Ou não fosse o amor o conjunto das emoções generativas.
Rita